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Antevisão da Volta a Turquia


O World Tour continua, agora na Turquia, com a volta a este país. A prova era para ser realizada em Abril, no entanto a instabilidade política e a falta de condições de segurança adiaram a nova prova World Tour, que no ano passado foi ganha por José Gonçalves, para o mês de Outubro.

Percurso

Etapa 1

A primeira etapa liga Alanya a Kemer, com um total de 176,7 kms. A tirada é completamente plana e devemos ver a primeira chegada ao sprint da prova.

Etapa 2

As dificuldades começam a surgir ao 2º dia, com uma longa contagem de montanha de 14,1 kms a 4,3%, mas que fica ainda nos primeiros 50 kms da etapa, pelo que devemos ver uma nova chegada ao sprint na cidade de Fethiye.

Etapa 3

Marmaris volta a receber uma chegada da Volta a Turquia. Apesar da subida existente a 7 kms do fim, normalmente os sprinters costumam sobreviver e uma chegada ao sprint em grupo reduzido é aquilo que costuma acontecer.

Etapa 4

Está na hora da etapa rainha, com a dura chegada a Selcuk. Antes da subida final, ainda existem duas longas contagens de montanha bem duras, que servirão para aquecer os motores dos líderes. Os últimos 5400 metros são a 7,3%.

Etapa 5

Esta é uma das tiradas mais imprevisíveis. Se a geral ainda estiver apertada poderemos ver muitos ataques na subida que termina a 30 kms do fim e tem quase 10 kms a 5%. Se a geral estiver completamente decidida, tanto podemos ver uma fuga a triunfar como um sprint em grupo reduzido.

Etapa 6

A Volta a Turquia termina em Istanbul, onde em anos anteriores tinha começado. O final parece plano, no entanto não tem nada disso, já que dentro dos 1400 metros finais existe uma curva em U que leva os ciclistas a uma colina final em paralelo, com rampas a 7% mas que suaviza entre os 3%-4% até aos 800 metros finais. A partir daí, a estrada torna-se mais plana, mas existem duas curvas perigosas, a última delas a 200 metros do fim.

Favoritos

Esta Volta a Turquia tem apenas uma chegada em alto, no entanto existe outra chegada seletiva capaz de fazer diferenças. Para vencer esta prova, é preciso ser um ciclista explosivo e que suba bem.

Diego Ulissi encaixa na perfeição neste perfil. O italiano está em grande forma, como comprovam os resultados do último mês (vitória em Montreal e 4 top 7 em clássicas italianas), e tem uma boa equipa para o apoiar. Darwin Atapuma será essencial para tal. Ao ser um ciclista rápido pode conseguir importantes bonificações.

Desde que saiu da Vuelta, Sergei Chernetskii está a passar por uma excelente fase. De destacar, o 10º posto na Lombardia, algo que não é alcançável por muitos. Quando está bem é um perigo, já que é um bom trepador com uma ponta final muito rápida. Andrey Zeits e Jesper Hansen serão os braços direitos.

Outsiders

O colombiano Daniel Martinez tem sido uma das revelações do final da temporada. O jovem ciclista da Wilier Triestina foi 7º na Milano-Torino e 9º na Tre Valli Varesine, no entanto caiu na Lombardia. Estará presente, pelo que não terá nada de grave. Não é explosivo mas se estiver totalmente recuperado pode aproveitar o facto de não ser muito conhecido.

A Caja Rural quer defender o título do ano passado e pensamos que a melhor carta será Antonio Molina. O espanhol não é um corredor conhecido mas é um trepador de qualidade, como mostrou no recente Tour du Gevaudan. Será difícil triunfar, mas pode acabar entre os primeiros.

Para além de Sergei Chernetskii, a Astana pode apostar em Jesper Hansen. O dinamarquês abandonou a Vuelta, mas vez as clássicas italianas, onde até mostrou boa forma. Não é um ciclista que costuma andar bem em subidas mais explosivas, mas costuma finalizar bem as temporadas.

Possíveis surpresas

Dentro da UAE Team Emirates, atenção a Darwin Atapuma, Edward Ravasi e Vegard Stake Laengen. O primeiro parece estar a acusar o desgaste de uma longa temporada, mas nunca pode ser descorado, já o segundo e o terceiro podem aproveitar uma oportunidade de ouro. A Wilier tem uma boa equipa e tem várias alternativas a Daniel Martinez, sendo elas Yonder Godoy e Ilya Koshevoy. A Androni vai apostar em Fausto Masnada, ao passo que a Bardiani tem Simone Sterbini. Por fim, Jarlinson Pantano parece estar já sem gás, no entanto tem que ser mencionado numa prova desta categoria.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Ildar Arslanov e Jordi Simon.


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