Antevisão da 2ª etapa do Tour
Os ciclistas partem em direcção da Bélgica após 14 quilómetros de contra-relógio que muito deram de falar. Em Liège os sprinters devem ser reis.
Percurso
A ligação de Dusseldorf a Liege tem um total de 203,5 quilómetros e inclui 2 contagens de montanha, ambas de 4ª categoria, a 1ª logo a abrir com 1,4 kms a 4,5% e a 2ª com 1,3 kms a 4,7%, a cerca de 20 kms da meta. Nenhuma destas deve fazer diferenças. Pelo meio ainda é de notar mais 2 ou 3 colinas, mas nada de especial.
O final não é muito técnico, pois a recta da meta tem quase 3 quilómetros, mas a aproximação tem algumas curvas, especialmente a 3 kms da chegada, o que pode perturbar alguns dos comboios. A estrada não é muito larga, tem 7 metros.
Favoritos
Apesar do final não ser extremamente técnico, há um factor importante a reter, está prevista novamente chuva para amanhã. Para Liége estão previstos aguaceiros, com maior probabilidade de ocorrência precisamente por volta das 16h. Isto torna a chegada mais perigosa e pode baralhar alguns comboios.
Tendo em conta estas condições temos de mencionar os sprinters com melhor capacidade para manobrar a bicicleta ou aqueles com melhor comboio. Sendo assim, Marcel Kittel é um dos fortes candidatos. O alemão está em grande forma, o top 10 que fez hoje mostra isso mesmo, e tem um comboio no qual confia muito, com Matteo Trentin e Fabio Sabatini.
Peter Sagan é exímio com condições climatéricas adversas e vai querer marcar posição na luta pela camisola verde já amanhã. Tem um comboio pequeno, com Rudiger Selig como principal lançador, mas o campeão do Mundo não precisa de grandes comboios.
Outsiders
Arnaud Demare já obteve excelente triunfos com chuva, está cheio de confiança depois da vitória nos campeonatos nacionais e tem um duo transalpino para o ajudar na parte final, com Jacopo Guarnieri e Davide Cimolai. Procura a 1ª vitória no Tour.
Dylan Groenewegen caiu hoje, mas não nos pareceu ter sofrido graves consequências. A Team LottoNL-Jumbo vai querer superar o dia menos bom que teve hoje e Robert Wagner é o elemento ideal para guiar o holandês nos últimos metros.
Acreditamos que André Greipel ainda tem a ponta final necessária para triunfar no Tour, só precisa de um pouco de sorte e um bom posicionamento. Está muito dependente do trabalho de Marcel Sieberg e Jurgen Roelandts para começar o sprint numa posição privilegiada.
Possíveis surpresas
Outro sprinter que adora este tipo de condições é Nacer Bouhanni, o francês parece estar na mó de baixo, mas é capaz do melhor e do pior. A grande dúvida passa por saber o que a Dimension Data e Mark Cavendish vão fazer. O britânico ainda está a recuperar após uma mononucleose, veremos se vai levar estes primeiros dias com calma. Caso Cavendish faça isso, é provável que seja dada carta branca a Edvald Boasson Hagen para o norueguês sprintar. Como a chegada não tem subidas de maior as hipóteses de Sonny Colbrelli e Michael Matthews reduzem-se substancialmente. Resta falar de 2 sprinters que parecem estar na mó de baixo, primeiro John Degenkolb, que só tem Koen de Kort para o ajudar e ainda Alexander Kristoff, que tem o apoio de alguns bons lançadores, mas que hoje não impressionou. De resto, há mais alguns homens que se podem intromete na luta pelo top 10, casos de Thomas Boudat ou Daniel McLay.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Ben Swift e Andrea Pasqualon.