Antevisão do Grand Prix de Quebec
Chegaram as sempre animadas clássicas canadianas, provas disputadas em circuito, primeiro com o Grand Prix Cycliste de Quebec, a menos dura das 2, onde esperem alguns sprinters capazes de ultrapassar as dificuldades a brilharem.
Percurso
Esta prova será feita em circuito: serão 16 voltas a um circuito de 12,6 kms. O circuito começa logo com 1 quilómetro em ligeira ascensão, sendo que a partir daí e até ao quilómetro 5 é quase sempre em descida, com um quilómetro de plano pelo meio. Ao acabarem a descida, existem 5 quilómetros de plano que leva o pelotão à primeira dificuldade do dia, o Cote de la Montagne (375 metros a 10% de inclinação média).Como quem sobe tem que descer, existe logo uma descida, no entanto muito curta, que conduz o pelotão à segunda dificuldade do dia, o Cote de la Potasse (420 metros a 9% de inclinação média). Mal acabem esta subida, os ciclistas chegam ao sopé da terceira colina do dia, o Montee de la Fabrique (190 metros a 7% de inclinação média). Nesse momento faltam 2,2 kms para o fim do circuito.A entrada no último quilómetro é feita com duas curvas muito apertadas, que deixa os ciclistas nos últimos 900 metros da corrida. Será uma longa recta em ligeira subida, a uma inclinação média de 4%.
Perfil da prova
Favoritos
Tradicionalmente esta é a prova mais acessível aos sprinters, a mais fácil das clássicas canadianas. O desfecho previsível é o sprint em pelotão reduzido, com cerca de 40 a 60 unidades. Nos últimos 4 anos só Rigoberto Uran ganhou com uma ataque um pouco mais de longe. O elenco é de luxo, vários homens rápidos e especialistas em clássicas estão aqui e pensamos que a prova será discutida ao sprint.
Peter Sagan é o campeão em título e logicamente um dos grandes candidatos. Após a exclusão do Tour fez uma excelente Volta a Polónia, onde esteve a subir muito bem e voltou a mostrar isso no BinckBank Tour, onde teve algum azar. A equipa da Bora-Hansgrohe não é por aí além, mas Jay McCarthy pode ser uma ajuda importante nos quilómetros finais.
A regularidade de Greg van Avermaet aqui é incrível, 10º em 2015, 5º em 2014, 3º em 2013 e 2º em 2012 e 2016. O belga quer manter este registo e quer somar o maior número de pontos WorldTour que conseguir e para isso pode ter em Dylan Teuns o seu braço direito.
Outsiders
Michael Matthews está a preparar os Mundiais e está a andar muito bem, foi 5º em Plouay, no meio dos sprinters puros e já foi 5º em 2016 e 2º em 2015 nesta prova. Está bem melhor que em outros anos após o ingresso na Team Sunweb e conta com uma equipa forte.
Ora bem, um dos ajudantes de Michael Matthews poderá ser Tom Dumoulin, mas o holandês é dos poucos aqui que pode fazer um ataque de longe resultar, com as suas capacidades de contra-relógio. Está numa forma estonteante e se fugir com mais 5 ou 6 elementos tem a ponta final necessária.
Petr Vakoc está a melhorar ao longo do ano e vem de um positivo 10º posto no BinckBank Tour. O checo será a aposta da Quick-Step, o que lhe dará uma confiança imensa, numa prova onde foi 9º no ano passado. É explosivo e passa bem as colinas, o necessário para esta corrida.
Possíveis surpresas
A Cannondale tem várias opções, desde Rigoberto Uran, que já ganhou aqui em 2015, a Alberto Bettiol, 4º em 2016, e até Sep Vanmarcke, outro corredor que já fez top 10. Acreditamos que Bettiol seja a aposta e que os outros 2 se lancem ao ataque. Diego Ulissi é outro ciclista muito regular aqui, 6º em 2012, 5º em 2015 e 7º em 2016, mas não parece na melhor forma. Simon Gerrans já ganhou esta clássica em 2012 e 2014, só que o australiano já está na fase descendente da carreira. Como já mencionámos, Dylan Teuns é uma excelente alternativa na BMC caso Greg van Avermaet esteja num dia mau. Dentro da Trek-Segafredo há muitas opções, desde Jasper Stuyven para um sprint maior, passando por Bauke Mollema, com uma ataque de longe, e Ruben Guerreiro que pode fazer um excelente resultado após o top 10 de Plouay. Sonny Colbrelli deve ser a aposta da Bahrain-Merida, resta saber se o italiano resiste às dificuldades. Nathan Haas está a fazer uma excelente temporada e quer defender o 6º posto do ano passado. Por fim, atenção à Lotto-Soudal que, como sempre, tem várias estrelas (Tim Wellens, Tony Gallopin e Tiesj Benoot).
Super-Jokers
Os nossos super-jokers são Daryl Impey e Enrico Battaglin.
Tip do dia
Sonny Colbrelli a bater Carlos Barbero -> odd 1,445