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Antevisão do BinckBank Tour (ex-Eneco Tour)


Tinham saudades das provas na Bélgica e na Holanda? Então a espera acabou! O BinckBank Tour começa hoje e vai proporcionar espectáculo, não só devido à presença de todos os classicómanos, mas também devido aos duros muros e ao empedrado.

Percurso

Etapa 1

170 quilómetros relativamente fáceis com início em Breda e final em Venray. Sem dificuldades montanhosas, dentro dos últimos 40 quilómetros há 2 sprints intermédios e o quilómetro de ouro. O grande perigo serão as estradas expostas e possíveis ventos laterais.

Etapa 2

Um contra-relógio totalmente plano de 9 quilómetros, uma distância que coloca muitos ciclistas na luta, desde puros contra-relogistas, a sprinters, a especialistas em clássicas.

Etapa 3

Já não é a primeira vez que Ardooie recebe um final de etapa, uma tirada praticamente sem colinas, com um final muito técnico, uma boa colocação é absolutamente fundamental.

Etapa 4

Um total de 155 quilómetros com final em Lanaken, que será basicamente a última oportunidade para os sprinters. É uma etapa disputada num circuito.

Etapa 5

Primeira oportunidade de fazer grandes diferenças, a ligação com partida e chegada a Sittard-Geleen tem 18 colinas, a maioria delas não são demasiado duras. Dentro dos últimos 10 quilómetros tem Windraak, 500 metros a 5.6% e Watersley, 500 metros a 4.4%.

Etapa 6

Depois de uma mini Amstel Gold Race temos uma Liege-Bastogne-Liege em versão reduzida, são menos dificuldades, um total de 14, mas não só os 204 quilómetros serão difíceis, mas as colinas são maiores e mais duras, grande oportunidade para os corredores melhores na montanha.

Etapa 7

A última etapa é a favorita dos fãs, com 191 quilómetros, somente os últimos 60 importam, com 2 passagens pelo Muur (1.3 kms a 6.5%), pelo Bosberg (1 km a 6.5%) e pelo Denderoordberg (700 metros a 7.7%). Todas estas subidas têm empedrado. O próprio final é em ligeira subida.

Favoritos

As etapas para fazer diferenças serão as tirada 2, 5, 6 e 7, mas realisticamente a corrida decide-se na 7ª etapa, podendo-se perder nas anteriores, nomeadamente nos ventos laterais.

É complicado não colocar Peter Sagan como grande candidato, o eslovaco está em grande forma e mostrou isso mesmo na Volta a Polónia, especialmente nas colinas. O contra-relógio não é problema para ele, e pode somar muitas bonificações, que serão preciosas. Está mais motivado que nunca, o problema pode ser a sua equipa, que não é a mais forte.

Esta é uma das corridas favoritas de Greg van Avermaet, foi 5º em 2014, 2º em 2015 e 4º em 2016. Após uma Primavera genial, quer voltar ao seu melhor, após um Tour onde não conseguiu ganhar nenhuma etapa. Conta com Drucker, Kung e Vliegen como principais ajudas.

Outsiders

Porque não pensar em Tom Dumoulin? O holandês tem o contra-relógio para ganhar tempo aos seus rivais e demonstrou estar de regresso aos melhores momentos na Classica San Sebastian. Já foi aqui 2º em 2013, 3º em 2014 e 9º em 2016. Terá de se apoiar em Mike Teunissen e Soren Kragh Andersen.

Oliver Naesen foi o 2º no ano passado, numa altura em que se estava a afirmar no panorama internacional. Chega aqui em excelente forma e com o Tour nas pernas, o que o pode beneficiar. Os seus colegas Jan Bakelants e Alexis Gougeard serão as suas principais ajudas.

Wout van Aert não é conhecido de muitos, é a grande incógnita, mas acreditamos que irá fazer uma grande prova. O especialista em ciclo-crosse está a fazer a transição para a estrada e já ganhou 3 clássicas belgas com este género de percurso. É um tiro no escuro que fazemos de forma consciente.

Possíveis surpresas

Sep Vanmarcke é o grande dark horse, conta com uma equipa fortíssima, com Dylan van Baarle, Tom van Asbroeck, Tom Jelte Slagter, Ryan Mullen e Sebastian Langeveld, todos bons roladores e em boa forma. Vanmarcke focou-se nesta prova e o 4º lugar na Prudential demonstra isso. A Quick-Step vem com o vencedor do ano passado, Niki Terpstra e Philippe Gilbert. O holandês parece fora de forma e abandonou nas 4 últimas provas e o belga abandonou o Tour doente. Se estiverem recuperados, têm de ser tidos em conta. A Lotto-Soudal, tem Tiesj Benoot, pode beneficiar de ter feito o Tour, tal como Naesen, Tim Wellens, vencedor desta prova em 2014 e 2015, que tem sofrido de alergias, e Tony Gallopin, 2º classificado na Classica San Sebastian. Lars Boom já foi 1º em 2012 e 2º em 2014, é a grande aposta da LottoNl-Jumbo. Jasper Stuyven conhece bem estas estradas e espera sobreviver às muitas subidas. Acreditamos que Jens Keukeleire vai andar bem, 8º em 2014, mostrou capacidade física nos Europeus. Por fim, Michael Valgren tem aqui uma oportunidade preciosa de liderar a Astana depois de um Tour de muito trabalho.

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são Yves Lampaert e Dylan van Baarle.


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