Análise das equipas portuguesas – Efapel
Uma equipa muito consistente, que teve no regresso de Sérgio Paulinho o grande centro das atenções.
A formação liderada por Américo Silva apresentou no final de 2016 uma novidade bombástica, após saída da Tinkoff, Sérgio Paulinho estava de regresso a Portugal, num equipamento bem amarelo. O veterano teria a oportunidade de ser líder, foi 2º na Clássica da Arrábida, 4º na Clássica Aldeias de Xisto, 7º no Troféu Joaquim Agostinho e 9º na Volta a Portugal, mostrou que ainda está para as curvas. Até porque não é o mesmo trabalhar para outro e ter outros a trabalhar para ele, obriga o corpo a esforços diferentes, no WT ia ao limite e depois abria para o lado e podia iniciar a recuperação, sendo líder não pode ter quebras.
Henrique Casimiro é aquele motor que anda sempre bem de Maio para a frente e 2017 não foi excepção, 3º na Vuelta a Castilla y Leon e 8º na Volta a Portugal, muito seguro como sempre. Daniel Mestre terminou o ano com 3 vitórias, 2 etapas no G.P.J.N. e 1 no Troféu Joaquim Agostinho. É um dos melhores sprinters portuguesas da atualidade, com o bónus de se defender perfeitamente na média montanha, o que lhe garante sempre imensos pódios por ano.
Rafael Silva foi uma das histórias da Volta a Portugal, aguentando-se de forma heroica depois de graves quedas. É um dos melhores lançadores em Portugal, senão mesmo o melhor, e a equipa dá-lhe sempre algumas oportunidades durante o ano para o português mostrar a sua ponta final. António Barbio tem evoluído e culminou isso mesmo com o espectacular triunfo na Volta a Portugal, enquanto Jesus del Pino levou o G.P. Beiras, beneficiando de uma fuga e depois de uma etapa final emocionante. Bruno Silva é um bom trepador e muito trabalhou para a equipa, o mesmo se aplica a Alvarto Trueba nas etapas planas, enquanto que Mateo Garcia pouco apareceu.
Em 2018 a Efapel mantém o plantel de 9 ciclistas, saíram Trueba, Garcia e Barbio, entraram o veteraníssimo David Arroyo, Pedro Paulinho e Marcos Jurado. Estamos curiosos para ver o que Arroyo pode conseguir nesta fase já um pouco descendente da carreira, os resultados têm vindo a piorar, mas o espanhol quer mostrar que ainda tem pernas para andar com os melhores. Pedro Paulinho é um corredor muito rápido em finais planos, e com Rafael Silva e Daniel Mestre pode formar um comboio temível. Marcos Jurado deverá ser um corredor de trabalho dentro da equipa. Trueba e Barbio são 2 perdas importantes, davam capacidade de trabalho no terreno plano, algo que pode vir a ser o ponto mais fraco da Efapel em 2018.