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Antevisão da 1ª etapa da Volta a Portugal


Primeira etapa em linha da Volta a Portugal e logo com uma das etapas mais longas da prova. As dificuldades perto do final podem fazer com que os sprinters fiquem para trás, no entanto conseguirão alguns deles sobreviver?

Percurso

Continuamos na Área Metropolitana de Lisboa, com a ligação entre Vila Franca de Xira e Setúbal, num total de 203 quilómetros. Após a partida os corredores seguem para Norte, onde saem da AML com uma incursão por Santarém, onde há uma contagem de 4ª categoria. Seguem-se muitos quilómetros planos, até Palmela, onde o sprint intermédio é disputado no topo de uma colina.

Os corredores seguem para a Serra da Arrábida, onde terão que superar o Alto das Necessidades (1.1 kms a 10.3%) e o Alto da Arrábida (1.5 kms a 9.6%). São 2 colinas muito duras e explosivas, estando a última delas a 14 kms da meta. Depois de uma longa descida os ciclistas entram em Setúbal.

Favoritos

Uma etapa que pode ter vários desfechos, pode acabar num sprint em pelotão reduzido, tal como no ano passado, pode ser um ataque na parte final ou ainda a fuga do dia a resultar, caso haja hesitação no pelotão. No ano passado houve uma etapa parecida com esta, mas com menos dureza e localizada na parte final da Volta. Este ano o Alto das Necessidades está mais próximo (estava a 29 kms e está a 17 kms do Alto da Arrábida) e pode fazer mais diferenças.

Daniel Mestre está a fazer uma grande temporada e já no ano passado começou a Volta a Portugal da melhor maneira. É uma opção viável para um ataque na Arrábida, na descida ou para o sprint final. Esta etapa é no limite para ele, mas acreditamos que, com a evolução na montanha que tem registado, a conseguirá ultrapassar.

Vicente Garcia de Mateos, entre os ciclistas da classificação geral, é claramente aquele que tem melhor ponta final, e pode usar isso amanhã para somar importantes bonificações. É daqueles que beneficiará de um ritmo muito elevado e de subidas atacadas.

Outsiders

Gustavo Cesar Veloso. Porque não? O galego está sempre atento, bem colocado e é ambicioso em relação a qualquer segundo que possa ganhar. Sendo bom contra-relogista, se ganhar uns metros na descida dificilmente será alcançado.

Rinaldo Nocentini muito prometeu na apresentação das equipas e o percurso de amanhã assenta-lhe que nem uma luva. Num traçado semelhante foi 3º nos campeonatos nacionais italianos, um resultado fabuloso.

César Fonte esteve na discussão no ano passado e é daqueles ciclistas com uma ponta final bem decente e que tem um pouco mais de liberdade para sair caso ataque na parte final. As outras equipas sabem que o líder da LA é Edgar Pinto e que César Fonte não estará na discussão pela geral.

Possíveis surpresas

Dentro da Radio Popular-Boavista a escolha deve recair em Domingos Gonçalves, que tal como Daniel Mestre, terá esta etapa mesmo no seu limiar da dificuldades, no entanto, o campeão nacional de contra-relógio tem uma boa ponta de velocidade e pretende chegar à camisola amarela. Dentro da W52-FC Porto há várias opções, Raul Alarcon tem uma ponta final decente e António Carvalho pode aproveitar algum jogo táctico. Alejandro Marque, Bruno Silva, David de la Fuente e Jesus del Pino poderão estar ao ataque na parte final. Dentro das equipas estrangeiras estamos curiosos para ver o que poderão fazer Davide Rebellin, Marco Tizza, Zakkari Dempster, Ian Bibby, Nikodemus Holler e Patrick Schelling.

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são Antonio Parrinello e Jesus Ezquerra.


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