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Antevisão da 15ª etapa da Vuelta


A segunda semana termina com a mais longa chegada em alto da Vuelta. O cansaço já se começa a fazer notar entre os favoritos, mas esta é uma grande oportunidade para se fazerem diferenças.

Percurso

Uma tirada curta, mas explosiva. Os ingredientes estão reunidos para cozinhar um prato apetitoso para os fãs. São 130 kms com mais de 3000 metros de ascensão. Após 55 quilómetros mais calmos, os corredores têm o Alto de Hazallanas, uma subida com 16,3 kms a 5,5%, mas que engana imenso, tem uma descida a meio, que antecede rampas de 18% e 22%. Depois os ciclistas encaminham-se para a Serra Nevada e realisticamente têm quase 30 kms seguidos a subir, divididos em 2 contagens de montanha. Primeiro o Alto del Purche, com 8,5 kms a 8% e depois o Alto Hoya de la Mora, com 19,3 kms a 5,6%, a separá-los só há 600 metros. A última ascensão, de categoria especial é relativamente constante.

Favoritos

Hoje as equipas dos favoritos acordaram tarde demais. Trek, Astana, Bahrain e Katusha perseguiram e encurtaram muito a diferença, no entanto não foi suficiente para apanhar Rafal Majka. Por isso, amanhã acreditamos que darão “rédea curta” à fuga e esta será anulada.

Nestas últimas etapas de montanha, Miguel Angel Lopez tem sido sempre o mais forte. O colombiano ainda beneficia de ter perdido muito tempo na primeira semana, para ter alguma liberdade, uma vez que ainda não é uma séria ameaça. Está em grande forma e estas subidas assentam-lhe que nem uma luva.

Vincenzo Nibali tem que aproveitar o facto de Chris Froome parece não estar totalmente recuperado da queda para ganhar tempo. Hoje conseguiu as bonificações mas isso é pouco. O Tubarão de Messina está a melhorar de dia para dia e subidas longas e duras são perfeitas para o italiano fazer diferenças.

Outsiders

Chris Froome correu de forma defensiva na Vuelta, fazendo aquilo que já nos tinha habituado nos dias anteriores, ou seja, correr detrás para a frente, nunca indo ao choque. O britânico sabe melhor que ninguém como dosear o seu esforço. Tem a vantagem de ser mais rápido que todos.

Alberto Contador ainda sonha com a vitória em etapa. Hoje esteve ao ataque mas nunca colaborou com os seus companheiros e no final cedeu alguns segundos. O espanhol adora etapas curtas, onde consegue proporcionar bastante espectáculo. Ainda não esteve ao nível dos melhores nas subidas mais longas, mas com o passar da Vuelta é mais provável que isso aconteça.

O holandês Wilco Kelderman está a subir melhor que nunca. Encontra-se no pódio e pode começar a defender a sua posição, mas não acreditamos em tal. O ciclista da Team Sunweb tem estado muito atento a todas as movimentações e não tem desiludido. É rápido em grupos restritos, se os favoritos chegarem juntos à meta.

Possíveis surpresas

Dentro dos candidatos à classificação geral, pensamos que a vitória não fugirá dos nomes já referidos e de Ilnur Zakarin. O russo pôs a sua equipa ao trabalho de hoje, mostrando-se pronto para a batalha. Não tem medo de atacar e quando se encontra sozinho é um perigo. Muitos são os candidatos a puderem vencer atrás de uma fuga. Romain Bardet aguentou com os melhores quase até ao final, mostrando boa condição física; também já disse que quer vencer uma etapa. Hoje não foi dia de Darwim Atapuma, mas com tanta montanha amanhã é mais provável vermos o colombiano na fuga. Richard Carapaz tem sido uma bela surpresa e não tem medo de atacar. Destacamos, ainda, Rafal Majka, Jaime Roson, Pello Bilbao, Marc Soler e Enric Mas.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Igor Anton e Maxime Monfort.

Tip do dia

Miguel Angel Lopez a bater Alberto Contador -> odd 1,288

Sergio Pardilla a bater Louis Meintjes -> odd1,725


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