Antevisão da EuroEyes Cyclassics (Clássica de Hamburgo)

O início da Vuelta também significa que está na hora da única clássica World Tour disputada na Alemanha, a EuroEyes Cyclassics. Os sprinters são os favoritos, mas os puncheurs podem estragar a festa.

Percurso

A EuroEyes Cyclassics, também conhecida por Clássica de Hamburgo, terá um total de 220 kms e vai ser disputada, como diz o nome, na região alemã de Hamburgo. Os primeiros 133 kms serão praticamente planos, apenas com 3 pequenas ascensões que não devem causar problemas e só servirão para a formação a fuga.

A 82,3 kms está a primeira passagem pelo Waseberg, a grande dificuldade do dia, que tem 700 metros a 10% com os últimos 300 metros a 16% de inclinação. Segue-se, mais uma vez, uma longa fase de plano, com os ciclistas a passarem pela meta a 66,9 kms da meta.

A partir daqui, está um circuito de 12800 metros, que contém o temível Waseberg, e vai ser percorrido por 3 vezes, estando a subida localizada a 41,8 kms, 29 kms e 16,2 kms do fim. Depois de ultrapassado pela última vez o Waseberg, serão 16,2 kms muito rápidos até à meta. A última curva acentuada está a 2000 metros do fim, sendo que depois apenas estão curvas muito ligeiras. Os últimos 500 metros são em ligeira subida, na tradicional chegada a Mönckebergstrasse.

Favoritos

Estão aqui vários atacantes em boa forma, mas o desfecho da clássica deve ser um tradicional sprint. Quase todas as equipas trazem um sprinter e muitas delas terão interessante em apanhar a fuga e os ataques que se formem.

Alexander Kristoff simplesmente virou a página de forma excepcional após o Tour, ao vencer a Prudential Ride London e os Europeus de estrada, provando que vai melhorando ao longo da época. Já terminou por 5 vezes no top 5, tendo inclusivamente ganho em 2014. Tem aqui um comboio de luxo, principalmente com Rick Zabel, que corre em casa.

Dylan Groenewegen acabou o Tour em grande forma, com a vitória nos Campos Elísios e apresentou-se no BinckBank Tour em boa forma, tendo feito por 3 vezes no top 5. A única vez que participou foi 6º, no ano passado, é forte, passa bem as colinas e tem plena confiança da equipa.

Outsiders

Caleb Ewan vem aqui defender o seu título e está na linha da frente em termos de candidatos à vitória. Após um longo interregno competitivo esteve muito bem no BinckBank Tour e tem aqui Roger Kluge, Daryl Impey, Alexander Edmondson e Luka Mezgec, um comboio de luxo que pode levar o Pocket Rocket ao triunfo.

Marcel Kittel é a grande incógnita nesta prova. O alemão, em forma, é o melhor sprinter do Mundo, mas o gás parece ter acabado, o BinckBank Tour correu mal e a confiança não é a melhor. Se a prova for acelerada pode perder o contacto, mas se chegar ao sprint tem em Sabatini o seu homem de confiança.

Edvald Boasson Hagen está em excelente forma e já ganhou aqui em 2011. Tem o privilégio de contar com mais 6 sprinters ou lançadores na equipa, num misto de experiência e juventude. É dos que mais beneficia de uma prova acelerada e tem em Reinardt van Rensburg o homem-chave.

Possíveis surpresas

Arnaud Demare é outro ex-vencedor aqui presente, só que desde que abandonou o Tour não consegue um bom resultado, a chuva é um clima que o gaulês gosta. O seu compatriota Nacer Bouhanni é capaz do melhor e do pior, gosta de provas duras e longas. Andre Greipel admitiu que está com falta de confiança e feeling, veremos se tudo bate certo para o Gorila hoje. A aposta da Team Sunweb para uma prova destas deve ser Nikias Arndt, está a jogar em casa e conta com excelentes lançadores. Corredores como Sep Vanmarcke, Greg van Avermaet ou Jasper Stuyven estão em boa forma e devem estar ao ataque. A Team Sky tem 2 opções viáveis, mas acreditamos mais em Danny van Poppel para brilhar. Atenção ainda à BMC que tem Jempy Drucker e a Roberto Ferrari, que vem aqui sem Sacha Modolo e parece em excelente forma.