Melhores equipas do ano – 5ª
Quem se lembra da Orica-Scott e das táticas arrojadas de Matthew White em anos anteriores pode ter ficado um pouco desapontado com a época da equipa australiano, no entanto esta foi de grande qualidade, conseguindo 29 vitórias e estando sempre entre os primeiros nas provas mais importantes.
Caleb Ewan voltou a ser uma das grandes figuras da equipa. Começou a temporada a ganhar 4 etapas no Tour Down Under, conseguindo depois triunfar no Abu Dhabi Tour, na Volta a Polónia, no Tour of Britain e no Giro. Ainda tem que melhorar na colocação, porque muitas vezes ainda se perde na confusão final, mas está a melhorar de ano para ano. Os gémeos Yates voltaram a confirmar todo o seu potencial: Simon foi 7º no Tour, 9º no Paris-Nice, 2º no Tour de Romandie e ganhou o GP Miguel Indurain; e Adam foi 9º no Giro, 4º na Volta a Catalunha, 8º na Liege-Bastogne-Liege, 5º na Volta a Polónia, 2º na Milano-Torino e ganhou GP Industria & Artigianato. Luka Mezgec foi um corredor que voltou a nascer para o ciclismo em 2017: conseguiu 3 vitórias, entre as quais ser campeão nacional, e foi uma das peças fundamentais no comboio de Caleb Ewan. Luke Durbridge teve uma época de clássicas boa, tendo evoluído bastante como ciclista. Michael Albasini continua a não desiludir apesar dos 36 anos, sendo a principal arma nas clássicas: 3º na Amstel, 5º na Fleche e 7º na Liege, vitória no Tour de Romandie e na Coppa Agostoni. Jack Haig apareceu na segunda metade de temporada, com bons resultados, como o 8º posto na Volta a Polónia, onde ganhou uma etapa.
2017 tem que ser um ano para esquecer para Johan Esteban Chaves. Nem começou mal, ao ser 2º no Tour Down Under, mas a partir desse momento eclipsou-se, voltando só a aparecer no Tour e na Vuelta, onde até parecia ir para um bom resultado, no entanto quebrou terminando fora dos 10 mais. Muito pouco para um ciclista que já fez pódio em Grandes Voltas. Magnus Cort Nielsen também quer passar 2017 à frente. Venceu por duas vezes, mas em provas menores. Trabalhou muito para a equipa e quando foi chamado ao serviço desiludiu. Jens Keukeleire é um corredor muito regular, que costuma andar bem nas clássicas, algo que não conseguiu este ano. O trepador Roman Kreuziger foi outra pequena desilusão. Por fim, Simon Gerrans voltou a ser uma nulidade durante toda a temporada.
Movimentações cirúrgicas caracterizaram a ida da Orica-Scott ao mercado. Mitchell Docker, Simon Gerrans e Ruben Plaza são ciclistas que não vão fazer falta à equipa. Magnus Cort Nielsen e Jens Keukeleire são duas saídas importantes, no entanto a equipa reforçou-se bem. Um dos grandes nomes do final de temporada, Matteo Trentin, é uma aquisição de luxo, servindo para qualquer tipo de terreno e prova. Mikel Nieve será um gregário fundamental na montanha. Jack Bauer será um ciclista de trabalho, tal como Cameron Meyer, que regressa a casa. Lucas Hamilton é um jovem trepador australiano que chega da equipa satélite, numa evolução natural.