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Antevisão da 19ª etapa do Tour


Está na hora da etapa mais longa do Tour. O cansaço já é muito mas muitas equipas ainda não venceram, conseguirão os sprinters triunfar ou uma fuga chegará a bom porto?

Percurso

Antes de todas as decisões de amanhã ainda há uma etapa em linha para percorrer, e para lamento de muitos, não há alta montanha no menu. A ligação entre Emburn e Salon-de-Provence tem 222,5 kms e engloba 3 contagens de montanha. As 2 primeiras são nos primeiros 50 kms e a última surge a cerca de 50 kms do final, tendo 5,8 kms a 4,1%. Até à meta não há mais dificuldades montanhosas.

Bem, final mais técnico e perigoso pensamos que seria impossível. Rotunda a 3000 metros, rotunda a 2300 metros, curva e contra curva a 1500 metros, curva apertada a 1100 metros, curva apertada a 600 metros e curva apertada a 400 metros. Ou seja, 6 elementos de perigo nos últimos 3 kms, que são sempre em ligeira descida e uma recta da meta com 400 metros.

Favoritos

Todo o pelotão já se encontra cansado e, com a existência de um final algo duro, uma fuga pode ganhar minutos nessa fase da tirada. No entanto muitas equipas com sprinters ainda não venceram e não vão querer perder essa oportunidade.

Um ciclista que parece estar cada vez melhor é Edvald Boasson Hagen. O norueguês foi o mais rápido na etapa 16 mas estava mal colocado e não conseguiu triunfar. Tem sprintado muito bem e está mais fresco que a maioria. Reinardt van Rensburg será fundamental e se entrarem na frente na recta da meta, será difícil derrotar o homen da Dimension Data.

Tal como referimos com Hagen, também o camisola verde Michael Matthews está mais fresco que os seus adversários, ele que está a apresentar a forma da sua vida. O australiano tem praticamente assegurada a camisola por pontos mas quer dar mais vitórias à Sunweb. Tem dos melhores comboios e com o apoio de Nikias Arndt pode chegar à 3ª.

Outsiders

Andre Greipel tem desiludido durante todo o Tour. Até começou bem, mas nas últimas etapas tem sido uma completa nulidade. Tem aqui uma das últimas duas oportunidades para vencer mas um final técnico e tudo menos bom para o alemão que acabou de perder Marcel Sieberg. Terá que estar bem colocado.

Quem gosta de finais técnicos é Nacer Bouhanni, ele que parece estar a melhorar a sua condição física. A recuperação na etapa 16 foi fantástica e mostra que está pronto para a luta. Apoiado em Christophe Laporte, Bouhanni pode conseguir fazer aquilo que a Cofidis não consegue há 9 anos, vencer no Tour.

Outro dos beneficiados do final do Tour e do acumular das dificuldades é Sonny Colbrelli. O italiano esteve hoje em fuga, pelo que não deve estar cansado e o seu diretor desportivo já veio dizer que a etapa de amanhã é importante. Tem sprintado cada vez melhor, mas nas últimas chegadas ao sprint tem desiludido. Tem que estar melhor colocado que nas últimas ocasiões.

Possíveis surpresas

Esta etapa é perfeita para Alexander Kristoff, no entanto o norueguês caiu na etapa 16 e hoje acabou a tirada com muito sofrimento, pelo que ainda não deve estar recuperado. No entanto, devido ao seu bom comboio, não se pode descorar Kristoff. John Degenkolb e Dylan Groenewegen também deverão estar na luta, no entanto o primeiro não tem tido apoio necessário e num final técnico tem a tendência a perder-se (Koen de Kort tem que estar perfeito) e o segundo não tem estado a subir muito bem. Para a fuga, apontamos Greg van Avermaet, ele que não quer sair do Tour de mãos a abanar e não tem mais nenhuma oportunidade sem ser amanhã. A Ag2r quer vencer a classificação coletiva e terá que meter ciclistas na fuga, destacando Jan Bakelants e Oliver Naesen. Daniele Bennati, Stefan Küng, Daryl Impey, Zdenek Stybar, Jay McCarthy, Maurits Lammertink, Pieter Vanspeybrouck e Pierre-Luc Perichon são outras opções para a fuga.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Jack Bauer e Rudiger Selig.


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