Antevisão da 18ª etapa da Vuelta

Após mais uma grande etapa, é de esperar mais uma tirada cheia de espetáculo e onde muitos corredores ainda procuraram a vitórias em etapa que tanto desejam.

Percurso

Ao 18º dia temos uma tirada de 169 quilómetros de sobe e desce constante, se nos primeiros 105 quilómetros são somente colinas, nos últimos 65 kms temos 4 contagens de montanha, 3 de 3ª categoria e 1 de 2ª categoria, com poucas partes planas. As ascensões são a Collada de Carmona (4,8 kms a 7,2%), a Collada de Ozalba (6 kms a 6,6%), a Collada de la Hoz (7 kms a 6%) e, por fim, o Alto de Santo Toribio de Liebana, esta marcando o final da etapa, com 3200 metros a 6,4%, os últimos 2 kms são especialmente duros.

Favoritos

Mais uma vez, pela Team Sky, todas as fugas podem vingar, resta saber se Astana, Trek-Segafredo, Bahrain-Merida e Katusha-Alpecin vão assumir as despesas da corrida e tentar a vitória em etapa. Tento em conta as pequenas diferenças, pensamos que estas vão estar na frente do pelotão, numa das últimas chegadas em alto. No entanto, uma fuga forte e com bons trepadores pode chegar.

A Cannondale já surpreendeu ao perseguir na tentativa de dar a vitória a Michael Woods e pode tentar amanhã. O canadiano tem aguentado muito bem toda a dureza desta Vuelta e é um especialista em finais deste género. Ainda não mostrou fraquezas e pode conseguir uma grande vitória.

Rafal Majka viu a sua equipa trabalhar durante toda a etapa de hoje, mesmo quando ficou para trás, terminando no 6º posto. Está muito forte e, se tivesse estado na fuga do dia, poderia ter ganho a etapa. O polaco é um ciclista que pode vencer, amanhã, entre os favoritos e integrado numa fuga, já que gosta de finais explosivos e está em grande forma.

Outsiders

Alberto Contador voou na subida de hoje, naquela que foi a sua melhor etapa até agora. Ainda procura a vitória em etapa e preferiria um final ainda mais íngreme. Hoje saiu à base da força e da capacidade física e amanhã vai, com toda a certeza, tentar o mesmo e será difícil acompanharem o Pistolero.

Romain Bardet tem sido um ciclista que tanto tem entrado em fugas, como estado com os melhores nos finais de etapas, o que demonstra a sua boa condição física. Em clássicas com finais deste género, o francês costuma estar sempre entre os melhores. É uma das últimas oportunidades para entrar em fuga e vencer uma etapa e Bardet não vai querer desperdiçar.

Esta é a derradeira oportunidade para Rui Costa puder triunfar. O português ainda só esteve presente numa fuga mas parece ter escolhido as etapas em que querer estar na frente. Não deve ter dificuldades em entrar na fuga e o final não é duro demais para as características do poveiro, onde mesmo chegando num grupo reduzido tem uma boa ponta final.

Possíveis surpresas

Dentro dos ciclistas da classificação geral, Miguel Angel Lopez também deve gostar deste final. Talvez preferisse que existissem rampas mais duras, mas mesmo assim pode conseguir escapar aos restantes. Hoje demonstrou as primeiras fragilidades. Ilnur Zakarin está a melhorar de dia para dia e não seria de estranhar vê-lo ao ataque, acontecendo o mesmo com Vincenzo Nibali. Num final em grupo reduzido, atenção a Wilco Kelderman. Para a fuga, Julian Alaphilippe é um dos principais candidatos, mas depois de ter estado na fuga de hoje, onde esteve em algumas dificuldades, pode não estar na frente amanhã, abrindo as portas para o colega Enric Mas. A Astana também pode tentar colocar alguém na fuga e, aí, Pello Bilbao é a melhor carta, ele que está a andar muito bem. A Movistar procura desesperadamente a vitória e Richard Carapaz, Antonio Pedrero e Marc Soler são excelentes opções. Por fim, destacamos, Tomasz Marczynski, Nicolas Roche, Jack Haig, Tobias Ludvigsson e Aldemar Reyes.