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Antevisão da Dwars door Vlaanderen


Após um par de dias de paragem, o ciclismo está de volta com a última clássica belga antes da sequência de monumentos, falamos da Dwars door Vlaanderen, ou através da Flandres em português, numa corrida que promete.

Percurso

A Dwars door Vlaanderen vai para o seu 2º ano no World Tour e desta vez mudou ligeiramente de data. Em anos anteriores esteve antes da E3 Harelbeke e da Gent-Wevelgem. Ou seja, em 2018 é o último teste antes do Tour de Flandres, podendo ser bom ou mau para a prova, dependendo da perspetiva.

Este ano vão ser 181 quilómetros, uma distância algo reduzida para este tipo de clássicas. Como é tradicional, os 80 kms iniciais são planos, e os ciclistas aquecem um pouco mais com o Kluisberg e o Knokteberg, mas só a 70 kms da meta começa a sequencia temível de subidas, com nova passagem pelo Kluisberg e pelo Knokteberg, antes do Kortekeer, os 2000 metros em empedrado e a subir do Steenbeekdries e do clássico Taienberg.

O Kruisberg surge a 40 kms da meta, antes de nova passagem pelo Knokteberg e de um sector de 2000 metros de empedrado em Varent. Dentro dos 20 kms finais há 3 subidas, nenhuma delas excessivamente dura, o Tiegemberg, o Holstraar e o Nokereberg. É ainda preciso dizer que dentro do 10 kms finais ainda há um troço final de empedrado com 800 metros, antes do final em Waregem. A prova foi ganha em 2017 por Yves Lampaert, à frente de Philippe Gilbert e Alexey Lutsenko.

Perfil da prova

Favoritos

A alteração no posicionamento desta prova torna-a ainda mais imprevisível, será que os favoritos vão dar tudo e arriscar ou poupar-se para Domingo? Essa é a grande questão, numa prova em que Quick-Step Floors e BMC têm claramente as equipas mais fortes e acreditamos numa prova atacada.

A Quick-Step tem imensas opções e desta vez pode muito bem ser Zdenek Stybar a brilhar. O antigo campeão mundial de ciclo-crosse tem estado sempre entre os melhores nas clássicas, com companheiros seus ao ataque, está em boa condição física e pode ter aqui mais liberdade para seguir as ofensivas. Tem uma boa ponta final num grupo de 5-6 elementos.

Caso os grandes nomes se fiquem a marcar ou a poupar-se, Wout van Aert tem uma chance de ouro para conseguir uma grande vitória na estrada. Claramente ainda se está a habituar às distâncias mais longas e 181 kms estão claramente dentro do seu limite. Pertencer a uma equipa Profissional Continental pode beneficiá-lo nestas provas.

Outsiders

Oliver Naesen está em grande forma e não é ciclista de vir somente rodar, gosta de estar nas ofensivas e ditar a corrida, tem faltado um pouco de sorte à equipa, vítima de várias quedas, que a tem impedido de estar com o seu líder mais vezes. Naesen possui também uma boa ponta final, como demonstrou o 6º posto na Gent-Wevelgem.

Caso um grupo de 20-30 unidades chegue ao fim ainda junto, Edward Theuns é um corredor ao qual temos de estar atentos. O belga passou para a Team Sunweb para ter mais liberdade neste tipo de provas, está com uma boa condição física, mas azares ou más colocações têm-no impedido de estar mais vezes na frente.

Caso as condições climatéricas estejam adversas Tiesj Benoot vai tirar imenso vantagem disso, ganhou a Strade Bianche em condições terríveis e está a apontar a um grande mês de Abril. Vai tentar deixar toda a gente para trás, caso o seu desejo seja correr a fundo, essa é a nossa grande dúvida.

Possíveis surpresas

Uma corrida bloqueada e pouco rápida beneficia os sprinters que passam bem a média montanha que aqui estão, falamos de Magnus Cort Nielsen e Alexander Kristoff, que falharam o corte decisivo na Gent-Wevelgem por pouco, de Sacha Modolo e Danny van Poppel, que estiveram no corte, mas sem grandes energias depois disso, e ainda de Elia Viviani e Chrsitophe Laporte, 2 corredores que nos surpreenderam no último Domingo, sendo 2º e 4º, respectivamente, mas atenção que o perfil desta clássica parece-nos bem mais duro. Claro que dentro da Quick-Step as alternativas são muitas, Niki Terpstra e o vencedor de 2017, Yves Lampaert, conseguirão seguir os melhores nas dificuldades e dentro do jogo táctico podem sair a ganhar. Dentro da BMC, Greg van Avermaet e Jurgen Roelandts são as apostas, mas até nos inclinamos mais para Roelandts ter uma oportunidade nesta clássica, até para Avermaet poder correr mais descontraído. É quase certo que corredores como Gianni Moscon, Jasper Stuyven, Daniel Oss e Sep Vanmarcke e Alexey Lutsenko andem entre o top 5/top 10, mas só ganharão com um ataque já perto do final dentro de um desentendido grupo reduzido. Por fim, será ainda curioso ver o que consegue fazer Alejandro Valverde, pois parece que, em tudo o que o espanhol toca, transforma-se em ouro.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Oscar Gatto e Viacheslav Kuznetsov.

Tips do dia

Wout van Aert a bater Yoann Offredo -> odd 1,445

Magnus Cort Nielsen a bater Justin Jules-> odd 1,50


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