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Antevisão da 12ª etapa do Tour


A montanha está de regresso com o ingresso do Tour nos Pirenéus. É altura para segunda chegada em alto do Tour e para se fazerem mais diferenças na classificação geral.

Percurso

A prova entra na cordilheira dos Pirenéus, com uma viagem de 214,5 kms entre Pau e Peyragudes. Após 100 kms praticamente planos começam as dificuldades, com a 2ª categoria do Cole des Ares (7,4 kms a 4,6%). O Col de Menté (6,9 kms a 8,1%) vai ajudar a endurecer ainda mais a corrida antes da parte final.

Esta parte final é composta pela categoria especial do Port de Bales (11,7 kms a 7,4%), uma subida que na realidade tem 20 kms e que tem o cume a 30 kms da meta. Antes da chegada a Peyragudes ainda há o Col de Peyressourde (9,7 kms a 7,8%), uma subida muito regular. Ainda há pouco mais de 2 kms de descida antes de Peyragudes, que se pode dividir em 3 partes, 1000 metros a 9%, 1000 metros a 6% e os últimos 400 metros numa rampa de 13%.

Favoritos

A etapa de amanhã não é difícil de controlar na sua primeira meta, sendo possível manter a fuga debaixo de olho nessa altura. Assim, os homens da geral podem vir a discutir a etapa. No entanto, caso não exista um ciclista importante na fuga, esta pode vingar. Damos 60/40 para pelotão e fuga, respetivamente.

O final é perfeito para Daniel Martin. O irlandês tem melhorado muito nas subidas mais longas e, apesar de ter sentido algumas dificuldades no Mont du Chat, conseguiu sempre recolar. Os quilómetros finais fazem lembrar as clássicas das Ardenas e, aí, o ciclista da QuickStep não deve dar hipóteses aos seus adversários.

Chris Froome ainda não se mostrou muito superior aos seus adversários, mas pensamos que se esteja a guardar mais para o final do Tour. Como se trata de uma chegada em alto, o britânico não se vai poupar e vai querer atacar para aumentar a diferença para os seus rivais. Se há ciclista que pode chegar isolado à meta é Froome.

Outsiders

Se uma fuga vier a ter o seu sucesso, temos que mencionar Tiesj Benoot. O belga está cada vez melhor na alta montanha e voltou a surpreender na etapa 9 quando foi o segundo mais forte da escapada, numa etapa que nada o favorecia, com muitas subidas. Amanhã, o final é explosivo, fazendo lembrar as clássicas.

Outro nome a ter em atenção para a fuga é Primoz Roglic, ele que tem evoluído muito na montanha e também se destacou na etapa 9, onde foi dos melhores da fuga. Uma tirada com menos montanha e com uma chegada em alto é perfeita para o esloveno.

Fabio Aru venceu na La Planche des Belles Filles com um ataque de longe, algo que não deve acontecer amanhã. O campeão italiano gosta de finais explosivos e se quer ganhar tempo a Froome tem que estar na frente amanhã e ir às bonificações.

Possíveis surpresas

Warren Barguil está na luta pela montanha e a etapa de amanhã dá muitos pontos, pelo que devemos ver o francês em fuga. Na etapa 9 foi o mais forte e quase ia derrotando os ciclistas da geral. Sem um líder na geral, a BMC vai procurar as vitórias em etapa e Nicolas Roche será a principal aposta da equipa, ele que parece em boa forma. Pierre Rolland e Thibaut Pinot não parecem estar na melhor forma para atacarem as etapas de montanha. A AG2R vai querer estar ao ataque, como o fez em quase todas as etapas de montanha, sendo Jan Bakelants e Alexis Vuillermoz os ciclistas a destacar. Lilian Calmejane, Diego Ulissi, Serge Pauwels e Bauke Mollema também são nomes a ter em atenção. Caso sejam os favoritos a discutir a etapa. Rigoberto Uran e Romain Bardet são os outros ciclistas que têm alguma explosividade para poderem vencer a etapa à frente dos seus rivais.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Esteban Chaves e Damiano Caruso.


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