Antevisão da 21ª etapa do Giro

O Giro termina em Roma, com pouco para decidir, mas uma etapa para discutir e muitas pernas cansadas.

Percurso

Depois de 20 duros e competitivos dia de corrida, mal se sentirá este circuito na capital italiana, Roma. 10 voltas a um traçado de 11500 metros. Apesar dos 3 quilómetros finais serem relativamente fáceis este é um circuito com algumas zonas perigosas e é preciso estar muito atento.

Favoritos

Uma chegada em sprint compacto é quase uma certeza, mas num circuito destes e após 20 etapas tudo pode acontecer, principalmente por causa das guerrinhas entre Quick-Step e Bora-Hansgrohe que vêm da última etapa plana.

Elia Viviani já vai com 4 vitórias em etapa e quer juntar outra ao currículo. A Quick-Step parece ter descoberto a fórmula táctica para deixar Sam Bennett longe de Viviani e deixar o italiano sprintar mais folgado. Com a classificação por pontos no bolso, terá muito menos pressão em cima.

Sam Bennett já derrotou Viviani por 1 vez e a guerra entre os dois está bem aberta. O irlandês sofreu um rude golpe desde que perdeu o seu lançador, Rudiger Selig, e tem, desde então, problemas em colocar-se na parte final, mas a capacidade física ainda parece lá.

Outsiders

Esta é a última chance para várias equipas e vários sprinters, um deles é Sacha Modolo. Tem aqui a possibilidade de salvar o Giro da EF Education First, e temos de ser realistas, com apenas 1 pódio em etapa, Modolo tem desiludido imenso, apesar de ter em Tom van Asbroeck um elemento fundamental.

Numa situação semelhante a Modolo, está Danny van Poppel, apesar da Team LottoNL-Jumbo ter conseguido meter George Bennett no top 10 da geral. Poppel tem melhorado com o decorrer o Giro e a confiança está a crescer, pode surpreender.

Como já vem a ser hábito em etapas ao sprint, o 5º elemento que destacamos é Niccolo Bonifazio. O sprinter da Bahrain-Merida é muito agressivo e vai precisar de escolher a roda certa, pois não tem um bom comboio.

Possíveis surpresas

Em caso de sprint em pelotão compacto, dificilmente algum sprinter que não os 5 que mencionámos vão integrar o pódio, mas temos de referir como homens rápidos ainda em prova, Clement Venturini, que tem andado constantemente no top 10, Jens Debusschere, que fez o seu melhor sprint na última etapa plana, Baptiste Planckaert, que pode beneficiar da Katusha tem vários corredores rápidos para o lançarem, e ainda Guillaume Boivin, que deve ser a aposta da Israel Cycling Academy. Olha ainda em Jempy Drucker, Jurgen Roelandts, Paolo Simion, Manuel Belletti, e Liam Bertazzo. Em caso de um ataque nos últimos 5 kms, pensamos que dos poucos ciclistas que podem fazer isso resultar são Alex Dowsett, Matej Mohoric, Marco Coledan e Jos van Emden.