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Dupla de trepadores espanhóis muda de ares na próxima época


Se em França estamos a ver um regresso da maioria das figuras a casa, com os corredores espanhóis não se passa o mesmo, até porque só há 1 equipa espanhola no World Tour e outra no escalão Profissional Continental. Mikel Nieve e Omar Fraile mantêm-se no World Tour, transferindo-se para a Orica-Scott e para a Astana, respectivamente, ambos com contrato por 2 temporadas.

Mikel Nieve sai da Team Sky após 4 temporadas onde conquistou muito e ajudou muito, estando talvez no pico da sua carreira. Foi lá que ganhou 1 etapa no Criterium du Dauphine, fez 8º na Vuelta, foi 6º no Giro di Lombardia e ainda triunfou numa etapa do Giro em 2016, levando também a classificação da montanha. Esta época esteve presente na vitória de Chris Froome no Tour, conseguindo ainda ser 14º na classificação geral.

Um corredor que portanto tinha algumas chances para brilhar na Team Sky e, apesar de muito trabalhar, ainda conseguia resultados de top 15 nas Grandes Voltas. Na Orica-Scott junta-se aos compatriotas Ruben Plaza e Carlos Verona na ajuda aos irmãos Yates e Esteban Chaves, o comboio de montanha da equipa está a compor-se e esta é uma peça fundamental. Poderá ter as mesmas oportunidades, liderar em provas de 1 semana, o próprio Nieve disse que conhece muito bem os líderes para os quais vai trabalhar e que todo o projecto e ambiente que se vive dentro da equipa o atraiu.

Já Omar Fraile sai da Dimension Data para a Astana Pro Team. Também vai encontrar compatriotas, no caso Luis Leon Sanchez e Pello Bilbao, portanto dificuldades de comunicação não deve haver. Aos 27 anos está a ter talvez a melhor temporada de sempre, foi 2º no Tour de Yorkshire e conseguiu a maior vitória da carreira no Giro, triunfando brilhantemente na 11ª tirada.

Um ciclista por norma muito combativo, na Astana deverá ter menos liberdade, pois a equipa contrata-o para ajudar Miguel Angel Lopez e Fabio Aru na montanha, para o tipo de corredor que é pensamos que não será o melhor para ele, mas a Astana com certeza o convenceu com argumentos financeiros. Para a Astana é importante, alguém excelente na média montanha e que estará lá para os seus líderes, como se viu no Tour, a formação cazaque bem precisa deste tipo de ciclistas.


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