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Antevisão da Strade Bianche


Está na hora de uma das mais espetaculares clássicas da temporada, a Strade Bianche! Com troços de sterrato e com o mau tempo a ajudar, esta edição tem tudo para ter sucesso.

Percurso

Apesar da sua juventude esta é uma das grandes clássicas do ciclismo mundial. No World Tour pelo segundo ano, a Strade Bianche vai ter 184 quilómetros com 63 deles a serem em sterrato.

O primeiro sector de gravilha surge logo ao quilómetro 17, sendo que se segue umo novo setor, este com 5,8 kms de extensão, e que tem rampas a 10%. O setor de Radi, com 4.4 kms, é o que se segue, antes de um setor muito longo, com um total de 5500 metros. A subida de Montalcino (4 kms a 5%), que não é em terra batida, é o obstáculo seguinte. No miolo da prova, temos três longos setores de sterrato, com 11,9 kms, 8 kms e 9,5 kms, no entanto são feitos em estradas planas-

O sector seguinte de gravilha pode vir a ser importante, pois junta ao sterrato, inclinações terríveis. Mas tudo se vai começar a decidir no Monte Sante Marie, um troço de gravilha de 11,5 quilómetros do mais difícil que há, também pelas curtas e duras subidas que o intermedeiam e que está situado a pouco mais de 50 kms da meta.

Após uma fase bem dura, vêm 17,8 kms mais fáceis, antes dos últimos troços de gravilha dos últimos 25 kms. Estes, apesar de serem mais curtos, todos incluem duras colinas, que podem ser palco de ataques dos favoritos. O penúltimo sector tem 2,4 kms e está localizado a 20 kms do final e tem porções a 10% de inclinação. Já o último sector está a 12 kms da meta, tem 1100 metros e nele está incluído uma colina com 11,4% de inclinação média.

Como se esta dureza toda não chegasse, ainda teremos uma chegada absolutamente épica a Siena, na Piazza del Campo, que é antecedida por uma descida de alguns quilómetros algo técnica. Serão 800 metros a uma inclinação média de 6,5%, mas com fases a 16% já na parte histórica da cidade e é normalmente aqui onde tudo se decide, se ainda restar um grupo na frente da corrida.

Perfil da prova

Favoritos

É tempo da Strade Bianche e esta clássica que se está a afirmar cada vez mais no calendário internacional promete ser ainda mais espectacular este ano com as condições climatéricas adversas. Tem nevado na Toscânia e está prevista chuva e frio para o dia da prova, tornando estas estradas de terra num verdadeiro banho de lama. As dificuldades vão ser muitas, numa prova em que as tácticas não valem de muito e em que geralmente o ciclista mais forte e que se adapte melhor às condições naquele dia ganha, tão simples quanto isso.

Michal Kwiatkowski começou a temporada a todo o gás, como podemos ver em estradas portuguesas, e começam aqui os grandes objectivos da temporada para o polaco. Tem um historial brilhante aqui, vencedor em 2014 e 2017, adora as condições adversas, foi campeão do Mundo debaixo de frio e chuva. Conta com uma Team Sky longe da força plena, mas ainda assim com Lukasz Wisniowski e Gianni Moscon, que estão em boa forma.

Zdenek Stybar certamente está na sua praia, está mais que habituado à muita lama que vai haver, pois dedicou-se durante muito tempo ao ciclocrosse. Tem 3 participações aqui, 4º em 2017, 2º em 2016 e 1º em 2015, um registo excelente, que vai querer manter. Gilbert está com o seu foco no Paris-Roubaix, portanto Stybar será a melhor aposta da Quick-Step Floors, e pudemos ver isso no Le Samyn, onde o checo se resguardou.

Outsiders

Em qualquer clássica que entre Greg van Avermaet tem de estar na linha da frente dos candidatos. Nunca ganhou aqui, mas já fez 2º em 2015 e em 2017, as subidas não são problema para ele. Ainda não nos parece nas suas melhores condições físicas e disse não apreciar estas más condições climatéricas, mas nunca se sabe. A BMC é das equipas mais fortes aqui, com Bettiol, Caruso e Kung no apoio directo a Avermaet.

Peter Sagan faz aqui o seu regresso à competição, após uma grande exibição no Tour Down Under. Curiosamente ainda falta esta clássica no seu palmarés, foi 2º em 2013 e 2014 e falhou o pódio nos 2 anos seguintes. A condição física do actual campeão do Mundo é uma enorme incógnita, falhou o fim-de-semana de clássicas belgas e parece estar a guardar para os Monumentos. No entanto, tem uma técnica incrível que o pode ajudar nas descidas.

Pode parecer um nome estranho para alguns, mas Wout van Aert tem tudo para estar entre os melhores e ser a grande surpresa da prova. Van Aert é um especialista em ciclo-crosse, que está a fazer progressivamente a transição para a estrada com a Verandas Willems, onde é o claro líder. Na Omloop pudemos ver que esteve muito bem, passou o Muur com os melhores, o que é um excelente sinal para uma prova onde a técnica vai ser chave.

Possíveis surpresas

Outro ciclista que saiu nas clássicas belgas com a moral em alta foi Sep Vanmarcke, após a enorme exibição no Muur, o belga foi 4º na única participação aqui. Tiesj Benoot já foi 8º por 2 vezes na Strade Bianche e demonstrou excelente capacidade física na semana passada, está a melhorar cada vez mais na montanha. O grande momento da Astana pode ser continuado aqui por 2 ciclistas, Moreno Moser (vencedor em 2013 e voltou às vitórias este ano) e Alexey Lutsenko, brilhante no Tour of Oman. Alejandro Valverde tem a capacidade física para ganhar, mas teve uma semana terrível, ficou doente após o Abu Dhabi Tour, e está com problemas para chegar a Itália. A Bahrain-Merida tem 3 opções válidas, Vincenzo Nibali, Giovanni Visconti e Sonny Colbrelli, que está a voar neste momento. A Ag2r La Mondiale tem o melhor de 2 mundos, Romain Bardet como trepador e Clement Venturini como especialista em ciclo-crosse. Tom Dumoulin está a melhorar progressivamente a sua forma e pode andar bem aqui, foi 5º no ano passado e o desnível não é problema para ele. Diego Ulissi já fez top 10 aqui e será o líder da UAE Team Emirates, enquanto que a Trek-Segafredo tem Fabio Felline e um Jasper Stuyven que adora estas condições meteorológicas como líderes.

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são Nathan Haas e Luke Durbridge.

Tips do dia

Michal Kwiatkowski a bater Peter Sagan ->odd 1,72

Tiesj Benoot a bater Alexey Lutsenko -> odd 1,60


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