Antevisão da 7ª etapa da Vuelta
- Camisola Amarela
- 24 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

As etapas de média montanha continuam nesta Vuelta, o que faz com que seja, mais uma vez, difícil de prever o que vai acontecer. Será que a fuga vai vencer pelo 3º dia consecutivo ou os sprinters vão levantar os braços?
Percurso
Mais uma longa etapa, 207 quilómetros entre Llíria e Cuenca, um perfil mais fácil que nos dias anteriores, mas longe de ser plano. Muito sobe e desce, muitas pequenas colinas, mas somente 3 contagens de montanha, as 2 primeiras inofensivas, o Puerto de la Montalbana, com 8 kms a 4,3%, e o Alto de Santa Cruz de Moya, com 8,7 kms a 4%. A última subida é que pode fazer diferenças, com 2 kms a 7,2%, o Alto del Castillo está só a 12 kms da meta e pode ser palco de ataques. A aproximação à meta é algo conturbada, mas o quilómetro final é todo em recta.
Favoritos
Tal como na etapa de onteM, a pergunta principal desta etapa é: quem é que vai controlar a corrida? O terreno é bastante complicado e as dificuldades já perto do fim podem fazer com que as equipas dos sprinters fiquem com receio de controlar a prova. Tudo vai depende da Quick-Step. Se tiver alguém na fuga, é sucesso da mesma é quase garantido. Portanto, cremos que a fuga irá resultar de novo.
A Bora mudou o seu foco para as vitórias em etapa e amanhã pensamos que seja o dia de Patrick Konrad. O austríaco era a aposta da equipa alemã para a etapa 5 mas o ciclista não esteve na fuga. Amanhã é mais um dia perfeito para o ciclista da Bora, ele que é gosta de subidas curtas e explosivas e tem uma boa ponta final.
Jetse Bol esteve na fuga da etapa 5 mas não conseguiu estar na movimentação decisiva. Hoje perdeu tempo e, por isso, terá mais liberdade. Analisando, esta é uma etapa que melhor encaixa no perfil do holandês, que está a subir melhor que nunca e é bastante rápido em grupos reduzidos.
Outsiders
Acreditamos que a Quick-Step vai meter alguém na fuga do dia e a pessoa mais indicada é Julian Alaphilippe. Nota-se que o francês ainda não está no topo da sua condição física, mas esta etapa não é tão difícil quanto a de hoje e a de ontem, onde esteve em fuga. A subida do Alto del Castillo é perfeita para ele e, em grupos reduzidos é muito rápido.
Se for o pelotão a discutir a vitória, esta não deve fugir a Matteo Trentin. O italiano mostrou, na etapa de hoje, a sua grande condição física, ao ter estado, inicialmente, na fuga do dia e, depois, chegando pouco atrasado em relação ao grupo dos favoritos. É o mais rápido desta Vuelta e em sprint direto será difícil de bater.
Já apontámos uma vez Odd Christian Eiking e voltamos a fazê-lo. O norueguês tem começado a apresentar bons resultados fora do seu país, como comprova o Tour de Wallonie e a Volta a Polónia, e tem já contrato para o próximo ano, correndo sem pressão. É um corredor para as clássicas, gostando de subidas curtas. Também não é lento em grupos restritos.
Possíveis surpresas
Como já referimos, a fuga volta a ter grandes hipóteses de vingar, no entanto se a Quick-Step não colocar ninguém na fuga, a vitória pode sair do pelotão. Aí, Juan José Lobato é um grande candidato. O espanhol parece estar em grande forma, e numa jornada com algumas dificuldades torna-se ainda mais perigoso. Tom van Asbroeck esteve até tarde, na etapa de hoje, no grupo dos favoritos, sendo uma hipótese para amanhã, tal como Edward Theuns e Sacha Modolo, sprinters que passam bem as dificuldades. Para a fuga, destacamos Matej Mohoric, Soren Kragh Andersen, Floris de Tier, Pello Bilbao, Richard Carapaz, Anthony Turgis, Simon Clarke e Fabricio Ferrari.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Anthony Roux e Serge Pauwels.
Tip do dia
Amanhã é mais um dia complicado, já que a fuga tem grandes hipóteses de vingar, portanto "no bet".























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