Trek-Segafredo completa o plantel para 2018 com 3 contratações discretas
A Trek-Segafredo anunciou que contará com um plantel de 28 elementos para a época de 2018, um elenco que ficou completo nos últimos dias, com 3 reforços, nenhum deles um nome sonante. O jovem italiano Nicola Conci fará a sua primeira temporada como ciclista profissional, Toms Skujins deixa a Cannondale e Tsgabu Grmay transfere-se da Bahrain-Merida para a Trek-Segafredo.
Começando pela mais jovem das novidades, Nicola Conci começou a dar nas vistas em 2015, sendo 6º nos Campeonatos do Mundo na categoria de Juniores e este ano conta com um 7º lugar no Baby Giro. Foi estagiário nos últimos meses na Trek e irá integrar o plantel em 2018, onde irá procurar evoluir as suas capacidades de trepador, ele que se adapta também ás clássicas, gostando de provas duras no geral.
No mesmo dia também foi anunciado Tsgabu Grmay, etíope de 26 anos, que começou a carreira profissional em 2012, tendo inclusivamente passado pela Volta a Portugal. No ano seguinte passou para a MTN-Qhubeka, onde alcançou excelentes resultados em provas fora da Europa. A partir daí foi 2 vezes campeão nacional de estrada, 3 vezes detentor do título nacional de contra-relógio e em provas internacionais foi 11º no Tour Down Under, na Lampre-Merida, e 5º no Tour of Oman, já este ano na Bahrain-Merida. Basicamente é um bom trepador, um ciclista de trabalho que vai tentar ajudar os líderes nas etapas complicadas.
Quanto a Toms Skujins, é um letão de 26 anos que começou a carreira na La Pomme Marseille, em 2011, em 2014 passou para a Hincapie, no calendário norte-americano, e após dar nas vistas em 2015 saltou para o World Tour, por mãos da Cannondale-Drapac. Na equipa de Jonathan Vaughters ganhou uma etapa na Volta a Califórnia e foi 2º na Settimana Internazionale Coppi e Bartali, onde também ganhou uma etapa. É um corredor muito completo, com uma personalidade curiosa, aconselhamos que o sigam nas redes sociais, porque vale a pena. Será um gregário para todo o tipo de terrenos, até para as clássicas com empedrado.
Na prática estas 3 contratações nada mudam na Trek-Segafredo e esperava-se muito mais desta equipa neste período de transferências, principalmente depois de ter perdido a sua grande referência, Alberto Contador. Para as provas por etapas não vai ser Gianluca Brambilla que vai preencher esse espaço e mesmo para compensar a saída de Edward Theuns não foi contratado ninguém. Uma aposta clara na juventude, mas isso pode ter um custo nos resultados a curto prazo. Por outro lado, pode significar mais oportunidade para brilhar para corredores como Jarlinson Pantano, Mads Pedersen, Michael Gogl ou até Ruben Guerreiro nas clássicas, o português que se irá manter na Trek-Segafredo para 2018. Mas voltamos a dizer, para uma equipa do calibre da Trek-Segafredo ter somente Bauke Mollema para liderar nas montanhas das Grandes Voltas não chega.