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Pequeno Príncipe quer retirar-se na prova onde já foi mais feliz


Maio de 2004, um jovem com apenas 22 anos levou para casa 4 etapas da Volta a Itália e juntou a isso a classificação geral, mesmo representando a Saeco, que tinha como grande líder o mítico Gilberto Simoni. Este ciclista foi Damiano Cunego, que nesse mesmo ano viria a ganhar o Giro di Lombardia. Curiosamente Cunego nunca mais viria a ganhar 1 etapa no Giro e nunca mais viria a fazer um pódio numa Grande Volta. Cunego tem agora 36 anos e revelou que em 2018 quer terminar a carreira como ciclista profissional e despedir-se no Giro.

O pequeno príncipe, como é também conhecido, tinha um currículo completamente fora do comum aos 23 anos, que indiciava que seria um dos melhores de sempre, já tinha 1 Grande Volta e 1 Monumento no bolso e tinha sido campeão mundial de juniores em 1999. Nunca chegou a atingir o nível de 2004, sendo que em 2011 ainda foi 6º no Tour e em 2012 6º no Giro, entrando numa quebra de resultados a partir daí. Ao todo tem 3 Monumento no bolso, pois o Giro di Lombardia tem a sua marca em 2007 e 2008, para além de 2004.

Em entrevista ao diário desportivo Gazzetta Dello Sport, Cunego relevou que, mesmo que a Nippo-Vini Fantini, equipa que representa actualmente, não seja convidada para o Giro, 2018 será a sua última temporada como profissional, mas que gostaria de se despedir do Giro, até porque foi onde a sua carreira deu o grande salto.

O facto da Nippo-Vini Fantini ter o convite para a principal prova italiana incerto tem de ser um factor a ter em conta e esta entrevista vem no momento exacto, até para tentar colocar alguma pressão sobre a entidade organizadora. É que dos 4 convites, 2 deles estão já atribuídos, a Androni ganhou a Taça de Itália e a Israel Cycling Academy já deu a entender várias vezes que estará presente, também devido à partida da prova, que irá acontecer em Israel.

A Nippo-Vini Fantini está então a competir com a Wilier-Southeast, a Bardiani CSF e provavelmente a Aqua Blue, CCC e Gazprom-Rusvelo. A Aqua Blue que deixou uma boa impressão na Vuelta e a CCC que realizou um grande Giro em 2017 e terá em Amaro Antunes o grande líder para a montanha em 2018. Pensamos que a Wilier será convidada, tem alguns nomes importantes como Filippo Pozzato e Jakub Mareczko, o que deixa a Nippo numa posição precária. A Bardiani teve alguns problemas com substâncias proibidas no ano passado e isso pode afastá-la da corrida, mas contratou alguns corredores importantes como Manuel Senni.


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