Depois de todo o enredo da novela Cofidis, Bouhanni fica fora do Tour
A Cofidis, personificada pelo seu responsável principal, Cedric Vasseur, tem protagonizado uma das maiores histórias de 2018, com as suas críticas públicas a Nacer Bouhanni e ao seu rendimento. Após um início de temporada terrível e um regresso a uma condição física aceitável em Maio, com vitórias nos 4 Jours de Dunkerque, Grote Prijs Marcel Kint, Boucles de la Mayenner e Route d’Occitanie, Bouhanni ficou mesmo de fora da principal competição para a equipa este ano, a Volta a França.
O ambiente dentro da Cofidis parecia mais calmo no último mês, até que na primeira etapa da Route d’Occitanie, Bouhanni e Laporte sprintaram um contra o outro, em vez de Laporte lançar Bouhanni, como ficou definido antes da etapa, nas palavras de Bouhanni. Claramente ambos partiram para o campeonato francês com pressão acrescida, e sentiu-se que só uma exibição monstruosa de Bouhanni lhe poderia valer a seleção para a equipa do Tour. Tal não aconteceu, o rendimento de Bouhanni até foi bom, terminou em 15º, mas a prova e o percurso foram demasiado duros para as suas características.
Desta forma, Bouhanni fica mesmo de fora da equipa para o Tour, ele que no seu histórico tem 8 Grandes Voltas, tendo somente completado 2 delas. As únicas vitórias em etapa a este nível surgiram em 2014, no Giro e na Vuelta, nunca triunfou no Tour. Assim sendo, a grande aposta da equipa gaulesa é mesmo Christophe Laporte, sprinter com menos ponta final, mas mais completo que Bouhanni, que vai ter a companhia de Dimitri Claeys, Nicolas Edet, Jesus Herrada, Daniel Navarro, Anthony Perez, JUlien Simon e Anthony Turgis. É uma equipa competitiva, combativa, que vai certamente lutar por algumas etapas, especialmente com Laporte, Turgis e Simon nas etapas de média montanha e Daniel Navarro na alta montanha, com o espanhol talvez a focar-se na camisola das bolinhas.
Parece-nos, mais que nunca, que as relações entre Bouhanni e a Cofidis estão irreparáveis e que este será o fim da linha do sprinter francês na formação liderada por Cedric Vasseur, esperem ver Bouhanni com outras cores em 2019.