Thomas vence e reforça amarela, Kruijswijk faz de herói em etapa épica
Para muitos hoje era o dia da etapa rainha do Tour deste ano, com a mítica chegada ao Alpe d’Huez. O início do dia começou com o abandono de Rigoberto Uran, 3º classificado da edição transata. O início foi feito a alta velocidade com muitos ciclistas a tentarem entrar na fuga, mas com esta a formar-se apenas no Col de la Madeleine. Aí formou-se um grupo muito grande, com ciclistas como Alejandro Valverde, Robert Gesink, Ilnur Zakarin, Pierre Rolland, Mikel Nieve, Steven Kruijswijk, Rafal Majka, Julian Alaphilippe e Serge Pauwels.
No pelotão, a Team Sky fazia um controlo apertado, com Luke Rowe na frente. A passagem no topo da subida foi feita com a fuga a ter 1:50 de vantagem, no entanto o maior arriscar na descida levou a fuga a ganhar mais de 4 minutos. Entre as subidas, Pierre Rolland atacou, chegando a ter meio minuto, mas à entrada do Col de la Croix de Fer era alcançado. A seleção da fuga fez-se de forma natural, com os trepadores a seguirem na frente. Tínhamos, então, Kruijswijk, Valverde, Zakarin, Nieve, Barguil, Majka, Gorka Izagirre, Rolland, Gesink, Daniel Martínez e Amador.
Ainda antes do meio da subida, Kruijswijk lançou-se ao ataque, conseguindo aumentar a vantagem para o pelotão, passando com mais de 6 minutos de vantagem a 5 quilómetros do topo, levando a AG2R e a Movistar a entrar ao trabalho. A mais de 2:30, Barguil, Nieve e Majka atacavam no grupo perseguidor. Numa subida fantástica, o holandês não perdeu tempo nenhum para os favoritos, nem com o acelerar da Movistar, que reduziu bastante o grupo. Durante esta subida, ficaram-se a saber dos abandonos de Rick Zabel, Dylan Groenewegen, Andre Greipel e Fernando Gaviria.
Steven Kruijswijk entrou no Alpe d’Huez com 4:20 vantagem, devido ao forte trabalho de Jonathan Castroviejo e Michal Kwiatkowski na parte plana entre a Croix de Fer e a subida final. Os restantes fugitivos estavam já alcançados.
A 9200 metros do fim, Vincenzo Nibali era o primeiro dos favoritos a atacar, quando Dan Martin era o primeiro ciclista do top 10 a ficar para trás. Este ataque em nada funcionou, já que rapidamente foi alcançada pelo comboio da Team Sky. Logo de seguida, Nairo Quintana também tentou mas também sem sucesso. Mikel Landa e Romain Bardet foram os seguintes a tentar, com Bardet a deixar Landa para trás. Entre os favoritos, Quintana cedia.
Egan Bernal saiu da frente a 4,4 kms do final, com o camisola amarela Geraint Thomas a entrar ao trabalho. Kruijswijk tinha apenas 50 segundos de vantagem. Numa fase crítica da subida e com muito público à mistura, Vincenzo Nibali caía e Chris Froome apanhava Romain Bardet. Um pouco para trás seguiam Thomas e Dumoulin. Froome foi por ali fora e ultrapassou que nem uma bala Kruijswijk. No entanto, Dumoulin, Bardet e Thomas chegavam a Froome a 3 quilómetros do fim.
Este grupo parou, permitindo a reentrada de Mikel Landa. Romain Bardet voltou ao ataque, mas sem sucesso. Depois foi Dumoulin a aumentar o ritmo, mas voltaram a juntar-se. À entrada do quilómetro final, Mikel Landa voltava a encostar na frente e tentava surpreender atacando. Este esforço não vale de nada. Geraint Thomas entrou na frente na reta da meta e lançou o sprint para mais uma vitória neste Tour, ganhando de forma arrasadora. A 2 segundos chegou Tom Dumoulin e a 3 Bardet e Froome. Depois da queda, Nibali perdeu apenas 13 segundos, ao passo que Quintana cedeu 53. Na geral, Geraint Thomas é mais líder, agora com 1:38 de vantagem para Chris Froome e 1:50 para Tom Dumoulin.