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Melhores equipas do ano – 11ª


Temporada de altos e baixos para a Trek-Segafredo. A herança deixada pelos ciclistas que ali correram em 2016 era pesada e os pupilos de Luca Guercilena nem sempre corresponderam às expectativas. Venceram por 17 vezes na temporada (6 no World Tour), mais uma se juntáramos o triunfo numa das etapas da Hammer Series.

No início da temporada não se sabia que esta seria a última temporada de Alberto Contador. O Pistolero brindou-nos com mais uma época consistente, cheia de ataques kamikaze que muito animaram as provas: 2º na Vuelta a Andalucia, Paris-Nice, Volta a Catalunha e Volta ao País Basco, fechando o Tour em 9º, naquela em que foi a prova que o espanhol decidiu que se iria reformar, e 5º na Vuelta, onde venceu no Alto de L’Angliru. Bauke Mollema voltou a ter uma temporada regular, vencendo a Vuelta a San Juan, sendo 4º no Abu Dhabi Tour, 9º no Tirreno-Adriático, 7º no Giro, 2º no Tour of Guangxi e ganhando uma etapa no Tour. A consistência é um dos pontos fortes do holandês de 31 anos. Edward Theuns e Jasper Stuyven aproveitaram muito bem as oportunidades dadas, com ambos a ganharem etapas e fazerem bons lugares nas classificações de provas importantes, como Paris-Roubaix e BinkBanck Tour. Os jovens Ruben Guerreiro e Mads Pedersen mostraram toda a sua qualidade em competições de menor dimensão, mas pensando já no próximo ano, podem ser muitos importantes.

Este foi um ano para esquecer para Giacomo Nizzolo. O italiano partiu para esta época como campeão italiano de estrada mas as lesões só o deixaram competir 28 dias, conseguindo apenas 5 top 10. Quem também teve um ano para esquecer foi John Degenkolb. O alemão até começou bem o ano, ganhando no Dubai Tour, no entanto a partir daqui nunca mais ganhou, batendo várias vezes na trave. Fez top 10 em 3 Monumentos, mas não esteve na discussão direta de nenhum, o que é negativo para o substituto de Fabian Cancellara dentro da Trek. O colombiano Jarlinson Pantano não andou mal nos primeiros meses, a trabalhar para Contador, mas quando tinha a oportunidade para liderar falhou redondamente, destacando-se, apenas, o 10º posto na Volta a Turquia.

Para 2018, o contingente luso na Trek-Segafredo ficará reduzido a apenas ao campeão nacional Ruben Guerreiro, já que André Cardoso, ainda envolto no caso de doping, não viu o seu contrato renovado. O lançador Marco Coledan e Edward Theuns também estão de malas feitas, ao passo que Alberto Contador, Jesus Hernandez e Haimar Zubeldia se retiram. Para colmatar estas saídas, foram contratados 7 ciclistas. Gianluca Brambilla é, talvez, o nome mais conhecido, chegando para reforçar o bloco de montanha, tal como o etíope Tsgabu Grmay, o jovem dinamarquês Niklas Eg, 3º no Tour de l’Avenir, e o jovem italiano Nicola Conci. O combativo Tom Skujins será um caça etapas, com Alex Frame a entrar para o comboio e Ryan Mullen a ser mais um contra-relogista. Com a reformar de Contador, Mollema será o líder indiscutível da Trek para as provas por etapas, ao passo que Giacomo Nizzolo, se estiver totalmente recuperado será um dos sprinters, a par de John Degenkolb. Ruben Guerreiro poderá ter o ano de explosão.


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