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Campeonatos nacionais terminam com grandes surpresas em França, Itália e Holanda


Esta segunda vaga de campeonatos nacionais de estrada começou em Itália, no Sábado, onde começaram as surpresas. Havia mais de 3500 metros de desnível positivo, portanto esperava-se que nenhum sprinter estivesse na discussão. Só que Elia Viviani decidiu pregar uma partida a todos, entrou na fuga decisiva a cerca de 40 quilómetros da meta, atacou na companhia de Domenico Pozzovivo e de Daniel Oss, aguentou uma forte aceleração de Pozzovivo em rampas superiores a 10% e sprintou para a vitória à frente da armada da Bahrain-Merida, composta por Giovanni Visconti (que fez a ponte na última descida) e Domenico Pozzovivo. Viviani continua assim a sua temporada de sonho.

Em França, e num percurso bem duro, próprio para puncheurs, após a última subida estavam na frente Anthony Roux, Julian Alaphilippe e Rudy Molard. Dentro dos 3 quilómetros finais também se juntaram à discussão Pierre Latour, Anthony Turgis e Guillaume Martin. Turgis tentou surpreender a concorrência, lançou o sprint cedo, mas o mais forte e poderoso foi mesmo Anthony Roux, que conseguiu bater Anthony Turgis e Julian Alaphilippe, que era o grande favorito nesta situação. A camisola de campeão francês fica assim dentro da Groupama-FDJ, e num ciclista em grande forma, que tinha batido Alejandro Valverde recentemente na Route d’Occitanie.

Passando para a Holanda, num traçado bem diferente, quase sem qualquer desnível positivo, a discussão foi feita ao sprint, num grupo de cerca de 25 unidades, que se destacou longe da meta. A Team LottoNL-Jumbo tinha os maiores favoritos, fez o 2º lugar através de Danny van Poppel e o 4º através de Timo Roosen, mas foi impotente para segurar a força da natureza que é Mathieu van der Poel, mais um especialista em ciclo-crosse que está a fazer a transição para a estrada, conquistando assim a maior vitória da carreira. Ramon Sinkeldam, vencedor em 2017, ficou com o lugar mais baixo do pódio este ano.

Já quanto à Alemanha, outro campeonato onde os sprinters brilharam e de que maneira, e podemos dizer que houve outro resultado relativamente inesperado, o jovem em ascensão, Pascal Ackermann, derrotou num sprint em pelotão maciço, os mais conceituados John Degenkolb e André Greipel, 2º e 4º, respetivamente. Max Walscheid, da Team Sunweb, terminou no 3º posto. O jovem de 24 anos continua a senda vitoriosa da Bora-Hansgrohe nos campeonatos alemães, depois de Emanuel Buchmann em 2015 e Marcus Burghardt em 2017.

Na Rússia, em dia de festa, o assunto foi resolvido entre ciclistas da Gazprom-Rusvelo, com o experiente Ivan Rovny a bater o também veterano Alexander Porsev e Aleksandr Vlasov. O mesmo aconteceu na Bielorrússia, onde os ciclistas da Minsk Cycling Club ficaram com o pódio completo. O novo campeão é o completo Stanislau Bazhkou, que derrotou Siarhei Papok e Branislau Samoilau. O excelente dia da FDJ continuou na Suíça, onde só um poderoso Steve Morabito logrou terminar à frente de um surpreendente Patrick Schelling. Michael Schar, da BMC, ficou no lugar mais baixo do pódio.

Um país em ascensão no ciclismo, a Áustria, viu a camisola de campeão nacional ficar dentro da Bora-Hansgrohe. Gregor Muhlberger foi o vencedor em 2017 e desta vez foi Lukas Postlberger a ganhar. A Bora fez mesmo a dobradinha, graças e Felix Grossschartner, com Georg Preidler a ficar em 3º. No Reino Unido, outra enorme surpresa, com o primo de Ben Swift, Connor Swift a ficar com o título na prova de estrada. Adam Blythe, um dos candidatos foi 2º, a cerca de meio minuto e Owain Doull deu o pódio à Team Sky. Mesmo ali ao lado, na Irlanda, Conor Dunne fez uma enorme exibição e vai obrigar a Aqua Blue a fazer uma camisola especial XXXL para o enorme irlandês. Darnell Moore e Mark Downey completaram o pódio

Quanto aos restantes países, Krists Neilands, um conhecido do público português, revalidou o seu título na Letónia após ultrapassar Aleksejs Saramotins nos últimos 25 metros. No Cazaquistão, e praticamente numa festa privada da Astana, Alexey Lutsenko sagrou-se campeão. Outro duelo privado ocorreu em Israel, entre ciclistas da Israel Cycling Academy, com Roy Goldstein a sair por cima. A Isreal Cycling Academy que também ficou com o título na Estónia, fruto de Mikhel Raim. O ciclista da Quick-Step, Michael Morkov, sagrou-se campeão nacional pela 2ª vez na carreira, na Dinamarca. Por fim, no Luxemburgo a lógica imperou e Bob Jungels revalidou o seu título.


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