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Antevisão da Kuurne-Brussels-Kuurne


O fim-de-semana de abertura das clássicas termina com a Kuurne-Brussels-Kuurne. Esta é uma prova mais amiga dos sprinters no entanto os classicómanos que hoje não estiveram tão bem vão querer redimir-se.

Percurso

Esta clássica neste animado fim-de-semana belga tem 200,1 kms, menos 600 metros que em 2016 e 2017. O percurso é basicamente o mesmo, somente com ligeiras alterações e podemos dividir este traçado em 3. O primeiro terço da corrida é predominantemente plano, com 1 só colina para amostra. Após 67,5 kms surge o Onkerzeleberg (2,1 kms a 3%) e logo a seguir La Houppe (1,9 kms a 4,8%), antes de entrarmos na fase decisiva da corrida, com a maioria das colinas e troços de empedrado.

Em rápida sucessão aparecem o Kanarieberg (1 km a 7,7%), o famoso Kruisberg (1,9 kms a 4%), o Hotondberg (2,7 kms a 3,1%) e ainda o Cote de Trieu (1,3 km a 7%). No entanto, as maiores diferenças costumam ser feitas no mítico Oude Kwaremont, a 85 kms da meta, com 2,2 kms a 4% e em empedrado. Logo a seguir vem o Kluisberg (1,1 km a 6,3%), para dificultar ainda mais a vida dos sprinters. Mais 12 kms e estão pela frente as últimas oportunidades para fazer diferenças, 2 kms de empedrado em Varent, o Tiegemberg (0,8 kms a 5%), o Holstraat (1 kms a 5,2%) e para finalizar o Nokereberg (0,35 kms a 5,7%).

Esta última colina está ainda a 50 kms da meta, o que permite reagrupamentos antes do final caso as diferenças não sejam extremas. A corrida termina com 2 voltas num circuito de 15 kms nos arredores de Kuurne. A última curva situa-se a 600 metros da meta, e é um ponto decisivo desta chegada se ainda houve comboios para lançar os sprinters.

Perfil da prova

Favoritos

Esta é uma corrida muito aberta. Se nos últimos 2 anos os sprinters têm sido surpreendidos, em anos anteriores, foram eles a vencer. Hoje também se pensavam que iriam existir maiores diferenças e no final alguns sprinters conseguiram lutar por um lugar entre os melhores, por isso torna-se difícil prever esta prova.

Um ciclista que tanto pode estar na luta pela vitória num grupo restrito ou no pelotão é Matteo Trentin. O italiano parece já estar totalmente recuperado e hoje esteve na movimentação decisiva e é um dos ciclistas mais rápidos presentes. Chris Juul-Jensen esteve muito bem hoje e será um apoio fundamental.

Arnaud Demare chegou a estar ao ataque na Omloop, no entanto não conseguiu seguir os melhores no Kapelmuur, no entanto manteve-se no grupo e ainda sprintou para o top 10. Amanhã, numa prova menos dura e com os seus companheiros ao seu lado, o campeão francês tem tudo para vencer.

Outsiders

Uma das grandes surpresas de hoje foi a Bahrain-Merida, equipa de Sonny Colbrelli que se mostrou muito coesa, tal como o seu líder que esteve no ataque decisivo e mesmo sendo alcançado ainda fez top 10. Está em grande forma, contando já com uma vitória em 2018, e tanto pode vencer num grupo restrito como em pelotão.

Jasper Stuyven foi 1º e 2º nas últimas duas edições da prova. Vem de uma boa Volta ao Algarve, onde trabalhou para os seus líderes, especialmente, na etapa final e hoje, apesar de não ter conseguido seguir os melhores foi 4º. A forma está lá e o belga da Trek costuma entrar bem nas clássicas. É mais um ciclista que pode vencer em diversos cenários.

Hoje a Astana venceu e porque não ganhar amanhã também? Magnus Cort Nielsen está em grande forma, anda a passar melhor que nunca as dificuldades e a sua equipa mostrou hoje que tem um coletivo muito forte. O dinamarquês é muito rápido e qualquer que seja o cenário em que esteja envolvido é um dos favoritos.

Possíveis surpresas

Se a corrida for muito atacada na fase mais dura, Greg van Avermaet, Sep Vanmarcke e Oliver Naesen vão, com toda a certeza beneficiar disso. Estes foram os 3 ciclistas que passaram na frente a subida de hoje do Kapelmuur e por isso vão querer endurecer a corrida para deixar os sprinters para trás. São ciclistas rápidos em grupos restritos. Zdenek Stybar, Daniel Oss, Wout van Aert, Alexey Lutsenko e o vencedor de hoje Michael Valgren também vão querer uma corrida rápida e dura. Olhando para os sprinters, Fernando Gaviria sobressai. O colombiano sofreu um revés com a queda em San Juan e não se sabe muito bem a sua forma. Pode passar com os melhores mas é uma incógnita. Dylan Groenewegen guardou-se para esta prova. O sprinter holandês leva já 3 triunfos em 2018 e uma corrida não muito atacada será aquilo que o ciclista da LottoNL-Jumbo quererá. Jasper de Buyst, Sacha Modolo, Amaury Capiot, Christophe Laporte e Jens Debusschere são outros sprinters a ter em atenção.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Timothy Dupont e Chris Lawless.

Tip do dia

Pelas mesmas razões de ontem, corrida muito aberta e com várias cenários possíveis e primeiras clássicas da temporada, voltamos a não lançar apostas.


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