Antevisão da Eschborn – Frankfurt
Para finalizar a ponte entre as clássicas e as provas por etapas temos a 56ª edição da Eschborn-Frankfurt, mais conhecido por G.P. Frankfurt. Muitos sprinters estão presentes e tentarão levar de vencida a prova, apesar da mudança de percurso feita pelos organizadores.
Percurso
No seu segundo ano no World Tour, a prova foi alterada, contendo mais dificuldades, na tentativa de impedir uma chegada em pelotão compacto. Serão 212,5 quilómetros entre as duas cidades que dão nome à competição.
O início é plano e a primeira dificuldade é logo a mais dura, o Feldberg (12,6 kms a 4,7%), sendo coroada ao km 55,5. Segue-se um primeiro circuito, este 34 kms que é percorrido duas vezes e meia. A meia é logo na primeira vez, com a passagem por Ruppertshain (1,3 kms a 8,6%). Após cerca de 20 quilómetros de plano chega o Mammolshainer (2,3 kms a 8,2%), sendo logo seguido do Billtalhöhe (3,1 kms a 6,1%). O pelotão volta a passar por Ruppertshain, fazendo, de seguida, este circuito.
Ficam a faltar cerca de 80 quilómetros e entra-se em novo circuito, este o mais tradicional da prova, só com a subida de Mammolshainer. Após ter sido pela última vez ficam a restar pouco mais de 40 quilómetros, sendo possível reagrupamentos já que o terreno é plano daqui para a frente.
O final é feito em novo circuito, este de 3 quilómetros, na cidade de Frankfurt. É totalmente plano e tem algumas curvas perigosas a 1200, 800, 600 e 340 metros da chegada, sendo que ter um lançador será importante.
Perfil da prova
Favoritos
Com uma alteração tão drástica ao percurso, será complicado adivinhar o desfecho, mas acreditamos que haverá um grupo de 40 a 50 unidades no final a disputar a vitória, até porque não são assim tantos os trepadores aqui presentes.
Alexander Kristoff tem um fascínio muito grande por esta prova, o norueguês gosta de provas com um miolo duro e com um final fácil. É o campeão em título, tendo vencido também em 2016 e 2014 e chega aqui com uma equipa totalmente focada nele, com Roberto Ferrari, Sven Erik Bystrom e Alexandr Riabushenko como principais escudeiros.
Edvald Boasson Hagen acabou as clássicas da Primavera claramente em subida de forma. Dos sprinters, é daqueles que melhor ultrapassa as dificuldades e bem que precisa de um triunfo para elevar a moral. A Dimension Data escolheu não trazer lançadores, tem sim alguns homens de montanha que certamente estarão com Hagen caso o norueguês passe as dificuldades.
Outsiders
A Team Sunweb chega aqui com 4 sprinters, mas duvidamos das capacidades de Phil Bauhaus e de Max Walscheid em passar estas subidas, portanto a aposta pode muito bem ser Edward Theuns, até porque a ponta final de Michael Matthews não está famosa e o belga precisa urgentemente de uma injecção de confiança.
Em caso de uma corrida realmente endurecida e aberta há ciclistas que muito beneficiarão disso, e Jan Tratnik é um deles. Recente vencedor da Volta Limburg e 5º na Brabantse Pijl, o esloveno está em boa forma e chega aqui motivado e apoiado por uma boa equipa.
Andrea Pasqualon é outro destes sprinters que adora as corridas bem durinhas, como demonstram os seus resultados, tendo estado bem nas clássicas das Ardenas. Esta é uma oportunidade preciosa para as equipas Profissionais Continentais imiscuírem-se entre os melhores.
Possíveis surpresas
Há aqui muitos homens rápidos, a questão é se eles passam as dificuldades, na Quick-Step Floors são 3, o regressado Fernando Gaviria, o jovem Fabio Jakobsen e o argentino Maximiliano Richeze. Todos estes têm chances de passar, irá liderar a equipa quem estiver a ter o melhor dia. A Bora-Hansgrohe tem Sam Bennett e Pascal Ackermann, que estarão na mesma situação de Nacer Bouhanni, Marcel Kittel, Rudy Barbier e Marko Kump, bem vão tentar sobreviver, mas vai ser extremamente difícil conseguirem fazê-lo. As equipas belgas podem obter um bom resultado, tanto Justin Jules, como Sean de Bie e Zico Waeytens até passam bem a média montanha. A Bahrain-Merida tem 2 alternativas muito fortes, com Enrico Gasparotto que vem muito bem das clássicas e o jovem Ivan Garcia Cortina e a Ag2r La Mondiale, com Oliver Naesen e Tony Gallopin, esperam dinamitar a corrida. Pensamos que a melhor aposta dentro da Katusha-Alpecin será Rick Zabel e a melhor dentro da Nippo Vini Fantini seja Marco Canola. Amaro Antunes será o único português presente em prova e não é descabido ver o português a atacar na parte dura para tentar fazer diferenças, é que Amaro está em boa forma e é dos melhores trepadores aqui presentes.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Emanuel Buchmann e Hugo Hoffstetter.