Melhores equipas do ano – 12ª
O número de vitórias chegou às 25 na época inteira e à dezena no que toca a triunfos no World Tour. Melhor que isso, juntando as Grandes Voltas foram 5 as vezes que corredores da Lotto-Soudal levantaram os braços. Dos grandes líderes da equipa Tim Wellens foi o único que consolidou a sua posição no panorama internacional.
O combativo belga iniciou a época com 3 vitórias em Espanha e acabou a temporada a ganhar no BinckBank Tour, no G.P. Wallonie e no Tour of Guangxi. No entanto, entre Março e Julho foi uma sombra dele mesmo, com dificuldades de consistência, será a única coisa que lhe falta para subir de nível. Andre Greipel esteve bem, mas faltou-lhe confiança em muitas provas e acabou a temporada com 5 vitórias, incluindo 1 etapa no Giro, números modestos para os padrões do experiente alemão. Tony Gallopin esteve muito bem, sem deslumbrar, tal como Tiesj Benoot, que continuou o seu progresso de evolução (também na montanha) e de afirmação. A grande surpresa foi Jasper de Buyst, um dominador do calendário interno na Bélgica, o jovem de 23 anos somou 4 triunfos e consolidou a sua posição dentro da equipa, mesmo à frente de nomes mais consagrados. Tomasz Marczynski surpreendeu tudo e todos com 2 vitórias brilhantes na Vuelta e Thomas de Gendt presenteou-nos a todos, mais uma vez, com uma série de ataques destemidos e muita combatividade.
Alguns corredores mais experientes desiludiram, Jurgen Roelandts esteve discreto nas clássicas e só somou 1 pódio em 2018, Bart de Clercq foi consistente no mau sentido, não logrou nenhum lugar dentro dos 5 primeiros ao longo da época e o próprio Jens Debusschere só brilhou fora do World Tour, esperando-se também mais dele na colocação de André Greipel. Máxime Monfort apostou na caça de etapas em vez de resultados na classificação geral e não se deu bem, enquanto que Louis Vervaeke teima em não corresponder às expectativas.
Quando referimos que a Lotto-Soudal irá ficar mais belga é porque todos os reforços são belgas e 2 dos corredores que saem são de outra nacionalidade. No entanto vemos uma Lotto-Soudal mais fraca em 2018. Tony Gallopin é a principal saída e está de volta a França para representar a Ag2r La Mondiale, vai fazer sentir-se a falta do gaulês. Com Louis Vervaeke, Rafael Valls e Bart de Clercq de saída a equipa perde 3 trepadores, mostrando que está mais virada para sprints e clássicas, sendo que também aí Sean de Bie e Jurgen Roelandts deixam a formação belga. Das contratações há que destacar Victor Campenanerts, um talento do contra-relógio, que tem vindo a evoluir, Jens Keukeleire, um especialista em clássicas que vai ocupar o papel de Jurgen Roelants, Lawrence Naesen, talentoso classicómano e ainda os jovens Harm Vanhoucke e Bjorg Lambrecht, sendo que Lambrecht é uma enorme promessa, 2º na Volta a França do Futuro em 2017. É de esperar uma Lotto-Soudal com 3 líderes em 2018, Greipel, Wellens e Benoot, sendo que Keukeleire, Hofland e Jasper de Buyst estarão na segunda fila da hierarquia.