Vuelta a Castilla y Leon vai para a estrada com forte toque português
3 dias de competição e 526,3 quilómetros é o que as equipas Portuguesas vão ter de enfrentar, entre amanhã e o próximo domingo, na 33ª Vuelta a Castilla y Leon. Menos montanhosa que em anos anteriores, onde chegou a ter chegadas em alto, esta tem sido uma prova onde os portugueses se têm destacado. Em 2016, na vitória de Alejandro Valverde, Joni Brandão foi 3º, atrás de Pello Bilbao, sendo que no ano passado, quando ganhou Jonathan Hivert, foi a vez de Henrique Casimiro terminar no lugar mais baixo do pódio, com Jaime Roson a ficar entre os 2.
O percurso deste ano é, tal como já referimos, totalmente diferente dos anos anteriores. Não há chegada em alto e por isso os puncheurs vão partir em vantagem. As duas primeiras etapas apresentam 6 contagens de montanha (3 em cada etapa) no entanto tanto Salamanca com Palencia devem ver duas chegadas ao sprint. Tudo se vai decidir no 3º dia, nos 175 quilómetros entre Segovia e Avila. A corrida deve começar a ser endurecida na segunda subida do dia, o Puerto de Navalmoral (11,1 kms a 3,8%), que antecede o Alto de los Aquilones (7,1 kms a 5,6%) e novamente o Puerto de Navalmoral, mas por outra vertente (8,4 kms a 5,3%). Esta última fica a cerca de 20 quilómetros do fim. A chegada a Avila também não é fácil, quase a 4% de inclinação, sendo feita em empedrado, e também se podem fazer diferenças. No final das etapas existem bonificações de 10, 6 e 4 segundos.
Vão estar presentes 18 equipas ao todo, com a Movistar a ser a única World Tour. A representar o pelotão nacional, a W52 - FC Porto, o Sporting/Tavira, a Efapel e a Liberty Seguros-Carglass.
A W52 - FC Porto avança para a clássica espanhola com Gustavo Veloso, Raul Alarcon, António Carvalho, João Rodrigues, Angel Rebollido, Samuel Caldeira e Tiago Ferreira. Samuel Caldeira tentará a sua sorte nas duas primeiras etapas ao passo que Gustavo Veloso e Raul Alarcon, que faz o seu regresso à competição, tentarão um bom resultado na classificação geral.
O Sporting/Tavira alinha com Rinaldo Nocentini, Nicola Toffali, Frederico Figueiredo, Alvaro Trueba, Valter Pereira, Alexander Grigoryev e Mario Gonzalez. Rinaldo Nocentini regressou no GP Beiras e esteve discreto, talvez ganhando ritmo para esta prova que lhe assenta na perfeição. Frederico Figueiredo, Alvaro Trueba e Mario Gonzalez vêm de fazer um excelente GP Beiras, sendo também opções fiáveis para a classificação geral. Nicola Toffali vai tentar intrometer-se nas chegadas ao sprint.
Nas últimas duas edições, a Efapel conseguiu colocar um ciclista no pódio mas este ano a tarefa não se avizinha fácil. Daniel Mestre e Henrique Casimiro, que estiveram em destaque na passada semana, vão liderar as aspirações da equipa de Américo Silva, apoiados por Marcos Jurado, Sérgio Paulinho, Bruno Silva, David Arroyo e Jesus del Pino.
Por fim, falar da Liberty Seguros-Carglass. A equipa do Bike Clube de Portugal estará nesta prova com o objetivo de ganhar experiência e seria já bom ver ciclistas da formação lusa na fuga. André Crispim, Gaspar Gonçalves, Venceslau Fernandes, Rafael Lourenço, Pedro José Lopes, André Carvalho e César Martingil são os ciclistas escolhidos. Martingil apostará nas chegadas ao sprint e pode fazer top 10.