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Melhores equipas do ano – 2ª


Com um plantel vasto e apto para todos os terrenos, a Quick-Step Floors manteve a tradição de vencer quase sem parar. A formação belga teve vários corredores em destaque, mas não é de descurar que vai sofrer várias perdas em 2018, vamos ver com que implicações nos resultados.

Ao todo foram mais de 50 vitórias, 56 para sermos mais exactos e ainda mais 10 classificações secundárias que não entram para esta contabilidade. Os triunfos no World Tour foram 30, entre eles 1 Monumento e um total impressionante de 16 etapas em Grandes Voltas, 5 no Giro, 5 no Tour e 6 na Vuelta.

A equipa contou com um Philippe Gilbert renascido, que se focou imenso nos grandes objectivos. Um pouco desaparecido até final de Março, depois foi 2º na Dwars door Vlaanderen e E3 Harelbeke, 1º na Driedaagse de Panne, no caminho para ganhar o Tour de Flandres e a Amstel Gold Race. Ainda ganhou 1 etapa na Volta a Suíça, mas teve uma segunda metade época mais fraca. Marcel Kittel averbou 13 triunfos, de novo chegou aos 2 dígitos. Mostrou-se algo irregular, mas em grande forma quando mais contou, 5 vitórias no Tour, parecia encaminhado para a camisola verde, mas abandonou ao 17º dia, desde aí não ganhou mais. E Kittel foi batido no número de vitórias pela sensação colombiana, Fernando Gaviria, com 14 triunfos, 4 deles etapas na Volta a Itália. Gaviria teve um ano fenomenal, ganhou em todas as provas por etapas em que participou e ainda foi 5º na Milano-Sanremo e 8º nos Mundiais, mais um passo na sua afirmação. Matteo Trentin também esteve fenomenal, festejou por 7 ocasiões, 4 delas na Vuelta e ainda foi 4º nos Mundiais. Há ainda que realçar a muito boa época que fez Daniel Martin, 3º no Paris-Nice, 6º na Volta a Catalunha, 2º na Fleche Wallonne e Liege-Bastogne-Liege, 3º no Criterium du Dauphine e 6º no Tour. Julian Alaphilippe foi estonteante por vezes, mas por razões de saúde faltou-lhe a consistência que já apresentou noutras ocasiões.

A única parte da equipa da Quick-Step Floors que esteve ligeiramente abaixo do esperado foi a das clássicas, possivelmente ressentindo-se da partida de Tom Boonen e do ressurgimento de Philippe Gilbert, Zdenek Stybar e Niki Terpstra estiveram algo apagados, e respectivamente com 31 e 33 anos os resultados têm de aparecer, Stybar ainda foi 4º na Strade Bianche e 2º no Paris-Roubaix, com Terpstra 3º no Paris-Tours e no Tour des Flandres, por vezes faltou alguma astúcia táctica. Gianluca Brambilla foi uma sombra do que foi em 2016, enquanto que Petr Vakoc não teve a evolução nas clássicas acidentadas que muitos esperavam.

Não podemos estar com rodeios, em 2018 a Quick-Step Floors vai estar muito mais fraca. Já não bastava Tom Boonen retirar-se, a equipa vê sair Marcel Kittel e Matteo Trentin, 2 dos principais sprinters da equipa que juntos valeram mais de 20 vitórias. O co-líder para as clássicas e líder em Grandes Voltas, Daniel Martin, também está de saída, e como se já não bastasse David de la Cruz também vai embora. Para além destas perdas os incríveis e valiosos gregários Julien Vermote e Jack Bauer vão para outras paragens. Existiu uma grande renovação, dos 7 reforços somente 3 são nomes experientes, com Florian Senechal contratado para o bloco de clássicas, Elia Viviani para fazer o papel de Kittel e Michael Morkov para ajudar nos sprints. As outras 4 entradas são jovens talentos, como Jhonatan Narvaez, Alvaro Jose Hodeg, Fabio Jakobsen e James Knox.

Esperamos ver o número de triunfos a descer em 2018, principalmente no World Tour, porque estes jovens precisam de tempo para crescer. Gaviria e Alaphilippe têm carta branca para liderar a equipa, enquanto que Gilbert, Stybar e Terpstra partilharam um importante papel nas clássicas, com ajuda de Senechal e Lampaert. Há espaço para alguns corredores se afirmarem, estamos expectantes em relação a Enric Mas e Remi Cavagna.


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