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Antevisão do Tour of Oman


A digressão pela Península Arábica continua, agora com o Tour of Oman, prova com um percurso algo duro e onde Rui Costa brilhou em anos anteriores e quer voltar a fazê-lo em 2018.

Percurso

A ASO continua a apostar num percurso duro, onde os trepadores têm a oportunidade de se sobressair. No entanto, também os sprinters e os classicómanos têm as suas oportunidades.

O primeiro dia terá a tradicional chegada ao sprint a Sultan Qaboos University. 162 kms planos onde Mark Cavendish, Alexander Kristoff, Nacer Bouhanni e Magnus Cort terão a primeira oportunidade para vencer.

A chegada a Al Bustan é já um clássico do Tour of Oman. Não se pode dizer que a etapa seja fácil até à subida que fica perto da chegada, no entanto também não é muito difícil. Duas subidas duras e curtas, a última das quais a 22 kms do fim, antecedem Al Jissah (1,6 kms a 8%). A subida termina a 5 kms da chegada e tanto podemos ver um ciclista a chegar isolado, bem como um pequeno grupo a discutir a etapa.

Este é um regresso ao Tour of Oman, já que esta chegada não está presente desde 2013. Wadi Dayqah Dam será uma oportunidade de ouro para ciclistas como Greg van Avermaet. Existem várias subidas duras antes do final, no entanto tudo se vai decidir nos últimos 8 kms. Aí, temos uma subida de 900 metros a 8,4%. Várias pequenas subidas se seguem,incluindo uma de 500 metros que leva para a meta.

Mais uma etapa clássica, agora o circuito à volta da subida Bousher al Ameret. Os últimos 50 kms têm 3 passagens por esta dura subida, duas pelas vertente de 2800 metros a 8,9% e uma pela vertente de 3700 metros a 9,8%. 15 kms separam a última contagem de montanha da chegada.

O fim de semana começa com a dura chegada à Green Mountain. A geral pode já estar a ficar definida, no entanto tudo será decidido na duríssima subida final de 5700 metros a 10,5%.

Os sprinters que tenham sobrevivido toda a dureza terão mais uma oportunidade no último dia. Matrah Corniche recebe, mais uma vez, o final do Tour of Oman e os homens rápidos devem ser os reis e senhores da chegada, apesar das dificuldades do percurso.

Favoritos

Só um grande trepador poderá vencer o Tour of Oman, tal como tem vindo a ser hábito. A Green Mountain marcará quase todas as diferenças na geral e é quase certo que quem aí ganhar levará a geral para casa.

O colombiano Miguel Angel Lopez inicia a sua temporada numa prova perfeita para ele. Subidas muito duras são perfeitas para o “Superman”, tal como se viu na Vuelta 2017, e o colombiano só terá que não ceder nas etapas anteriores à chegada em alto, onde estará na luta pela vitória.

Vincenzo Nibali não é um ciclista que costuma começar bem as temporadas, no entanto já ganhou esta prova em 2016 e já vai com ritmo do Dubai Tour. Tem Gorka Izagirre e Giovani Visconti como principais escudeiros, numa equipa muito sólida. É dos melhores do mundo a subir e quererá começar bem o ano.

Outsiders

Rui Costa foi 2º no ano passado e está de regresso este ano e tem, pelo menos, o pódio ao seu alcance. A Green Mountain não é uma subida muito boa para si, no entanto tem as etapas anteriores para conseguir amealhar bonificações e ganhar tempo aos seus rivais. Vem já com ritmo do Tour Down Under.

O africano Merhawi Kudus é um ciclista habituado a correr em Oman, já com dois top 10. Tem evoluído muito enquanto trepador e é daqueles que quanto mais duras forem as subidas melhor será para si. Cuidado com ele para a Green Mountain.

Jesus Herrada é outro ciclista que está a esfregar as mãos devido às bonificações. O campeão espanhol é muito rápido em grupos restritos e por isso terá a oportunidade de ganhar tempo em 3 etapas (2,3 e 4), tal como Rui Costa. Talvez a Green Mountain possa ser muito dura, mas a sua exibição na etapa rainha em Valência prova o contrário.

Possíveis surpresas

Dries Devenyns está a ter um início de ano fantástico. Tal como Rui Costa e Jesus Herrada, é bastante rápido em grupos reduzidos e pode conseguir vários segundos de bonificação, apesar da Green Mountain ser algo dura para as suas características. Nicolas Roche é um ciclista muito regular e já vem com ritmo do Dubai, onde nem esteve mal. Tudo vai depender da etapa rainha, mas tem qualidade suficiente para estar na luta. Peter Stetina será o líder da Trek e, como esta é uma oportunidade rara de liderar a equipa, tem que estar bem, tal como já o fez em corridas nos Estados Unidos. Giovanni Visconti e Gorka Izagirre serão as alternativas a Vincenzo Nibali dentro da Bahrain-Merida. Por fim, destacar os jovens Ian Boswell, Odd Christian Eiking, Stef Cras e Scott Davies.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Daniel Navarro e Martijn Tusveld.

Tips do dia

Dries Devenyns a bater Odd Christian Eiking –> odd 1,665 (geral)

Amaury Capiot a bater Baptiste Planckaert –> odd 2 (etapa 1)

Max Walscheid a bater Wouter Wippert –> odd 1,50 (etapa 1)


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