Pelotão Continental em Portugal é o maior e mais jovem dos últimos 10 anos
Foto: João Fonseca
2018 foi um ano de mudanças para o ciclismo em Portugal, uma mudança nos regulamentos federativos permitiu a passagem para o escalão continental de algumas equipas que estavam no escalão sub-23. Neste artigo iremos falar na evolução de alguns dados estatísticos referentes ao ciclismo nacional, com particular enfoque nessas mudanças.
O ciclismo português vive de ciclos, e estes dados provam isso mesmo. A crise económica e financeira retirou patrocinadores e pujança monetária à modalidade, que passou de 6 equipas e 82 ciclistas profissionais em 2009 para 4 equipas e 44 ciclistas profissionais em 2012. Em 2013 iniciou-se um novo ciclo, com 2 equipas a juntarem-se às 4 existentes e o número de ciclistas aumentou. Esse ciclo durou até 2017, com a idade média dos ciclistas a ir subindo até essa época, chegando aos 27,06 anos.
Portanto, esta análise de uma década apanha um total de 4 ciclos, o final de um em 2009, a crise financeira de 2010 a 2012, o ciclo da recuperação de 2013 a 2017 e ainda este que se inicia em 2018, com um total de 9 equipas e 91 ciclistas, cujo final é uma incógnita. A Miranda-Mortágua e a Liberty Seguros-Carglass fizeram a transição de sub-23 para continental e a LA Alumínios tem uma estrutura remodelada, com Luís Almeida e José Barros ao leme, José Barros que assim efetiva um regresso ao ciclismo.
São estas 3 equipas que essencialmente alteram de forma drástica os dados estatísticos, com os seus plantéis quase totalmente portugueses e altamente jovens e que levam a idade média deste pelotão a baixar de 27,06 anos para 25,46 anos e a % de ciclistas portugueses a aumentar de 61,4% para 75,8%.
É importante ainda referir que estes dados foram obtidos através dos registos da inscrição da UCI nos respetivos anos. Para o cálculo da idade média foi considerada a idade de cada ciclista no dia 1 de Janeiro de cada ano.