Melhores equipas do ano – 1ª
Finalmente a Team Sky conseguiu dominar o ciclismo, ganhando Grandes Voltas, Monumentos, etapas ao sprint e de montanha! Chris Froome conseguiu revalidar o título do Tour e venceu a Vuelta, ao passo que Michal Kwiatkowski começou o ano em grande, numa temporada memorável para a equipa de Dave Brailsford.
O que dizer da temporada de Chris Froome? Começou, como sempre, tranquilo, não estando na luta pelas provas, aparecendo forte no Dauphine, onde foi 4º. Seguiu-se a 4ª vitória no Tour e a 1ª Vuelta da carreira, onde triunfou em duas etapas, vencendo também a classificação por pontos. No final de temporada, ainda foi medalhado de bronze na prova de contra-relógio individual dos Mundiais de Bergen. Perfeito! 2017 foi o ano da “ressurreição” de Michal Kwiatkowski. 2º na Volta ao Algarve, vencedor da Strade Bianche, da Milano-SanRemo e da Clássica de San Sebastian, para além de ter sido 2º na Amstel Gold Race, 7º na Fleche Wallone e 3º na Liege-Bastogne-Liege. Foi, ainda, o gregário mais importante de Froome no Tour. Mikel Landa também voltou às grandes temporadas, ao ser 4º no Tour, 5º no Tour of the Alps e ganhando duas etapas e geral da Vuelta a Burgos e uma etapa e classificação da montanha no Giro, depois de ter ficado de fora da luta pela geral. Geraint Thomas tinha o foco da temporada no Giro, mas uma queda fez com que ficasse fora da luta, mesmo assim teve um bom 2017: ganhou o contra-relógio inaugural do Tour, vestindo a amarela, ganhando geral e uma etapa do Tour of the Alps e foi 3º no Tirreno, onde ganhou uma etapa. Wout Poels pouco correu, devido a lesão, mas quando voltou esteve irrepreensível, fazendo top 10 em 5 provas por etapas, incluindo o 6º lugar na Vuelta. Gianni Moscon é um ciclista muito versátil, sendo importante em todos os terrenos, como comprovam os resultados, desde o 5º posto no Paris-Roubaix, a destruir o pelotão montanha acima no Tour. Sergio Henao continua a ser importante na fase inicial da época, sempre com bons resultados e Mikel Nieve merece ser destaque pelo gregário que foi esta temporada. Por fim, falar de Elia Viviani, sprinter que teve uma segunda metade de época de alto nível com um total de 8 vitórias, entre elas duas clássicas World Tour.
Alguém se lembra de ver Beñat Intxausti correr? O basco está uma sombra de si próprio e este ano teve apenas 3 dias de competição, desistindo em dois deles. Muito pouco para o trepador ex-Movistar. Diego Rosa não teve um bom ano de estreia na Team Sky. Nunca atingiu o nível que fez com que a equipa o contratasse, destacando-se o 5º posto na Volta a Comunidad Valenciana, ainda em Fevereiro. Outra completa desilusão foi Peter Kennaugh, pois apenas ganhou uma etapa no Dauphine (por sinal no Alpe d’Huez) mas nada mais fez durante todo o ano. Os principais classicómanos da equipa, Luke Rowe e Ian Stannard, também desfraldaram as expectativas pois não são vitórias no Herald Sun Tour que apagam a fraca temporada.
O mercado de transferências mexeu bastante na equipa britânica, com a saída de 6 importantes ciclistas. O sempre imprevisível Mikel Landa deixa a equipa, à procura de mais oportundidades, tal como o espanhol Mikel Nieve e o britânico Peter Kennaugh, sendo este uma pequena surpresa. Os sprinters Elia Viviani e Danny van Poppel querem mais liberdade e rumam a outras equipas, acontecendo o mesmo com Ian Boswell. Em sentido oposto, ou seja, entrando na equipa para 2018, estão 7 ciclistas. Desde logo, destacam-se alguns dos jovens mais promissores desta geração Egan Bernal, Pavel Sivakov e Kristoffer Halvorsen, trepador, ciclista completo e sprinter, respetivamente. David de la Cruz vem reforçar o bloco de montanha, Jonathan Castroviejo será um gregário importante não só na montanha, mas também nos contra-relógios. Atenção a Dylan van Baarle para as clássicas.O britânico Christopher Lawless, sprinter que passa bem a média montanha, é a contratação da casa, ao passo que Leonardo Basso é uma pequena surpresa, já que não tem resultados de relevo.