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Antevisão da prova de estrada de Elites dos Campeonatos Nacionais

A festa do ciclismo em Belmonte termina com a prova mais aguardada de todas. Conseguirá Ruben Guerreiro revalidar o título ou teremos um novo campeão nacional?

Percurso

Os elites masculinos terão amanhã pela frente 187 quilómetros, com a parte final a ser feita em circuito. Os primeiros 75,5 quilómetros são feitos fora de Belmonte com a passagem por duas subidas mais duras mas que não deverão ter influência na corrida. Tudo se vai decidir no circuito final de Belmonte, com a chegada a ter 1900 metros a 6,2%, sendo os primeiros 700 metros a quase 10% e o final em paralelo. Cinco voltas ao circuito para ser coroado o novo campeão nacional.

Favoritos

Este é um percurso feito à medida dos puncheurs, já que a subida final é bastante explosiva no entanto nem sempre os Campeonatos Nacionais terminam conforme se pensa já que muitas equipas correm de forma tática, devido a terem mais ciclistas, baralhando, por completo, a prova.

Ruben Guerreiro não poderia ter melhor percurso para tentar repetir o triunfo do ano passado. O ciclista da Trek-Segafredo abandonou a sua última prova por estar doente mas já deve estar recuperado e este é um dos seus objetivos da temporada. Muito explosivo, Guerreiro tem tudo para revalidar o título.

José Gonçalves já está a acusar alguma fadiga depois de um último mês e meio cheio de competição mas o ciclista da Katusha se está presente é porque sente que pode ganhar. Já ganhou provas com finais parecidos, relembramos a ZLM Toer no ano passado, e no Giro também esteve na discussão. Talvez mais rápido que Ruben Guerreiro, a família Gonçalves pode ficar com os dois campeões nacionais.

Outsiders

E porque não pensar na dobradinha de Domingos Gonçalves? Com características muito semelhantes às do seu irmão, o campeão nacional de contra-relógio tem contas a ajustar com esta prova já que no ano passado ia para a vitória quando caiu. A Rádio Popular Boavista tem uma equipa competente para o apoiar.

António Carvalho é a principal aposta da W52-FC Porto. Foi 2º no longínquo ano de 2012, quando era ainda muito jovem, mas agora o ciclista português está cada vez melhor e vem de ganhar o GP Jornal de Notícias de forma categórica. É um ciclista rápido, explosivo e não tem medo de atacar.

Olhando para os “estrangeiros”, Amaro Antunes afigura-se como um dos candidatos mais sério a levar a bandeira portuguesa lá para fora. Vem de ganhar o Tour of Malopolska, um bom teste para os Nacionais, e com menos experiência já foi por duas vezes 4º (2015 e 2016). Sabe que para ganhar terá de surpreender pois em grupos restritos não é dos mais rápidos.

Possíveis surpresas

Desde 2013 que a camisola de campeão nacional não fica nas equipas nacionais, mas todos os anos há sérios candidatos a fazê-lo. Daniel Mestre e Luís Mendonça são dois ciclistas que esperam uma corrida menos atacada e depois na última volta agarrarem-se com unhas e dentes para depois sprintarem para a vitória. Sobem muito bem e são dos melhores sprinters em Portugal. Edgar Pinto está numa posição parecida à de António Carvalho, já que é bastante rápido em grupos restritos e, este ano, sem azares, tem andado muito bem. Olhando para os trepadores, Joni Brandão, Frederico Figueiredo, Tiago Machado e Henrique Casimiro se quiserem ganhar terão de atacar de longe e deverão fazê-lo pois de outra forma não conseguirão triunfar. A W52-FC Porto tem uma peça importante, com César Fonte, um dos melhores puncheurs do pelotão nacional. Se lhe derem alguma liberdade cuidado. Por fim, nunca será de descorar uma fuga triunfar, e aí destacamos João Rodrigues, Nuno Almeida e Luís Gomes.


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