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Adriano Malori, 29 anos, deixa o ciclismo profissional


Como uma simples queda pode estragar por completo uma carreira, e que o diga Adriano Malori. O talentoso italiano sofreu uma aparatosa queda no Tour de San Luis, em 2016, esteve em coma induzido, tentou recuperar, mas acaba de anunciar que a partir de hoje deixa a vertente competitiva da modalidade. O próprio corredor mencionou que “o objectivo na minha vida era ser algo de especial no mundo do ciclismo, não consegui como corredor, tentarei de outra maneira, a partir de hoje começa o Adriano Malori 2.0”

Adriano Malori deu nas vistas em 2007, mas foi em 2008 que muitos repararam nele, foi campeão do Mundo de sub-23 de contra-relógio, em casa. Em 2010 passou a profissional na Lampre, e fez 2º na Volta a Baviera e 3º nos nacionais de contra-relógio, sendo logo escolhido para o Tour. No ano seguinte sagrou-se mesmo campeão nacional da especialidade de contrarelógio.

2013 foi o último ano com a formação italiana, vários pódios, vitória na Volta a Baviera e ainda 8º nos Campeonatos do Mundo. Viria a mudar-se para a Movistar, onde, logo no 1º ano da estadia somou 5 triunfos, entre eles a última etapa da Vuelta. 2015 viria a ser o último ano competitivo completo, mais 5 vitórias para o palmarés, entre elas 1 no Tirreno-Adriatico e ainda o 2º lugar no campeonato do Mundo de contra-relógio.

Quando parecia que estava a subir na hierarquia dos especialistas contra o cronómetro, tudo mudou, a 22 de Janeiro de 2016, quando sofreu uma queda horrível no Tour de San Luis. Estava na frente do pelotão, a alta velocidade, quando o acidente aconteceu. O resultado foram vários dias em coma induzido, temendo-se pela sua saúde. Felizmente foi recuperando e alguns meses depois já estava a fazer trabalho de fisioterapia, tentando voltar à competição em Setembro, sem grandes resultados.

Este ano só tinha competido na Volta ao Alentejo e na Vuelta a Castilla y Leon, sempre abandonando as provas na 1ª etapa. A capacidade física não estava lá, nunca mais foi a mesma, e o transalpino deixa assim o ciclismo aos 29 anos, sentindo que já não pode dar mais nada à modalidade. Somou um total de 15 vitórias, alinhou em 7 Grandes Voltas e ainda foi vice-campeão mundial, um currículo recheado para quem deixa a carreira praticamente a meio. Agora estuda para ser treinador, com a ajuda da Federação Italiana.


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