Antevisão da 5ª etapa do Giro

A média montanha continua no Giro, numa etapa parecida à de hoje, antecedendo a primeira chegada em alto desta edição da prova.

Percurso

A média montanha continua com a 5ª tirada, 153 kms entre Agrigento e Santa Ninfa. O perfil das subidas é algo diferente em relação a hoje, menos colinas, mas mais longas. A última das 3 contagens de 4ª categoria é a 20 kms da meta, com 6.4 kms a cerca de 4.5%. Só que o final em Santa Ninfa é armadilhado, o penúltimo quilómetro tem 6.1% de inclinação, com rampas de 12%. Depois há um falso plano, uma curta descida, novo topo, e os 200 metros finais são planos. A colocação também será fundamental, com uma recta final de somente 200 metros.

Favoritos

Hoje a BMC trabalhou para defender a sua liderança, já que as diferenças ainda eram curtas, no entanto, depois da etapa de hoje as diferenças são já grandes e há alguns ciclistas já atrasados com olhos nesta etapa. Tudo vai depender da composição da fuga e da vontade das equipas em perseguir.

Uma das belas surpresas de hoje foi Enrico Battaglin. O italiano foi criado para este tipo de finais no entanto nem sempre se consegue posicionar para estar na luta. Hoje atacou muito forte e apenas foi ultrapassado por dois ciclistas. Sabe-se posicionar e é muito rápido, pelo que o final plano é excelente.

Zdenek Stybar é uma séria opção não só para ganhar vindo do pelotão como da fuga. O campeão checo está no limite dos ciclistas que a BMC pode deixar sair e tem uma boa ponta final em grupos restritos, sendo que hoje ficou afastado por uma queda que aconteceu mesmo à sua frente. Já ganhou várias vezes atacando depois de pequenos topos aproveitando a desorganização do pelotão.

Outsiders

Dos ciclistas que estiveram hoje na luta, Tim Wellens é daqueles que mais hipóteses tem em puder voltar a levantar os braços. Há ciclistas mais rápidos que o belga no entanto sabe-se da boa leitura de corrida do ciclista da Lotto Soudal. Hoje esteve num ataque a 2 kms do fim e amanhã poderá fazer o mesmo, sendo que também pode atacar no técnico quilómetro final.

Hoje foi um dia complicado para José Gonçalves. O português estava bem colocado mas um furo e uma paragem para troca de bicicleta fizeram-no perder muita energia, no entanto chegou ainda bem colocado, demonstrando boa condição física. É rápido e uma boa colocação pode dar-lhe a vitória.

Outra hipótese para a fuga e para um ataque perto do final, ou mesmo esperar pelo sprint é Giovanni Visconti. O italiano nasceu na Sicília e terá nesta etapa um grande objetivo. Se estiver na fuga será, com toda a certeza, dos mais fortes, já que é um bom trepador; sabe programar muito bem os seus ataques e é, também, muito rápido, como já o demonstrou este ano.

Possíveis surpresas

Olhando para os ciclistas que esperam ver o pelotão compacto no final, Rohan Dennis tem que mais um dos nomes a ter em atenção. O líder do Giro é rápido e hoje mostrou estar atento. Quererá manter a “maglia rosa” e as bonificações seriam bem-vindas. Patrick Konrad é outro ciclista rápido que hoje também esteve em destaque. Maximilian Schachmann caiu a 2,5 kms do fim e ainda conseguiu chegar ao pelotão e fechar entre os melhores. Cuidado com um ataque já perto do fim. Para o sprint, atenção a Luis Leon Sanchez, Thibaut Pinot, Matteo Montaguti e Sam Bennett, sim o sprint irlandês, que hoje foi 44º e num final menos duro pode estar na luta. Para a fuga, nomes como Alexey Lutsenko, Ben Hermans, Ruben Fernandez, Ruben Plaza e Davide Ballerini.