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Antevisão da 17ª etapa do Tour


Aí está uma das últimas oportunidades para fazer diferenças. Será que os Alpes vão ser decisivos neste equilibrado Tour?

Percurso

Começamos então a incursão de 2 dias pelos Alpes, o primeiro deles com 183 kms entre La Mure e Serre Chevalier. No menu temos alta montanha e 2 incursões acima dos 2000 metros de altitude. Os primeiros 30 kms têm o Col d’Omon (5,1 kms a 6,7%), mas não são excessivamente duros, começando a dureza mais a sério na categoria especial do Col de la Croix de Fer, com 24 kms a 5,2%, uma ascensão que está antes de meio da etapa e é feita aos repelões.

Segue-se uma longa descida e uma fase plana que vai guiar os ciclistas à sequência final composta pelo Col de Telegraphe (11,9 a 7,1%) e pelo Col du Galibier (17,7 a 6,9%, com a parte mais dura no final), que é coincidentemente o Souvenir Henri Desgrange, ou seja, o ponto mais alto do Tour. Estas 2 subidas estão separadas por apenas 5 kms de descida e o Galibier termina quando faltaram 26,5 kms para a chegada, havendo uma rotunda perigosa a 500 metros da meta.

Favoritos

Com a classificação geral presa por segundos é provável vermos uma luta enorme entre estes ciclistas. Com a Team Sky a liderar é provável que a formação britânica assuma as despesas da corrida e não é de descurar um acelerar de ritmo da Ag2r La Mondiale, até porque a parte final é em descida. Irá haver uma fuga grande, que tem hipóteses de vingar, mas só 2 ou 3 ciclistas, os mais fortes poderão resistir ao pelotão.

Chris Froome é um corredor que nos parece em clara subida de forma, contrariando outros Tours onde pareceu quebrar um pouco na 3ª semana. A recuperação que ele fez há 2 dias demonstra isso mesmo, e se o britânico estiver com capacidade vai querer dar a machadada final no Tour deste ano.

Caso os favoritos cheguem juntos aos quilómetros finais é provável o triunfo de Rigoberto Uran. O colombiano é aquele com melhor ponta final entre os candidatos à vitória e está na forma da vida dele. Hoje esteve atento, foi o único Cannondale no 1º grupo e ainda fechou um espaço enorme sozinho.

Outsiders

Com uma descida perto da meta nunca podemos descartar Romain Bardet, que está mais confiante que nunca. O francês não tem medo de atacar e esperem a Ag2r La Mondiale a colocar homens em fuga para poderem ser úteis a Bardet.

A Dimension Data não conquistou a vitória no “Mandela’s Day”, mas porque não consegui-la amanhã? Serge Pauwels é uma das opções mais viáveis para a fuga, o belga tem estado muito activo e tem liberdade total para alcançar a glória.

Nas etapas anteriores de montanha Primoz Roglic poderia ter de ficar a ajudar George Bennett, mas esse receio não se aplica amanhã porque Bennett foi para casa hoje. Sendo assim, o esloveno pode ir procurar a etapa sem grandes preocupações, poupando-se a partir de amanhã para o contra-relógio de Marselha.

Possíveis surpresas

Não descartem Mikel Landa, antes pelo contrário, o espanhol está autenticamente a voar na alta montanha, e nas circunstâncias certas, terá liberdade na Team Sky, ou mesmo que não tenha, pode vir a atacar. Fabio Aru parece estar a acusar um pouco o desgaste, mas o campeão italiano é aquele que menos dias de competição tem entre os homens da geral. Hoje Dan Martin não nos pareceu muito bem, mas pode ter sido apenas um dia mau e, pelo que tem feito, merece ser mencionado. Esperem de novo um ataque de Alberto Contador, só resta saber em que parte da tirada. Para a fuga elegemos os do costume, a dupla da Lotto-Soudal Tony Gallopin e Tiesj Benoot, o italiano Diego Ulissi, possivelmente os gauleses Brice Feillu, Thibaut Pinot e Pierre Rolland, Pawel Poljanski, Robert Kiserlovski e Guillaume Martin.

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são Emanuel Buchmann e Nicolas Roche.


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