Antevisão da 8ª etapa da Vuelta

As etapas de com finais muito complicados estão de regresso à Vuelta, agora com uma curta mas muito dura subida para Xorret de Cati, capaz de fazer grandes diferenças.

Percurso

Uma tirada muito curiosa, os primeiros 130 kms são na bonita e turística costa espanhola, há um muro de 3,2 kms a 9,2%, que serve para aquecer os motores para o terrível final que espera os ciclistas, o Alto de Puig Llorença. Tem 4000 metros a 9.1% e coincide com a meta. Pior que isso, tem uma fase inicial terrível, com rampas a 21%, onde se pode fazer diferenças e facilmente se parte o motor.

Favoritos

A tirada de amanhã é relativamente fácil de controlar, uma vez que é maioritariamente plana até aos quilómetros finais. Se for só a Team Sky a pegar na corrida, pensamos que a fuga tenha possibilidades de vencer, mas achamos que a Trek e, se calhar a Orica e a Cannondale podem ajudar.

Chris Froome tem parecido sempre em controlo e tem estado mais ofensivo que noutras provas. Gianni Moscon, Mikel Nieve e Wout Poels vão destruir, por completo, o pelotão e depois o camisola vermelha vai querer rematar. Apesar de não parecer, Froome é muito bom neste tipo de subida, tendo já vencido em algumas. Se chegar um pequeno grupo, Froome é o mais rápido.

Esta não é uma subida muito adaptada às características de Alberto Contador no entanto o espanhol parece estar de regresso depois da sua pequena doença, tendo estado ao ataque nos últimos dias. Nesses ataques deixou todos em dificuldades menos Froome no entanto o espanhol é dos poucos que pode conseguir fazer descolar o britânico. Sonha com uma vitória em etapa e precisa de recuperar tempo.

Outsiders

Esteban Chaves tem sido dos poucos que tem aguentado sempre com Chris Froome. Só não o fez ontem devido a ter ficado na queda de David de la Cruz. O colombiano tem que começar a ganhar tempo aos seus adversários e numa subida curta e explosiva o ciclista da Orica costuma ser sempre muito bom. Será difícil deixar Froome para trás, mas Chaves pode consegui-lo.

Michael Woods tem sido uma das surpresas/confirmações da Vuelta. O canadiano nunca escondeu que pretende ganhar uma etapa nesta competição e se o quer fazer já não tem muitas oportunidades. É muito bom em subidas curtas e explosivas e pode aproveitar a marcação entre os 3 nomes já referidos.

Como já referimos, será difícil uma fuga triunfar. Mesmo assim, alguns bons trepadores devem integrar a escapada. Enric Mas foi um dos mais fortes na etapa 6 e disse que ia voltar a tentar. O final de amanhã é muito melhor para as características, ao ser mais explosivo. Tem uma boa ponta final.

Possíveis surpresas

Dentro dos favoritos, não vemos mais ninguém a poder vencer de forma direta. No entanto, a guerra pode levar a algumas surpresas e que ciclistas menos adaptados a esta subida possam vencer. Falamos de Tejay van Garderen, ele que acompanhou Contador e Froome na etapa de ontem e apenas ficou para trás devido a queda. Se estiver recuperado é um perigo. Atenção a Nicolas Roche, Ilnur Zakarin e David de la Cruz. Para a fuga, as hipóteses são muitas e variadas. A Movistar vai querer estar na frente e Marc Soler é a opção mais segura para poder triunfar, mas sem nunca esquecer Dani Moreno. Darwin Atapuma também tem tentado e deve estar na frente, tal como Damiano Caruso. Olho em Bart de Clercq, Jan Polanc, Alexandre Geniez, Rafal Majka e Luis Leon Sanchez.