Antevisão da Bretagne Classic-Ouest France (Clássica de Plouay)
As clássicas World Tour continuam e este fim-de-semana fazem uma visita a França, mais concretamente à região da Bretanha, para a Clássica de Plouay, uma prova onde os puncheurs e os sprinters são os grandes destaques.
Percurso
242 quilómetros é aquilo que o pelotão tem que percorrer amanhã, com partida e chegada em Plouay. Os primeiros 50 kms serão planos, bons para se formar a fuga do dia. Depois surge a grande subida desta região, o Mur de Bretagne (2.2 kms a 6.3%). 30 kms volvidos seguem-se mais duas subidas, o Merieac (1.9 kms a5.3%) e o Cote de Quillio (1.7 kms a 5.6%).
O plano volta a aparecer por mais 65 kms, até se voltar a passar pelo Mur de Bretagne. Le Guenault (1.8 kms a 7.6%) e Cote de Mellionnec (1.4 kms a 5.2%) vão servir para aquecer os motores, mas não serão essenciais na decisão da prova.
Tudo começa a ficar mais sério com o Cote de Marta (1km a 8.2%) e o Ty Marrec (1.1 kms a 6.8%, com rampas a 10%), que se situam a menos de 20 kms da chegada. Depois desta subida, o pelotão entra no circuito final de 13,9 kms, onde está o Cote du Lezot, que tem pouco mais de 1 km e tem rampas a 7%, estando depois uma descida até 7 kms da chegada. Por fim, sobe-se, novamente, o Ty Marrec, com o final da subida a ficar a 3 kms da meta, mas com os ciclistas a subirem mais 1000 metros. O quilómetro final é uma longa reta, sendo a sua aproximação em descida.
Favoritos
Nos últimos anos esta prova viu uma fuga chegar (2016, com triunfo de Oliver Naesen) e o pelotão a discutir o triunfo (2015, com vitória de Alexander Kristoff). Tudo vai depender dos ataques e das equipas neles inseridos.
Um ciclista que entra nos dois cenários é Michael Matthews. O australiano está de regresso, depois de uma pausa pós-Tour, com o objetivo Mundiais. Com essa prova já tão perto, a condição do australiano tem que já ser boa. Não tem medo de atacar em subidas deste género e depois de um dia duro é muito rápido, pelo que pode vencer num grupo reduzido como em pelotão.
Alexander Kristoff ganhou em 2015 e foi 3º em 2016 (o primeiro do pelotão). Desde que saiu do Tour conta já com 3 vitórias, parecendo um ciclista renovado. Para o norueguês vencer será preciso ser em pelotão compacto, já que não o vemos a atacar. É dos melhores do mundo após dias complicados e sabe-se posicionar, algo essencial para o sprint final.
Outsiders
O belga Jasper Stuyven tem sido um dos destaques do último mês. Venceu a etapa final no BinckBank Tour, foi 3º na geral e vem de ser 7º em Hamburgo. Tal como Matthews, o ciclista da Trek não tem medo de atacar. Não é tão rápido como os seus adversários pelo que a melhor forma de vencer é mesmo esta, no entanto posiciona-se muito bem e pode vencer num grupo maior.
Noutros anos nunca colocaríamos Elia Viviani nesta categoria, no entanto o italiano melhorou o seu endurance e está a subir melhor que nunca. Na última semana venceu por 3 vezes (uma delas em Hamburgo) e espera continuar na senda vitoriosa. Uma corrida mais controlada e menos ofensiva seria ideal para o corredor da Sky.
Greg van Avermaet não tem tido muita sorte nesta prova. Tem atacado sempre na última passagem pelo Ty Marrec, e depois é alcançado pelos favoritos. Se tiver a companhia certa, o seu ataque pode resultar, já que é um ciclista bastante rápido em grupos reduzidos. Também procura os pontos para o World Tour.
Possíveis surpresas
Caso a prova se decida ao sprint, temos que olhar para Luka Mezgec. O campeão esloveno está em grande forma e não vemos Caleb Ewan a passar toda esta dureza. Arnaud Demare, 2º em Hamburgo, também deve ser mencionado, tal com Nacer Bouhanni, Niccolo Bonifazio, Edvald Boasson Hagen e Jempy Drucker. Se um ataque tiver o seu sucesso, nomes como Sonny Colbrelli, Philippe Gilbert, Michal Kwiatkowski, o vencedor do ano passado Oliver Naesen, Mads Pedersen, Alberto Bettiol e Michael Valgren.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Tim Wellens e Carlos Barbero.
Tip do dia
Michael Matthews a vencer -> odd 6,5
Jasper Stuyven a bater Edvald Boasson Hagen -> odd 2,5