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Antevisão da Volta a Suíça


A Volta a Suíça apresenta-se, como é tradicional, como a última competição antes do Tour, servindo de preparação para muitos corredores que vão alinhar na prova francesa.

Percurso

A Volta a Suíça começa com um longo contra-relógio coletivo, com um total de 18 quilómetros, em Frauenfeld, onde se vão fazer as principais diferenças na classificação geral.

Uma típica etapa da prova helvética disputa-se no dia seguinte, com 4 voltas a um circuito de 31 quilómetros em Frauenfeld. O circuito tem uma subida de 1,8 kms a 7,6% no entanto na volta final encontra-se ainda longe do final pelo que devem ser os sprinters a reinar.

Mais uma etapa a terminar num circuito final, agora em Gansingen. O início não é fácil mas as dificuldades estão no circuito final de 29,9 kms. Burersteig (2 kms a 7%) começa mal se inicia o circuito, sendo que a subida de Hagenfirst (3,9 kms a 4,9%) fica a apenas 5500 metros da meta na última passagem, podendo ser palco de ataques.

A 4ª etapa tem 169 quilómetros mas pode-se resumir aos últimos 20. Aí, está incluída a subida de Saanenmoser (7,2 kms a 4.6%), com o seu topo a menos de 10 quilómetros do fim. A descida termina a apenas 800 metros da meta.

A primeira chegada em alto acontece ao 5º dia. 165 quilómetros entre Gstaad e Leukerbad com duas primeiras categorias e uma categoria especial. A etapa vai animar nos últimos 60 quilómetros, com a passagem por Montana Village (13,5 kms a 5,8%), que antecede a subida final de Leukerbad (14,1 kms a 4,5% mas com rampas a 7-8% no miolo da mesma).

No dia seguinte, nova etapa de alta montanha. Furkapass (16 kms a 6,5%) e Klausenpass (22 kms a 6,2%) são duas longas categorias especiais que podem reduzir o pelotão a pedaços para os últimos 70 kms. O final tem 2800 metros a 5,2%, perfeito para ciclistas explosivos.

Arosa será o palco da última oportunidade para os trepadores tentarem a sua sorte. Após 150 quilómetros iniciais relativamente fáceis, os ciclistas terão 27,7 kms a 4,1% pela frente, no entanto estas percentagens enganam. Os primeiros 7 quilómetros rondam os 7-11%, mas de seguida existe um longo falso plano até aos 6 kms finais. Seguem-se 5 kms entre os 9-11%, antes do quilómetro final praticamente plano.

A etapa 7 é a mais fácil da competição, com um circuito em Bellizona, onde os sprinters voltaram a ter uma oportunidade.

Bellizona também vai receber o contra-relógio final, de 34 quilómetros, onde se vão fazer as diferenças finais na classificação geral.

Favoritos

A Volta a Suíça presenteia-nos com mais um percurso inovador e variado, com 52 kms de contraarelógio (entre colectivo e individual) e 2 chegadas em alto bem duras. Quem quiser ganhar terá de ter uma equipa muito forte, pois há etapas difíceis de controlar.

No papel este percurso parece ter sido feito a pensar em Richie Porte, um contrarrelógio colectivo onda a BMC pode ganhar tempo aos rivais, um contrarrelógio individual onde Porte é dos melhores entre os homens da geral. A grande incógnita é a condição física do australiano, que tem variado entre o muito bom e o mediano. Como o Tour está a chegar, acreditamos que Porte irá mostrar-se a bom nível.

Outro ciclista na mesma situação é Wilco Kelderman, outra grande incógnita pois não corre desde Março, mas a Team Sunweb será das melhores no esforço colectivo e Kelderman chega aqui com a ajuda de Sam Oomen, que é outra excelente alternativa para a classificação geral.

Outsiders

A Movistar chega aqui com 2 dos 3 líderes que vai levar ao Tour. Ambos têm o mesmo problema, o contra-relógio individual, onde podem perder entre 1 a 2 minutos para Porte, Izagirre ou Kelderman. A grande questão será se um deles, ou ambos, conseguem colocar esse tipo de vantagem nos seus rivais na montanha. Nairo Quintana ainda não ganhou este ano e quererá marcar uma forte posição.

O mesmo se pode aplicar a Mikel Landa, que foi às clássicas das Ardenas ajudar Valverde. Ainda assim Landa terá menos pressão, já ganhou este ano, no Tirreno-Adriatico.

Para 5º elemento nesta antevisão selecionamos exactamente Ion Izagirre, 2º em 2016 e 6º em 2017, costuma andar muito bem aqui e tem de estar em boa forma, pois vai estar ao lado de Nibali no Tour. 4º no Paris-Nice e 3º na Volta ao País Basco, parece ter acusado algum desgaste no Tour de Romandie, mas, entretanto, já tirou um intervalo das competições. Tem uma equipa subvalorizada com ele, o seu irmão Gorka é muito completo, Pernsteiner ganhou agora uma clássica e Padun é uma das revelações do ano.

Possíveis surpresas

O “senhor Suíça” parece ter perdido o seu encanto por este belo país. Simon Spilak, vencedor da Volta a Suiça em 2015 e 2017 tem tido um ano terrível, até no Tour de Romandie, até agora só fez 1 top 10 em 2018. Jakob Fuglsang é um nome a ter em conta, tem sido muito consistente, andou bem nas clássicas das Ardenas, fez 4º no Tour de Romandie e é a aposta da Astana para o Tour. Bauke Mollema não tem uma época ao seu nível e tem um histórico positivo aqui, 5º em 2011, 2º em 2013 e 3º em 2014. Tim Wellens vem do Giro, até pode ganhar 1 etapa, mas acusará algum cansaço de uma época desgastante, e o mesmo se deve aplicar a Patrick Konrad. Steven Kruijswijk é outro ciclista que deve andar muito bem, 3º no ano passado, este ano tem 3 provas por etapas e 3 top 10, anda bem no contrarrelógio e a LottoNL-Jumbo também se defende bem. Enric Mas terá aqui a oportunidade de liderar a Quick-Step e cuidado com ele, 6º na Volta ao País Basco, o jovem espanhol está em constante evolução. Veremos se José Gonçalves conseguiu manter a forma do Giro, se isso acontecer, outro top 20 é possível. Atenção ainda a Sam Oomen e Tejay van Garderen, excelentes alternativas em grandes equipas, nas quais não serão os líderes.

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são Mark Padun e Jack Haig.

Tips do dia

Para a geral: Jakob Fuglsang a bater Simon Spilak -> odd 2,00

Para a etapa 1: AG2R La Mondiale a bater Direct Energie -> odd 1,665


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