UCI força redução do pelotão para 2018. Positivo ou negativo?
Em 2018 teremos pelotões mais pequenos, e essencialmente, menos ciclistas por equipa. Nas Grandes Voltas, as formações apenas poderão apresentar 8 ciclistas, e nas restantes provas do calendário internacional somente 7 corredores, sendo que esta mudança não irá afectar algumas das competições, que já impõem um tecto máximo de 6 ciclistas.
Isto quer dizer que no Giro, Tour e Vuelta somente estarão presentes 8 ciclistas por equipa (176 ao todo, em vez de 198), o que em competições tão longas pode ter fortes implicações. As clássicas, que costumam ter muito espectáculo com 8 ciclistas por equipa, vão passar a ter 7 por equipa, tal como as restantes corridas. Como é óbvio, a mesma regra se aplica em Portugal, em todas as competições que façam parte do calendário internacional, onde se inclui a Volta a Portugal.
O pelotão feminino manter-se-á com 6 ciclistas por equipa nas clássicas e 7 ciclistas por equipa nas provas por etapas. A decisão foi tomada, segundo a União Ciclista Internacional, para conceder às provas e aos ciclistas uma maior segurança, de modo a evitar tantas quedas e acidentes. De recordar que outro argumento a usar nesta redução é o argumento utilizado por alguns organizadores, procurando abrir mais as corridas, havendo menor controlo do pelotão.
Fundamentalmente discordamos da decisão e não temos receio em dizê-lo, se é para aumentar a segurança dos ciclistas haveria outras formas com mais prós e menos contras. Tal como reduzir a caravana que acompanha a prova, tal como exigir mais e melhor formação às pessoas dentro dessa caravana e ainda ter em consideração finais de prova quase suicidas, onde as quedas são quase inevitáveis.
Desta forma os mais fortes ficarão ainda mais fortes e quem os corredores que saem prejudicados são os gregários, que podem ficar no desemprego, pois junta-se isto ao flagelo dos rankings UCI. As equipas irão reduzir os planteis, veja-se a Movistar, e irão passar de 28 ciclistas para 25/26 corredores. Veremos se o mesmo não irá acontecer em Portugal, agora que as equipas só necessitam de 7 corredores para competir. Por fim, mencionar que para os organizadores os custos também não descem necessariamente. Apesar de terem um máximo de 176 ciclistas a competir, se actualmente tinham 120 a 140 corredores a competir, terão de convidar mais equipas para manter esse número.