Antevisão da 1ª etapa do Tour

Venha daí o Tour! A mais importante das Grandes Voltas tem o seu início amanhã e os sprinters são os primeiros a lutar pela camisola amarela. Quem sairá vencedor?

Percurso

O Tour deste ano começa na região de Vendeé, mais propriamente em Noirmoutier-en-l'Île terminando 189 quilómetros depois em Fontenay-le-Comte. O terreno é sempre plano e tirando uma 4ª categoria com 700 metros a 4,2% para decidir o primeiro rei da montanha não há nada a registar. A 13,5 quilómetros da chegada existe um sprint bonificado que pode animar a etapa antes do final que é bastante fácil de explicar e que nos últimos 5000 metros tem apenas duas curvas, uma à falta de 3 quilómetros e outra à entrada dos últimos 1300 metros.

Favoritos

Os sprinters têm uma oportunidade única de poderem lutar pela camisola amarela, já que apenas Marcel Kittel e Peter Sagan conseguiram liderar o Tour no passado. Este é um final onde a potência vai ser fundamental bem como um comboio oleado já que não pode deixar o seu sprinter muito cedo exposto.

Na nossa opinião, Dylan Groenewegen é o homem a bater. O holandês está cada vez melhor, conta já com 9 vitórias em 2018, e tem um comboio perfeito, com Amund Grøndahl Jansen e Timo Roosen, que apesar de curto sabe sempre quando chegar à frente. Amanhã esperamos o mesmo, com a LottoNL-Jumbo a aparecer já no final, deixando o seu sprinter no local ideal.

Por falar em comboios, a Quick-Step Floors é uma equipa muito experiente, contando com muitos ciclistas potentes. Desta forma, Fernando Gaviria parte logo em vantagem. As últimas provas mostraram que o colombiano, por vezes, lança o sprint muito cedo, o que pode custar caro. Para isso, te Maximiliano Richeze, um dos melhores lançadores do mundo, que sabe o que tem de fazer para levar o seu sprinter ao triunfo.

Outsiders

Arnaud Demare ganhou o último sprint onde esteve a maioria destes sprinters, na Volta a Suíça, numa grande demonstração de força incrível. No ano passado atingiu um novo patamar, com a sua vitória no Tour e este ano está com uma equipa totalmente focada em si. Na Suíça, o seu comboio esteve perfeito, com Davide Cimolai, Ramon Sinkeldam e Jacopo Guarnieri a serem o trio que pode superar a Quick-Step no final.

Um nome incontornável é Peter Sagan que, apesar de nunca ter ganho uma chegada ao sprint em pelotão compacto no Tour sabe-se posicionar como ninguém. Isto vai fazer com que o campeão do Mundo esteja na luta pela etapa e, se estiver na roda certa, pode muito bem triunfar.

André Greipel começou o ano em grande, com duas vitórias no Tour Down Under, depois lesionou-se e já voltou às vitórias. Esta é, talvez, a última grande chance para o Gorilla envergar a camisola amarela. Desde sempre, o seu posicionamento nunca foi o melhor e se não tiver um bom comboio pode-se perder, sendo que para isso vai ter que seguir Jasper de Buyst, que tem melhorado muito.

Possíveis surpresas

O ano tem sido terrível para Marcel Kittel mas o ciclista alemão continua a ser um dos mais rápidos do Mundo, como demonstrou no Tirreno-Adriático. Tirando essa prova, nada tem funcionado, com o gigante a perder sempre o seu comboio. Mark Cavendish também tem um ano para esquecer, com quedas atrás de quedas, e apenas uma vitória. Tem vindo a ganhar ritmo e se estiver bem colocado pode conseguir uma grande vitória. Alexander Kristoff já não tem a ponta final para ganhar uma etapa tão fácil e só com muita confusão e muita sorte poderá triunfar. Sonny Colbrelli tem vindo a melhorar mas continua a não ter a ponta final para bater os melhores do Mundo. Atenção a Timothy Dupont, experiente sprinter belga. Por fim, olho em Magnus Cort, Christophe Laporte, John Degenkolb e Michael Matthews.