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Antevisão da La Fleche Wallonne


Após a Amstel Gold Race, a Semana das Ardenas muda-se para Bélgica sendo a hora dos reais especialistas em subidas curtas e inclinadas ocuparem os primeiros lugares. A La Fleche Wallonne é marcada claramente pelo Mur de Huy, ascensão com rampas terríveis à qual apenas um lote muito restrito de corredores se adapta e onde não costuma haver muitas surpresas.

Percurso

Em relação às outras grandes clássicas da Primavera, a Fleche Wallonne é uma prova mais curta, com apenas 198.5 kms, contando com 11subidas categorizadas. Os ciclistas partem de Seraing e chegam no icónico Mur de Huy.

Ao contrário de anos anteriores, a Fleche Wallone tem logo um inicial difícil com algumas subidas não categorizadas, com os primeiros 60 quilómetros a serem de constante sobe e desce. A primeira colina surge ao quilómetro 65, com o Cote de La Vecquee (6,7 kms a 4,9%), seguindo-se uma tradicional subida da Liege-Bastogne-LIege, o Cote de La Redoute (2 kms a 8,9%). A 98 quilómetros do fim surge o Cote de Mont (2,4 kms a 4,8%).

Depois da fase mais plana do percurso, surge o Cote d'Amay (1,4 kms a 6,7%), , antecedendo a primeira passagem pelo Mur de Huy (1,3 kms a 9,3%) que irá ocorrer ao quilómetro 140.5, ou seja, a 58 kms da chegada.

Segue-se então um circuito de 29 kms, com um total de 3 colinas, começando com o Cote d'Ereffe (2,1 kms a 5%), seguindo-se o Cote de Cherave (1,3 kms a 8.1%), para depois irem para a segunda passagem pelo Mur de Huy, que surge a apenas 29 kms da linha de meta. Nesta fase já deveremos ver alguns ataques de figuras secundárias, para obrigar as principais formações a desgastarem-se, e o pelotão já deverá estar mais reduzido.

Com a passagem pela linha de meta, volta-se a fazer o circuito já referido, com o circuito o Cote d’Ereffe a estar a 16,5 kms da meta e o Cote de Cherave a apenas 5,5 kms do final, que deverá ser palco de muitos ataques. À entrada do Mur de Huy a luta por posicionamento será intensa, a subida tem 9,3% de inclinação média, mas é no miolo que se decide tudo, com o final a ser num falso plano.

Perfil da prova

Favoritos

Para ter uma boa prestação na Fleche Wallonne é necessário ser-se um bom trepador, bastante leve, com muita explosividade, estar com uma boa condição física e adaptar-se na perfeição a rampas inclinadas, uma mistura entre o puro trepador e o especialista em clássicas, sendo esta a receita para vingar no Mur de Huy.

Neste lote de grandes candidatos é impossível não incluir o Sr. Fleche Wallone, Alejandro Valverde, ciclista que triunfou no Mur de Huy nas edições de 2006, 2014, 2015, 2016 e 2017. O corredor da Movistar leva já 9 vitórias em 2018 e foi 5º na recente Amstel Gold Race. Se o deixarem chegar na frente no Mur de Huy será impossível batê-lo, pelo que apenas uma queda ou um furo podem ser fatores impeditivos de vencer a prova pela 6ª vez na carreira.

Julian Alaphilippe tem duas participações na Fleche Wallone e em ambas foi batido por Alejandro Valverde. O francês foi feito para este tipo de provas, com finais explosivos, e vem em grande forma, como mostram as duas recentes vitórias no País Basco. Foi dos que melhor esteve na Amstel Gold Race e é um dos poucos capaz de bater Valverde.

Outsiders

O belga Dylan Teuns foi uma das surpresas do ano passado, ao terminar em 3º. A segunda metade de 2017 foi fantástica e confirmou já e 2018, ao ser 6º no Paris-Nice, 11º na Catalunha e 7º na Brabantse Pijl. Não esteve tão bem no passado domingo, mas esta prova é muito melhor para as suas características de puncheur.

Pela primeira vez, Tim Wellens parece ter, finalmente, acertado no momento certo para ter um pico de forma na semana das Ardenas. Fantástico nas últimas duas corridas, o belga não tem medo de atacar. Já o fez várias vezes aqui e, como sabe que será difícil derrotar os mais explosivos no final, deverá atacar no Cote de Cherave. Se há ciclista capaz de chegar sozinho a Huy é Wellens.

Rudy Molard tem sido uma das revelações da temporada. 3º no Tour de la Provence e em Haut Var, vitória em etapa e 15º posto no Paris-Nice, tudo em provas com muitas etapas com finais explosivas. 7º na temporada passada, o francês tem tudo para melhorar o seu resultado, apesar de não acharmos que ainda possa vir a ganhar.

Possíveis surpresas

Daniel Martin tem sido uma sobra de si esta temporada, mas não podemos esquecer o seu histórico aqui: 6º em 2012, 4º em 2013, 2º em 2014 e 2017 e 3º em 2015. Adora este final é não seria de estranhar estar novamente na luta, aparecendo pela primeira vez em 2018. Sergio Henao deve liderar a equipa da Sky, ele que já foi 2º, 4º e 7º. Não está a andar tão bem como em anos anteriores, mas na Amstel Gold Race já pareceu melhor e deverá discutir os primeiros lugares. Estamos curiosos para ver o que Romain Bardet pode fazer ele que até agora fez sempre top 8 nas 5 clássicas que fez, tendo ganho uma delas; 13º na temporada passada, deve melhorar esse resultado. Michael Woods é mais um ciclista perfeito para este final. Tem vindo a melhorar os seus resultados nesta prova, mas a sua forma esta temporada não tem sido muito boa, no entanto já esteve melhor na Amstel. Rui Costa deverá ser o 2º plano da UAE Team Emirates, ele que vem de boas prestações no País Basco, sendo possível um novo top 10. Alexis Vuillermoz foi 6º em 2015 e tem aqui uma chegada perfeita. Michael Albasini é sempre um homem que está na luta por este clássica mas este ano parece fora de forma. Por outro lado, Jelle Vanendert deve ter carta livre dentro da Lotto Soudal e, devido às suas últimas prestações, pode voltar ao top 10, como fez por 3 ocasiões. Ion Izagirre, Enrico Gasparotto, David Gaudu e Emanuel Buchmann são as outras opções que consideramos como potenciais candidatos aos primeiros lugares.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Floris de Tier e Mikel Landa.

Tips do dia

Romain Bardet a bater Roman Kreuziger -> odd 1,95

Dylan Teuns a bater Sergio Henao -> odd 1,43

Julian Alaphilippe no top 3 -> odd 1,90


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