Última hora: WADA iliba Froome e o britânico deverá poder correr o Tour
Depois da bomba que a ASO lançou ontem no Mundo do ciclismo, hoje é a UCI, e de que maneira, que lançou o assunto para a ribalta. Resumindo, após 10 meses de investigação, a UCI comunicou que a Agência Mundial Anti-Dopagem (WADA) declarou Chris Froome como inocente e, portanto, a UCI decidiu encerrar o processo que tinha aberto sobre Chris Froome, desde 20 de setembro.
Vamos então um pouco ao passado, no dia 20 de setembro de 2018, durante a Vuelta, foi recolhido uma amostra anormal a Chris Froome, numa prova que o britânico acabaria por conquistar. A substância com demasiado concentração no organismo era salbutamol, com 1000 ng/ml, quando o limite é de 800 ng/mml. Ou seja, o salbutamol é permitido caso haja uma autorização médica especial para tal, mas não acima de determinados limites.
Em consequência disso, a UCI abriu um processo, Chris Froome apelou e a decisão passou para a WADA. Segundo a UCI, esta investigação durou até Junho deste ano, com Froome a entregar as provas, que para ele, explicavam a sua inocência. A WADA decidiu aceitar, com base nos factos apresentados, que a amostra de Chris Froome não seria considerada anormal, e, portanto, a UCI decidiu encerrar o processo.
A UCI menciona ainda que gostaria que o processo tivesse terminado mais cedo e que espera que o foco esteja agora nas próximas corridas.
Passando a factos, para vermos processos semelhantes, por abuso da mesma substância, temos de recuar a Diego Ulissi e Alessandro Petacchi. O facto da UCI ter permitido Froome correr enquanto o processo estava aberto é simplesmente fazer cumprir a lei, pois esta substância não é propriamente vista como doping e caso de anti-doping positivo. E tal aconteceu com Petacchi e Ulissi, portanto o argumento da diferenciação de tratamento aqui não é válido. Agora, há uma diferença muito grande, é que Ulissi e Petacchi, depois de apresentarem a sua defesa foram suspensos, e Froome não o foi. Seria, portanto, bom para a WADA e UCI esclarecerem porque é que os 2 italianos foram suspensos e o britânico não. Outro aspeto algo inusitado é o timing, depois de meses e meses de investigação e processo abertoparece que a WADA foi pressionada a tomar esta decisão mesmo antes do Tour, e que a ASO parecia saber da decisão de antemão, pois efetuou uma última tentativa de evitar a participação de Froome no Tour. Essa tentativa não deverá passar disso, pois perderá a sua fundamentação depois deste comunicado da UCI.