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Antevisão da 14ª etapa do Tour


A montanha regressa ao Tour num final bem conhecido, em mais uma etapa de transição, será desta que a fuga resulta?

Percurso

Após um dia de descanso nas dificuldades montanhosas, aí estão elas de volta, e em força. Entre Saint-Paul-Trois-Chateaux e Mendé são 188 quilómetros em que as dificuldades estão todas concentradas na 2ª metade da jornada. Ao quilómetro 129 surge o Col de la Croix de Berthe (9.1 kms a 5.3%), mas os ciclistas só praticamente durante 35 kms. Segue-se algum sobe e desce e uma aproximação veloz a Mende, uma chegada já habitual no Tour. A faltar 4500 metros para o final os ciclistas encontram o temível Cote de la Croix Neuve, com os seus 3000 metros a 10.2%, onde muitas diferenças podem ser feitas. É u, com 181.5 ma ascensão muito constante e desde o final da mesma até à meta distam somente 1500 metros, maioritariamente em descida.

Favoritos

Esta é a clássica etapa de média montanha que ninguém vai querer controlar. Com o percurso a ser perfeito para Julian Alaphilippe e o ciclista da Quick-Step a ter liberdade para ir para a fuga, a Team Sky estará contente em reservar energia para a última semana. A última vez que uma etapa terminou em Mendé foi em 2015, uma fuga chegou, à 14ª etapa, tal como amanhã, e a Team Sky também estava no controlo da classificação geral.

Portanto, o grande favorito é Julian Alaphilippe, em ambos os cenários, em caso de fuga e discussão entre os favoritos, até porque subidas até 10 minutos é com o francês. Alaphilippe também tem a desculpa perfeita de ter a camisola da montanha e de precisar de ir para a frente para a defender e somar mais pontos.

Um ciclista que tem qualidade, ainda não o vimos neste Tour e que encaixa neste final que nem uma luva é Jelle Vanendert. O especialista em clássicas tem poupado muita energia, que pode ser preciosa aqui, numa altura em que esse é um factor decisivo.

Outsiders

Gorka Izagirre está em grande forma, foi campeão espanhol de estrada, e já andou em fuga neste Tour, com boas prestações. Agora que Vincenzo Nibali foi para casa, os irmãos Izagirre vão ter liberdade total para fazer as suas corridas e vingar o abandono do seu líder.

É muito interessante ver quem perdeu muito tempo hoje para se poupar, e um desses nomes foi o jovem colombiano Daniel Filipe Martinez. O ciclista da EF Education First é um grande talento, sobe bem e tem uma excelente ponta final.

Rudy Molard alcançou este ano a grande vitória da carreira, no Paris-Nice, isolando-se para a vitória, numa etapa de média montanha, tal como esta. O ciclista francês parecia que ia lutar pela classificação da montanha, mas abdicou disso para pensar numa vitória em etapa.

Possíveis surpresas

Vários ciclistas que vieram atacar a classificação geral já perderam imenso tempo, falamos de Rafal Majka, Adam Yates e Bauke Mollema, por exemplo, sendo que na Bora-Hansgrohe de Majka, é preciso ter olho também em Gregor Muhlberger, talentoso austríaco. Falámos de Gorka Izagirre, mas Ion Izagirre é outra boa opção, tal como Michael Valgren na Astana, Serge Pauwels na Dimension Data, Greg van Avermaet na BMC ou Soren Kragh Andersen na Sunweb. Veremos se algum elemento das grandes equipas terá liberdade, falamos de alguém como Michal Kwiatkowski ou Marc Soler. Entre os favoritos, este final pode fazer algumas diferenças, mas não muitas. No entanto, na forma em que está, Geraint Thomas pode perfeitamente dilatar a diferença, num final que também se adapta a Tom Dumoulin, Romain Bardet ou Primoz Roglic.

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são Jesus Herrada e Simon Geschke.

Tips do dia

Devido à imprevisibilidade da etapa, decidimos não lançar nenhuma tip.


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