Melhores equipas do ano – 10º
A Bahrain-Merida abraçou o desafio do ciclismo logo ao nível World Tour e a experiência até correu bem. Foram só 12 vitórias, mas o espetáculo dado por Vincenzo Nibali e a consistência de Ion Izagirre e Sonny Colbrelli valeram de muito a uma equipa que esteve em destaque em 2 das 3 Grandes Voltas do ano.
Vincenzo Nibali teve uma temporada absolutamente brilhante, um dos melhores ciclistas do ano, 3º no Giro com 1 vitória em etapa, 2º na Vuelta com 1 vitória em etapa, dominou nas últimas provas onde competiu e meteu a cereja no topo do bolo levando o Giro di Lombardia. Sonny Colbrelli esteve bem, ao seu nível, ganhou no Paris-Nice, na Coppa Bernocchi e na Brabantse Pijl e fez diversos pódios, terminando o Tour no 5º lugar da classificação por pontos. Ion Izagirre viu o azar bater-lhe à porta no prólogo do Tour, deixando-o de fora da segunda parte da temporada, depois de fazer 7º no Paris-Nice, 3º na Vuelta al Pais Vasco, 7º na Amstel Gold Race, 5º na Liege-Bastogne-Liege, 5º no Tour de Romandie e 6º na Volta a Suiça, um poço de consistência e qualidade.
Um dos líderes para as clássicas seria Heinrich Haussler, mas o australiano voltou a estar muito apagado e aos 33 anos dá a entender que os melhores momentos da carreira já estão muito longe. Ramunas Navardauskas começou bem o ano, só que depois eclipsou-se, e não competiu desde Junho. Enrico Gasparotto foi a grande desilusão na Bahrain-Merida, depois de ganhar a Amstel Gold Race em 2016, simplesmente não esteve dentro dos 5 primeiros em nenhuma prova em 2017 e pouco se viu em competição tirando alguns inofensivos ataques. Niccolo Bonifazio também não esteve propriamente ao seu melhor.
A base da equipa mantém-se imaculada e importantes reforços vão chegar. De saída estão os gregários Javier Moreno, Janez Brajkovic, Tsgabu Grmat, Jon Insausti e Ondrej Cink, destes os que mostraram mais capacidade foram Moreno e Cink, uma boa surpresa. Os reforços são muito importantes, Gorka Izagirre junta-se a Ion Izagirre, Kristijan Koren é alguém que Nibali conhece muito bem, Matej Mohoric é um talento enorme prestes a conseguir mostrar todo o seu talento e Domenico Pozzovivo pode ser a peça que faltava para a equipa ser mais competitiva na alta montanha face às formações mais poderosas. Mark Padun é um dos melhores ciclistas da sua geração e Hermann Pernsteiner, tal como Ondrej Cink, será uma espécie de tiro no escuro, mas que pode dar resultado, o austriaco já mostrou capacidade física em provas menores. Basicamente é uma Bahrain-Merida que juntou Pozzovivo ao lote de líderes e que fica com a rectaguarda reforçada.