Antevisão da 13ª etapa da Vuelta

Camisola Amarela
31 de ago. de 2017
2 min de leitura

Após muito sofrimento durante todas as etapas de montanha, os sprinters têm uma rara oportunidade para poder vencer uma etapa. Conseguirá alguém acabar com o domínio de Matteo Trentin?

Percurso

Finalmente os sprints podem estar de novo com um sorriso na cara, mesmo assim não é um dia para os sprinters puros. Uma longa ligação de quase 200 quilómetros com uma contagem de 3ª categoria na fase inicial, que poderá ajudar a definir a fuga do dia. Depois é maioritariamente terreno plano até ao final. De novo, o final é simplesmente aterrador, não é mas parece ser feito por degraus, como tem 6 rotundas nos últimos 2500 metros, a última delas a 300 metros do final.

Favoritos

O final é técnico e conta com pequenas colinas capazes de desfazer os pequenos comboios existentes. No entanto, as oportunidades dos sprinters são tão poucas que achamos que vão conseguir controlar o final.

A equipa que deverá controlar o final é a QuickStep, para levar Matteo Trentin à 3ª vitória. O grande triunfo conseguido ao 10º dia mostrou que o italiano está em grande forma. Conseguiu já duas vitórias ao sprint, de forma fácil, uma delas em ligeira subida como vai acontecer amanhã. A presença de Alaphilippe e Lampaert será fundamental.

Juan José Lobato quer sair da Vuelta com um triunfo e amanhã terá uma grande chance, já que o final é em ligeira subida e o espanhol é um especialista neste tipo de chegadas. O seu problema será o posicionamento já que não se costuma posicionar bem, no entanto os sprinters são poucos e não deverá ter problemas.

Outsiders

Edward Theuns esteve na fuga de hoje e ajudou Alberto Contador na parte final, acabando completamente vazio. Costuma recuperar bem e gosta de finais em ligeira subida, sendo que está em excelente forma como vem a evidenciar desde o BinckBank Tour. Não terá ninguém para o guiar no final, podendo custar-lhe um melhor posicionamento.

Sacha Modolo preferiria um final plano, no entanto é um dos ciclistas mais rápidos da prova. Conta com Matej Mohoric para o deixar bem posicionado no final e isso será fundamental para estar na discussão da etapa. Não teve muita sorte nas chegadas ao sprint já disputadas.

Um ciclista muito regular é Tom van Asbroeck. O belga sabe-se posicionar muito bem e, apesar de não ter a ponta final dos seus adversários, irá aproveitar o final mais duro para se aproximar deles. Será difícil vencer, mas com alguma sorte e num dia de inspiração pode consegui-lo.

Possíveis surpresas

Este é um final que Magnus Cort Nielsen gosta e finalmente poderá ter a liberdade necessária para discutir os finais ao sprint, dado que a Orica sofreu um grande revés na etapa 11. Juan Sebastian Molano adora finais deste género, prova são as duas vitórias conquistadas na Volta ao Alentejo deste ano. Michael Schwarzmann também é um ciclista que gosta de finais em ligeira subida, tal como Soren Kragh Andersen, sendo que este também pode atacar numa das colinas finais. Para ataques, atenção a Julian Alaphilippe, Luis Leon Sanchez, Alexey Lutsenko, Anthony Roux, Daniel Oss e Lluis Mas.