Antevisão da 3ª etapa da Volta a Portugal
A primeira grande oportunidade dos sprinters já passou, e nem todos a aproveitaram, devido às quedas que existiram. Quem sorriu foi a W52/FC Porto, que leva já dois triunfos seguidos. Conseguirá alguém acabar com o domínio portista?
Percurso
Mais uma vez os sprinters devem estar a esfregar as mãos, ao verem que os 162 quilómetros entre Figueira de Castelo Rodrigo e Bragança só têm contagens de montanha na 1ª metade da etapa, são elas Vila Nova de Foz Côa (4.2 kms a 6.4%), Torre de Moncorvo (7.7 kms a 4.5%) e a Serra de Bornes, que é a principal dificuldade, com 12.4 kms a 4.5%. A partir daí terreno ondulado, mas maioritariamente plano, que leva os corredores a uma chegada em ligeira subida.
Favoritos
A inclusão da Serra de Bornes pode afastar alguns homens rápidos da luta, pelo que alguns homens rápidos estão a esfregar as mãos com a chance de puderem vencer.
Daniel Mestre ainda não teve a oportunidade de se mostrar na Volta. O primeiro dia foi duro demais e hoje as quedas deixaram-no para trás. O final em ligeira subida é uma boa notícia para o alentejano, já que se adapta muito bem. O seu lançador, Rafael Silva, caiu, pelo que podem ser más notícias, no entanto Mestre sabe-se posicionar.
Depois da vitória de hoje, Samuel Caldeira deve estar motivado. O algarvio viu a sua equipa fazer um trabalho perfeito e este só teve que rematar com um sprint perfeito. O português é daqueles que melhor passa as subidas, pelo que não será um entrave. Preferiria um final mais plano, mas com o comboio da W52/FC Porto a funcionar na perfeição é um dos sérios candidatos.
Outsiders
A GM Europa Ovini quer triunfar numa etapa. Hoje esteve perto por intermédio de Antonio Parrinello, ciclista que prefere o final de amanhã, já que conta com uma dificuldade final. Em corridas italianas, demonstrou ter uma boa ponta final depois de um dia duro e tem Marco Tizza para o deixar no sítio certo.
Vicente Garcia de Mateos venceu neste local em 2015. Nessa altura foi o início da confirmação de De Mateos enquanto grande sprinter em finais em ligeira subida. O espanhol sabe-se posicionar e sabe que tem que começar a ganhar bonificações para se aproximar na classificação geral.
Domingos Gonçalves parece estar na forma da sua vida. Depois de ter estado bem nas 3 etapas já disputadas, o luso tem aqui um final que se adapta muito bem às suas características, já que é um ciclista com a explosividade necessária para este tipo de finais, tal como é o seu irmão. Uma boa colocação é fundamental.
Possíveis surpresas
César Fonte tem sido muito regular nas etapas em linha já disputadas. 6º nas duas etapas em linha, o português será a aposta da LA Alumínios-Metalusa, num final que lhe agrada e onde tem possibilidades de surpreender. O final é duro demais para Fábio Silvestre, pelo que o Sporting/Tavira tem em Jesus Ezquerra ou Rinaldo Nocentini as melhores apostas. A tirada deve ser dura demais para Jason Lowndes pelo que vemos Zakkari Dempster a ser o sprinter da Israel Cycling Academy. Atenção ao suíço Fabian Leihnard, que hoje já esteve bem, e tem resultados em finais deste género. Das equipas estrangeiras, ainda destacamos Ian Bibby, Stepane Poulhies e Johim Ariesen. A fuga também tem algumas hipóteses de chegar, tal como chegou a ser possível hoje e, aí, Luís Gomes, Luís Afonso, Helder Ferreira, Roy Goldstein e Cyril Barthe são as opções.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são João Matias e Jasper de Laat.