Antevisão do Tour of Guangxi
A prova chinesa fecha a temporada de ciclismo em termos de World Tour, uma competição com algumas figuras de proa.
Percurso
Etapa 1
O Tour de Guangxi começa com uma curta jornada de 107,4 kms em Beihai, onde os sprinters devem discutir a vitória.
Etapa 2
A 2ª tirada liga Qinzhou a Nanning, um dia sem grandes dificuldades, mas com um quilómetro final em ligeira subida, o que vai mudar o perfil da chegada, os 1000 metros finais são a 2.8%.
Etapa 3
A 3ª jornada também é muito simples, com somente 2 contagens de montanha de 3ª categoria e 125 quilómetros, perfeita para os homens rápidos.
Etapa 4
A montanha a sério faz a sua primeira aparição na 4ª etapa, 151 quilómetros com um final duríssimo, cerca de 3 kms a 6.5%, mas com algumas rampas acima de 10%, etapa perfeita para trepadores explosivos.
Etapa 5
A penúltima tirada é aquela que tem mais desnível positivo, quase 2500 metros, com 4 contagens de montanha, 2 de 3ª categoria, 1 de 2ª categoria e 1 de 1ª categoria, sendo que a montanha de 1ª categoria é a última e está a 34 quilómetros da meta. Essa subida parece ter cerca de 5 kms a 5%.
Etapa 6
Para terminar esta prova chinesa temos uma ligação de 168 quilómetros de média montanha, após 100 quilómetros planos aparecem 2 subidas, 1 de 3ª categoria e outra de 2ª categoria, estando esta última ainda a 40 kms da meta.
Favoritos
Parece-me que tudo ficará decidido na 4ª etapa, a menos que as tiradas 5 e 6 sejam extremamente atacadas e que o líder esteja muito isolado dos seus colegas de equipas. Sendo assim, o vencedor deverá ser um trepador explosivo que ainda está motivado e fresco nesta altura da temporada.
Diriamos que o grande candidato é Julian Alaphilippe. Tem a explosão necessária, como especialista nas clássicas das Ardenas e ainda está forte e motivado depois de lesões ao longo da temporada. Foi 10º nos Mundiais e 2º no Giro di Lombardia. A equipa relativamente fraca na montanha é um perigo para as etapas 5 e 6.
Tendo em conta que as subidas não são muito longas cuidado com Nicholas Roche, pois o irlandês gosta deste tipo de percursos, tem estado muito bem depois da Vuelta e conta com uma BMC bem forte para o apoiar.
Outsiders
Tim Wellens quer acabar bem a época, um ano que lhe correu muito bem e até no Giro di Lombardia esteve no top 20, num percurso bem duro. As etapas 5 e 6 são perfeitas para ele, um especialista em ataques corajosos.
Porque não pensar em Michael Matthews? Pensamos que o australiano só tem de minimizar as perdas na etapa 4, porque nas restantes pode perfeitamente bonificar e anular essas mesmas perdas, subidas até 5 kms não são grande problema para ele.
Jack Haig acabou a época em grande depois de uma excelente Vuelta, foi 9º no Giro dell’Emilia e esteve a trabalhar no Giro di Lombardia. É a oportunidade perfeita para se afirmar ainda mais na equipa australiana.
Possíveis surpresas
Nesta altura da temporada as surpresas são muitas e tudo pode acontecer, a Team Sky vem com 2 pesos pesados, Mikel Landa e Wout Poels, mas ambos parecem uma pouca já em quebra, principalmente Poels. Wilco Kelderman fez uma enorme Vuelta, veremos se conseguiu manter a forma até meados de Outubro. Rein Taaramae é capaz do 8 ou 80 e o 12º posto na Milano-Torino indica que pode estar perto do 80. A Movistar tem várias opções, mas o ciclista dentro da equipa espanhola em que acreditamos mais é Jesus Herrada. Bauke Mollema tem por hábito terminar bem as temporadas e é quase certo que será a aposta da Trek-Segafredo. Ben Hermans é outra excelente opção da BMC, já ganhou corridas com este perfil este ano e tem a vantagem de poderem marcar Nicholas Roche. A grande incógnita é talvez Jakob Fuglsang, o dinamarquês vem de lesão, mas se já estiver recuperado pode perfeitamente surpreender os rivais.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Valerio Conti e Andriy Grivko.