Peter Sagan incrível faz história em Paris-Roubaix épico
Dia para o “Inferno do Norte”! Mais uma vez, tal como aconteceu no Tour de Flandres, a fuga demorou muitos quilómetros para se formar devido às intenções de muitas equipas de meterem ciclistas na frente. Após mais de uma hora de prova e 50 quilómetros percorridos, Sven Erik Bystrøm, Silvan Dillier, Marc Soler, Ludovic Robeet, Jimmy Duquennoy, Jelle Wallays, Geoffrey Soupe, Gatis Smukulis e Jay Robert Thomson conseguiram ter a “permissão” do pelotão para sair.
Este grupo chegou a ter 9 minutos de vantagem, antes do pelotão começar a acelerar, sempre controlado pela Quick-Step. Uma queda grave no pelotão, com Nelson Oliveira a ser um dos principais envolvidos, a par de Stefan Kung, sendo ambos obrigados a abandonar. Nomes como Greg van Avermaet e Oliver Naesen ficaram para trás mas pouco depois conseguiram reentrar na frente.
Pouco antes dos 100 quilómetros finais, mais uma queda no pelotão deixou no chão Matteo Trentin e Sebastian Langeveld. Na entrada do Trouée d'Arenberg, a fuga seguia com 2:30 de vantagem e saiu dividida com Soler, Wallays, Dillier e Bystrøm a ser a nova cabeça de corrida por breves momentos. No pelotão já reduzido, Mike Teunissen e Philippe Gilbert atacavam a ganhavam alguns segundos e tiveram a companhia de Nils Politt.
A 75 kms da meta o grupo de Gilbert foi alcançado e Zdenek Stybar lançou-se ao ataque. Durante muito tempo teve 15 segundos de vantagem sobre o grupo principal, que não se organizava, mas foi anulado 15 kms depois. Após algumas acelerações de muitas ciclistas foi Peter Sagan a arrancar e sem resposta de ninguém. Sagan chegou a Wallays, Dillier e Bystrom, Jasper Stuyven e Wout van Aert saíram do grupo e houve uma queda aparatosa que deixou Alexander Kristoff no chão.
No sector de Mons-en-Pevele, Bystrom perdeu o contacto e Terpstra arrancou no grupo perseguidor, levando com ele Sep Vanmarcke, Philippe Gilbert, Taylor Phinney, Stijn Vandenbergh e Bert de Backer. À saída de mais um sector de pavê, Gilbert cedeu e ficavam os restantes na frente. A 35 quilómetros do fim, Sagan, Dillier e Wallays seguiam com 1 minuto de vantagem para o grupo de Terpstra e 1:20 para o grupo de Gilbert.
No sector de Cysoing à Bourghelles, Jelle Wallays não aguentou o ritmo de Peter Sagan, ficando apenas Silvain Dillier na companhia de Peter Sagan. O grupo perseguidor estava já a 1:10. Em Camphin-en-Pévèle, Wout van Aert teve um problema mecânico, sendo obrigado a parar e sendo alcançado por Zdenek Stybar, Oliver Naesen e Nils Politt.
Em Carrefour de l’Arbre, Sagan bem tentou deixar Dillier para trás mas não o conseguiu fazer. Já o grupo perseguidor ficou ainda mais reduzido, com Terpstra, van Avermaet, Stuyven e Vanmarcke a serem os mais diretos perseguidores a 1 minuto da frente.
Até ao final a situação de corrida não se altura e a entrada no velódromo de Roubaix foi feita com Silvain Dillier na frente. Peter Sagan não saiu da roda do campeão suíço até aos 150 metros finais, altura em que lançou o seu sprint para conquistar o primeiro Paris-Roubaix da carreira, o seu 2º Monumento. Silvain Dillier, vindo da fuga do dia, foi 2º. Niki Terpstra deixou os seus adversários para trás fazendo 3º. Greg van Avermaet foi 4º e Jasper Stuyven 5º.