Bahrain-Merida tem uma reunião de irmãos e um aumento do contingente esloveno
A recém-formada Bahrain-Merida basicamente em 2 líderes para as provas por etapas: Vincenzo Nibali e Ion Izagirre. Se o italiano pôde levar com ele homens de confiança logo de início, o mesmo não aconteceu com o espanhol, que somente tem Javier Moreno. A partir de 1 de Janeiro de 2018 poderá contar com o seu irmão, Gorka Izagirre, que se transfere na Movistar para a Bahrain-Merida.
Com 29 anos, Gorka Izagirre estava em equipas espanholas desde 2010, até 2013 na Euskaltel Euskadi, e nos últimos 4 anos na Movistar. Sempre foi um ciclista de trabalho com poucas oportunidades de liderar a equipa, mas este ano parecia apostada em dar chances ao espanhol, foi 4º no Paris-Nice, ganhou a Klasika Amorebieta e a 8ª etapa do Giro, os melhores resultados da carreira. Tem uma boa ponta final e passa bem a média montanha, é uma perda importante dentro da Movistar e um reforço fulcral dentro da estrutura da Bahrain, onde tem o irmão e vai encontrar uma equipa onde falta alguma profundidade.
O ADN esloveno dentro da Bahrain-Merida é óbvio, Janez Brajkovic, Grega Bole, Borut Bozic e Domen Novak, David Per e Luka Pibernik, fizeram parte da equipa em 2017 e Matej Mohoric e Kristijan Koren vêm reforçar isso mesmo. Mohoric vem da outra equipa com fundos arábicos, a UAE Team Emirates, um ciclista que tem somente 22 anos, mas já está no World Tour desde 2014, um diamante bruto por lapidar, que já foi campeão do Mundo de sub-23. Em 2016 foi 3º no Tour of Hainan, mas este ano voltou a falhar a afirmação como ciclista de nível superior, sentimos que lhe falta primeiro definir-se como corredor.
Quanto a Kristijan Koren, tem um perfil completamente distinto, corredor muito experiente, de trabalho puro, que vem da Cannondale-Drapac. Entrou no World Tour na Liquigas, em 2010, e nunca mais saiu. Aos 30 anos, só tem 2 vitórias na carreira, o G.P. Camaiore em 2010 e 1 etapa na Volta a Eslovénia em 2012. Tem muitas Grandes Voltas feitas e o seu conhecimento pode vir a ser muito útil. Ainda assim, é notório que a Bahrain-Merida precisa de ir buscar mais 2 ou 3 ciclistas para apoiar os seus líderes na montanha.