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AG2R La Mondiale - 13

As expectativas em torno da equipa francesa eram muitas mas acabou por desiludir um pouco. Romain Bardet teve mais que um dia mau no entanto no final do Tour voltou a melhor e conseguiu terminar no 6º lugar. Pierre Latour foi a confirmação, ganhando a classificação da juventude, mesmo depois de muito trabalho em prol do seu líder.

Mathias Frank nem se viu, Oliver Naesen e Silvain Dillier foram importantes, dado que a AG2R se viu reduzida a 5 elementos quando a alta montanha apareceu.

Astana - 15

A salvação da Astana surgiu no fim-de-semana dos Alpes. Em Mende foi Omar Fraile e em Carcassone Magnus Cort Nielsen, os ciclistas que deram as duas vitórias à formação cazaque. Fraile com toda a sua classe conseguiu uma grande vitória, acontecendo o mesmo com Cort Nielsen que passou a montanha, ganhando uma etapa onde menos esperava, já que ao sprint desiludiu. Quem esteve uns furos abaixo foi Jakob Fuglsang. O dinamarquês vinha em grande forma, mas tal como no ano passado, não aguentou até ao final e vai terminar fora do top 10.

Tanel Kangert, na semana final, e Michael Valgren, também andaram bem. Jasper Hansen nem se viu numa equipa que contou com 2 abandonos, o mais notado de Luis Leon Sanchez.

Bahrain Merida Pro Cycling Team - 12

Como teria sido o Tour da Bahrain Merida se Vincenzo Nibali não tivesse caído e abandonado na etapa do Alpe d’Huez? Ninguém sabe a resposta, mas a equipa mudou a sua postura e passou a estar sempre ao ataque, quer com Ion Izagirre, Gorka Izagirre, Franco Pelizotti e Domenico Pozzovivo. Os dois primeiros conseguiram segundos lugares, cheirando de muito perto a vitória.

Quando teve a sua oportunidade, Sonny Colbrelli também esteve perto, somando dois 2º lugares atrás de Peter Sagan. Heinrich Haussler e Kristijan Koren passaram despercebidos.

BMC Racing Team - 15

Partiram com ambições de ficar no pódio com Richie Porte mas mais uma vez, ao 9º dia, o australiano caiu e abandonou. Dominaram a sua especialidade, ganhando o contra-relógio coletivo, permitindo a Greg van Avermaet andar 8 dias de camisola amarela, os últimos deles atacando e estando na fuga em etapas de montanha.

Damiano Caruso foi quem mais tentou nas etapas de alta montanha mas não conseguiu a vitória. Tejay van Garderen voltou a ser uma sombra de si próprio. Stefan Kung foi importante enquanto esteve Porte e depois tentou a sua sorte e Simon Gerrans e Michael Schar passaram despercebidos.

Bora - Hansgrohe - 18

Praticamente todos os objetivos foram cumpridos. Peter Sagan ganha a 6ª camisola verde, após um incrível Tour, onde dominou por completo esta classificação, conquistando três etapas e andando 1 dia de amarelo. Perfeito! A equipa ajudou-o muito, com destaque para Lukas Postlberger e Daniel Oss.

Rafal Majka começou com fortes ambições e até estava bem colocado, mas ao 10º dia começou a ceder muito tempo. Focou-se em etapas e esteve perto do triunfo por duas vezes. Destaque ainda para Gregor Muhlberger, trepador competente que integrou diversas fugas.

Cofidis, Solutions Crédits - 10

Uma das equipas convidadas para este Tour que partia com aspirações de ganhar uma etapa mas não o conseguiu. Daniel Navarro vinha em grande forma mas passou completamente ao lado da corrida, não conseguindo um único top 10. Jesus Herrada e Nicolas Edet também tentaram na montanha mas havia sempre ciclistas melhores.

Christophe Laporte foi escolhido em vez de Nacer Bouhanni para liderar a equipa ao sprint, conseguindo quatro top 5 e só por uma vez estando perto do triunfo. Julien Simon foi uma nulidade, ao passo que Dimitri Claeys, Anthony Perez e Anthony Turgis andaram em algumas fugas.

Dimension Data - 8

A formação sul-africana apostava forte em Mark Cavendish, mas o britânico parece longe do seu melhor, tendo chegado fora de controlo ao 11º dia, não tendo conseguido melhor que um top 10. Passou a ser Edvald Boasson Hagen o sprinter de serviço, conseguindo três top 10, mas longe do que já apresentou.

Serge Pauwels estava a fazer um excelente Tour, estando na luta pela montanha, mas uma queda obrigou-o a abandonar com uma fratura do cotovelo. Tom Jelte Slagter continua irreconhecível. Julien Vermote, Reinardt van Rensburg e Jay Thompson vinham com o objetivo de trabalhar para Mark Cavendish e enquanto este esteve disseram presente.

Direct Energie - 10

Uma formação já habituada a estas andanças mas que este ano não conseguiu triunfar. Lilian Calmejane foi quem mais tentou mas devido a falta de pernas mas também más decisões táticas não conseguiu. Sylvain Chavanel, Jerome Cousin, Fabien Grellier e Damien Gaudin foram muito combativos, mostrando a camisola da equipa.

Thomas Boudat apareceu, a espaços, nas chegadas ao sprint. Os restantes ciclistas da equipa estiveram muito discretos e nem se reparou na sua presença.

Groupama - FDJ - 13

Uma das poucas equipas a chegar completa a Paris. Lidera por Marc Madiot, Arnaud Demare era o líder indiscutível da equipa e a muito custo, e depois de ter ultrapassado, com muita dificuldade, as montanhas, lá ganhou ao 18º dia. Salvou o Tour mas tirando essa etapa nunca pareceu estar perto de ganhar outra. Jacopo Guarnieri, Oliver le Gac, Ramon Sinkeldam e Tobias Ludvigsson trabalharam em prol do seu líder.

Arthur Vichot pouco se viu e, a espaços, os combativos David Gaudu e Rudy Molard integraram fugas nas etapas de montanha mas nunca conseguiram estar na luta pelas etapas em questão.

Lotto Soudal - 8

Uma equipa que prometia muito mas que acaba o Tour com apenas 3(!) ciclistas. Tiesj Benoot era a aposta para a geral e para ganhar uma etapa mas cedo foi obrigado a abandonar. Jelle Vanender pouco se viu, tal como Marcel Sieberg e Jens Keukeleire, outros ciclistas que abandonaram. Andre Greipel, enquanto andou pelo Tour, fez quatro top 10, mas parece já não ter a capacidade para ganhar.

Dos que acabaram, Jasper de Buyst tentou imiscuir-se nas chegadas ao sprint, Thomas de Gendt foi muito combativo mas longe das exibições de outros anos e Tomasz Marczynski desiludiu pois esperávamos mais dele nas fugas.

Mitchelton-Scott - 10

Deixando de fora Caleb Ewan para as chegadas ao sprint, a equipa australiana apostou tudo em Adam Yates mas o britânico falhou, algo que não se esperava. Esteve muito ativo nos Pireneus mas saiu sem a vitória que desejava. Mikel Nieve voltou a ser o melhor da equipa, tal como no Giro, muito combativo, tentando em diversos dias.

Daryl Impey fez o que lhe competia, Michael Hepburn só apareceu no contra-relógio final e o resto da equipa esteve muito apagada, com destaque para Damien Howson e Luke Durbridge, que são sempre ciclistas que se espera muito, já que são experientes e costumam ajudar bastantes os seus líderes.

Movistar Team - 11

Um desastre. Uma equipa que vinha para ganhar, que apostava tudo no Tour, acaba com 7º, 10º e 14º. Somente se salvou a vitória de Nairo Quintana na etapa de 65 kms, senão o Tour da Movistar seria ainda mais negro.

Quintana e Landa não tiveram pernas para acompanhar os melhores na maioria dos momentos chave e Valverde mostrou que a alta montanha é cada vez menos a praia dele. As exibições de Andrey Amador e Marc Soler foram positivas, estiveram lá nos momentos importantes apesar de tácticas, na nossa opinião, erradas. Risco a mais nas primeiras etapas de montanha que deitaram fora cedo a possibilidade de jogar algumas cartas na perigosa 3ª semana.

Quick-Step Floors - 19

A formação belga voltou a não desiludir, o que já é um padrão. 4 vitórias em etapa, repartidas entre Fernando Gaviria e Julian Alaphilippe, com Alaphilippe a arrecadar também a classificação da montanha. O jovem francês foi mesmo dos melhores deste Tour, foi rara a etapa de montanha em que ele não esteve na fuga, e mesmo quando não ganhou, ajudou Bob Jungels.

Bob Jungels esteve dentro das expetativas, 11º posto num Tour nivelado por cima é uma boa prestação, o luxemburguês que premeia pela descrição. O que fica da Quick-Step também é a coesão, os excelentes comboios orquestrados no final por Yves Lampaert e Maximiliano Richeze, e isso vale ouro.

Team EF Education First-Drapac p/b Cannondale - 9

A equipa que menos dinheiro faturou neste Tour e isso vale muito. O maior protagonismo que obtiveram foi através de Lawson Craddock, através da sua história heróica. Uma formação focada em Rigoberto Uran, e perdendo-o ao 12º dia, ficou um vazio enorme, mas é preciso dizer, antes dos seus problemas físicos não parece tão bem como em 2017.

Pierre Rolland foi uma sombra do que já mostrou e acabou por ser Daniel Filipe Martinez a ter a presença mais frequente nas fugas. A equipa só fez 2 top 10 em etapas, ambos por Taylor Phinney, um 9º e um 10º posto…

Team Fortuneo-Samsic - 10

Warren Barguil bem tentou, a Fortuneo-Samsic bem tentou, mas as pernas do seu líder simplesmente não corresponderam ao que nós esperávamos e ao que ele esperava. Quando se chegava às 2 subidas finais de cada etapa, Barguil parecia sempre vazio, bem lutou pela montanha, mas foi impotente para travar um incrível Alaphilippe. O melhor resultado que fez foi numa etapa…plana, em que foi 14º.

O resto da equipa esteve bem, sacrificou-se sempre por Barguil, e impressionou-nos particularmente o jovem Elie Gesbert.

Team Katusha - Alpecin - 12

Foi Ilnur Zakarin a salvar a honra do convento com uma excelente 3ª semana, que viu o russo subir de 13º a 9º, ele que atingiu o pico de forma demasiado tarde para alcançar o objectivo de top 5.

Do outro lado da barricada está claramente Marcel Kittel, foi 3º na 1ª etapa, 5º na 4ª jornada e depois…eclipsou-se. Fez 1 pódio quando já tem 14 triunfos no Tour, manifestamente pouco e ainda por cima foi para casa ao 11º dia, chegando fora de controlo. Kittel tem de se reencontrar e rápido. Tony Martin teve azar, caiu e não conseguiu chegar ao contrarrelógio. Quanto a Nils Politt e Ian Boswell, consideramos que fizeram um bom Tour.

Team LottoNL - Jumbo - 19

Uma das melhores equipas deste Tour, sem sombra de dúvida. Quase que a história incrível de Primoz Roglic ia sendo completa com um lugar no pódio final, mas o Tour teve um dia a mais para o esloveno. Roglic provou que é um ciclista de 3 semanas e que têm de ter muito cuidado com ele daqui a frente neste tipo de competições. Kruijswijk também teve um ponto a provar, que não era somente um ciclista que rendia bem no Giro, e conseguiu com um excelente 5º lugar final.

Foi uma Team LottoNL-Jumbo muito bem organizada, Groenewegen falhou nas primeiras etapas ao sprint, mas o holandês e o seu comboio reencontraram-se, alcançado mais 2 triunfos para a formação dos Países Baixos, a juntar ao de Roglic. Gesink e o jovem Tolhoek foram incansáveis no apoio aos homens da geral. A LottoNL-Jumbo teve sempre um plano claro e sabe o que está a fazer.

Team Sky - 19

Foram perfeitos. Mais nada a dizer. Seleção perfeita dos ciclistas, táticas incólumes (sim, é mais fácil correr bem taticamente quando se é a melhor equipa, mas mesmo assim) e a 6ª vitória no Tour nos últimos 7 anos. Para além disto, 2 etapas no bolso, graças ao fenomenal Geraint Thomas e ainda o lugar mais baixo do pódio para um Chris Froome claramente desgastado fisicamente e psicologicamente. Geraint Thomas, Chris Froome, Egan Bernal, Jonathan Castroviejo, Michal Kwiatkowski e Luke Rowe estiveram ao ser melhor nível.

Somente Wout Poels já vimos em melhor forma, só que mesmo assim apresentou-se a um bom nível e a única nota negativa vai para Gianni Moscon, que foi expulso da competição depois de uma agressão a Elie Gesbert, algo que deve ser, sem dúvida, fortemente penalizado no ciclismo.

Team Sunweb - 17

Muitos acreditavam que Giro-Tour seria demais para Tom Dumoulin, inclusivamente nós, mas felizmente o holandês provou que estávamos errados. Sobreviveu às 3 semanas e até ganhou na penúltima etapa. Dumoulin talvez tenha trabalhado demais, perseguiu diversas vezes Roglic quando podia ter deixado isso para alguém da Team Sky e colocar os britânicos num problema para resolver, mas Dumoulin escolheu jogar pelo seguro.

O apoio da equipa não foi muito, no entanto Geschke teve os seus dias bons, Laurens Ten Dam é muito regular e Soren Kragh Andersen está a progredir cada vez mais. Nikias Arndt teve algumas chances para sprintar.

Trek - Segafredo - 14

Um Tour completamente salvo por John Degenkolb, que regressou às grandes vitórias na etapa de Roubaix, um local onde já foi feliz. Jasper Stuyven também esteve bem, lançou Degenkolb na perfeição mais que uma vez e na tirada de Mendé esteve muito próximo do triunfo. Nota positiva também para Toms Skujins, um letão muito combativo e com um grande motor que envergou a camisola da montanha.

No lado menos feliz está Bauke Mollema, voltou a desiludir na sua procura por um bom lugar na classificação geral e não conseguiu aproveitar da melhor maneira as oportunidades que teve nas fugas.

UAE Team Emirates - 15

As individualidades valeram mais que o colectivo, o líder para a classificação geral (Daniel Martin) foi 8º e ganhou no Mur de Bretagne e Alexander Kristoff provou que quanto mais duro melhor para ele, e após 20 dias de competição festejou em Paris, selando o 2º lugar da classificação por pontos.

Mas raramente se viu os líderes da Team UAE Emirates realmente apoiados de perto, Kristoff foi deixado ao desbarato algumas coisas e o próprio disse que falta comboio, e Daniel Martin sentiu muita falta do trepador John Atapuma, que trabalhou mais no plano do que na montanha.

Wanty - Groupe Gobert - 11

Uma equipa que fez o que pôde com o que tinha. A Wanty é uma excelente equipa a nível Continental/Europeu, mas falta ainda alguma categoria para competir lado a lado neste nível. Guillaume Martin, a principal figura, lutou apesar da lesão e fechou em 21º, 3º na juventude, mas foi Dion Smith a ter mais tempo de antena, ao conquistar a camisola da montanha nos primeiros dias.

A formação belga veio com 2 sprinters, Timothy Dupont e Andrea Pasqualon foi claramente o italiano, prova disso foi a classificação por pontos, onde somou mais do dobro dos pontos do seu colega. Pasqualon fechou por 7 vezes no top 10. Guillaume van Keirsbulck também esteve em muitas fugas.

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